v. 6 n. 10 (2023): Inovações pedagógicas, tecnológicas, organização e gestão da Educação de Jovens e Adultos
A Educação de Jovens e Adultos resulta numa dimensão de lutas que abrangem perspectivas mais democráticas da efetivação do direito subjetivo à educação contra situações de formação aligeirada e compensatória para os jovens, os adultos e os idosos, que muitas vezes acontecem através de pacotes pedagógicos apresentados aos sistemas de ensino.
As ações desmobilizadoras e descaracterizadoras do ensino de jovens, adultos e idosos devem ser combatidas, especialmente quando se olha o direito das pessoas atrelado à sua formação ao longo da vida, à Educação Profissional e à Educação Especial. Portanto, compreender o sentido do arcabouço legislativo regulatório (das leis, dos decretos, das diretrizes) é imprescindível para demarcação do caráter contraditório, do projeto de governo, da memória das lutas pela EJA. É tempo para que se abram as possibilidades de mudanças sociais advindas das políticas públicas, do pensar pedagógico, da gestão da escola e das inovações tecnológicas usadas na área de conhecimento da Educação de Jovens, Adultos e Idosos.
As indagações sempre presentes: Quais são os conceitos mobilizados na EJA que põem em risco as conquistas das décadas iniciais do século XXI? Quais são as disputas conceituais, políticas, legislativas, pedagógicas, tecnológicas e de gestão que vem mobilizando a Educação de Jovens e Adultos no contexto (pós) pandemia do COVID-19? No Brasil, existe um desalinhamento da Política Nacional de Alfabetização (PNA), da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), da Educação de Jovens e Adultos a Distância, com as lutas históricas em defesa dessa educação? Qual o papel da Educação de Jovens, Adultos e Idosos para a sociedade contemporânea? O que significa aprender ao longo da vida?
Pensar alternativas diversas e formas possíveis de atender à população que não concluiu o processo de escolarização básica é um dos mobilizadores da proposição do dossiê temático, que esperamos rechear com artigos que contemplem resultados de pesquisas sobre experiências de políticas educativas escolares e não escolares sobre a educação para os sujeitos jovens, adultos e idosos de forma que, por meio dessa publicação, possamos contribuir com o debate sobre as mudanças do pensar pedagógico, da gestão da escola e das inovações tecnológicas na área de conhecimento da Educação de Jovens, Adultos e Idosos; da produção de políticas públicas para educação de jovens e adultos.