EDTORIAL
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2018.v27.n51.p11-12Resumo
Diferentes mídias têm veiculado imagens de crianças em situações de guerra, em perigo, doentes, integradas ao mundo da exploração sexual e do trabalho, gerando muita comoção e mobilização em diversas partes do mundo. Para além das questões relativas ao senso comum ou à forma como as crianças têm sido exploradas em imagens, várias áreas de conhecimento constroem saberes sobre práticas relativas à emergência das “infâncias” e das “crianças”. Tais construções estão amplamente amparadas nos estudos que tratam da história da infância e que constituem undamental colaboração para o entendimento da “infância” como um conceito. A ideia de que as crianças sempre existiram, mas a infância não, passou a ser o argumento de muitos estudos interessados na temática da “invenção” dessa etapa da vida, que não pode ser interpretada sem uma análise da organização da própria sociedade e da família. As discussões sobre “infâncias” e “crianças” envolvem entendimentos mais amplos sobre estrutura social, políticas públicas e o lugar da família contemporânea – esta última não apenas enquanto domínio formidável, instituição fundamental, de formação do indivíduo, mas como contexto social onde também operam diversas dinâmicas de violência, exclusão e abuso.
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Atualizado em 15/07/2017