Sujeitos, instituições e práticas pedagógicas: tecendo as multiplas redes da educação rural na Bahia
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2011.v20.n36.p%25pResumo
O artigo apresenta e sistematiza alguns dados levantados no âmbito do projeto depesquisa Ruralidades diversas – diversas ruralidades: sujeitos, instituições e práticaspedagógicas nas escolas do campo Bahia-Brasil, desenvolvida em colaboração entrea Universidade do Estado da Bahia (UNEB), a Universidade Federal do Recôncavoda Bahia (UFRB) e a Universidade de Paris 13/Nord-Paris8/Vincennes-Saint Denis(França). A pesquisa contou com financiamento da FAPESB e do CNPq, e teve porobjetivo investigar ações educativas que se desenvolvem em diferentes Territóriosde Identidade do Estado da Bahia, buscando compreender como se dá a articulaçãoentre as práticas educativas nos seus territórios de implantação. Do ponto de vistametodológico, utilizou-se as histórias de vida com aplicação de questionários, grupofocal e as entrevistas narrativas. A pesquisa permitiu-nos compreender a presença dedistintos cenários da educação rural no estado, que em linhas gerais podem ser resumidosna existência quase majoritária de experiências politicamente conservadorasvinculadas às escolas “oficiais”, que fazem da escola uma agência técnica, alheia àrealidade local; e, de outro lado, na existência de experiências progressistas, com fortevínculo com os movimentos sociais, nas quais a escola tem se configurado como umaagência política com forte enraizamento.Downloads
Referências
ARAÚJO, Sandra Regina Magalhães de. Escola para o trabalho, escola para a vida: o caso da Escola FamíliaAgrícola de Angical - Bahia. 2005. 219f. Dissertação (Mestrado em Educação e Contemporaneidade)- Universidade
do Estado da Bahia, Salvador, 2005.
ARFUCH, Leonor. La entrevista, una invención dialógica. Barcelona: Paidós, 1995.
BOF, Alvana Maria et. al. A educação no Brasil rural. Brasília,DF: INEP, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Educação do campo: diferenças mudando paradigmas.. Brasília,DF: MEC,
(Cadernos SECAD 2).
BRASIL. Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira,. Panorama da educação do campo.Brasília,DF: MEC /INEP, 2007a
BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 7.352, de 4 de novembro de 2010. Dispõe sobre a política de
educação do campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária. Brasília,DF: Presidência da República,
BRASIL. Coordenadoria de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior. Banco de Teses CAPES, Brasília,DF:
MEC, 2011. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/servicos/banco-de-teses>. Acess em: 05 abr. 2011.
CARNEIRO, Maria José. Apresentação. In: MOREIRA, R. (Org). Identidades sociais: ruralidades no Brasil contemporâneo.
Rio de Janeiro: DP&A, 2005. p. 07-13.
CARNEIRO, Maria José. Multifunciolnalidade da agricultura e ruralidade: uma abordagem comparativa. In: MOREIRA,
R.; COSTA, L. F. (Orgs.). Mundo rural e cultura. Rio de Janeiro: MAUAD, 2002. p. 223-240.
CATANI, Denice. B. As leituras da própria vida e a escrita de experiências de forma. Revista da FAEEBA: educação
e contemporaneidade, Salvador, v. 14, n. 24, p. 31-40, jul./dez. 2005.
CATANI, Denice. B. Lembrar, narrar, escrever: memória e autobiografia em história da educação e em processos
de formação. In: BARBOSA, R. L. L. (Org.). Formação de educadores: desafios e perspectivas. São Paulo:EDUNESP, 2003. p. 119-130.
CATANI, D. B. (Org.). Docência, memória e gênero: estudos sobre formação. São Paulo: Escrituras , 1997.
CATANI, Denice. B. (Org.). A vida e o ofício dos professores: formação contínua, autobiografia e pesquisa colaboração.
São Paulo: Escrituras , 1998.
DELORY-MOMBERGER, Christine. Biografia e educação: figuras do indivíduo projeto. Natal : EDUFRN; São
Paulo: Paulus, 2008.
DELORY-MOMBERGER, Christine. Formação e socialização: os ateliês biográficos de projeto. Educação e
Pesquisa, São Paulo, v. 32, n. 2, p. 359-371, maio/ago. 2006.
DELORY-MOMBERGER, Christine. Les histoires de vie : de l’invention de soia u projet de formation. Paris: Anthropos,
DEMARTINI, Zelia de B. F. Histórias de vida na abordagem de problemas educacionais. In: SIMSON, Olga de M.
V. (Org.). Experimentos com história de vida. São Paulo: Vértice/Revista dos Tribunais, 1988. p. 44-105.
DUARTE, José Carlos Silveira. Território de identidade e multiterritorialidade: paradigma para formulação de
uma nova regionalização da Bahia. Disponível em: <http://www.cult.ufba.br/enecult2009>. Acesso em: 21 ago.
ENTRIKIN, Nicholas J. Lieu 2, in Lévy, J., Lussault, M. (Org.). Dictionnaire de la géographie et de l’espace
des sociétés, Paris: Belin, 2003. Disponible sur : <http://espacestemps.net/document411.html>. Visité le : 19 août2006.
FERRAROTI, F. Sobre a autonomia do método biográfico. In: NÓVOA, A.; FINGER, M. O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: MS/DRHS/CFAP, 1988. p. 17-34.
FÓRUM NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO. Nota técnica sobre o Programa Escola Ativa: uma análise crítica. Brasília,DF: FONEC, 18 de abril de 2011. Disponível em: www2.faced.ufba.br/educacampo/escola_ativa/163
Elizeu Clementino de Souza; Fábio Josué Souza dos Santos; Ana Sueli Teixeira de Pinho; Sandra Regina Magalhães de Araújo.Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 20, n. 36, p. 151-164, jul./dez. 2011
subsidio_debate Acesso em: 12 maio 2011.
HAGUETTE, Teresa Maria Frota. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes, 1990.
LEITE, Sérgio Celani. Escola rural: políticas públicas e urbanização. São Paulo: Cortez, 1999.
MAGNAGHI, A. Le projet local. Sprimont : Pierre Mardaga, 2003.
MOTA, D. M. da; SCHMITZ, H. Pertinência da categoria rural para análise do social. Revista Ciências Agrotécnicas,
Lavras, v. 26, n. 2, p. 392-399. mar./abr. 2002. Disponível em: <http://www.gipaf.cnptia.embrapa.br/itens>.
Acesso em: 15 ago. 2003.
MUNARIM, Antônio. Elementos para uma política pública de educação do campo. In: MOLINA, Mônica. Educação do campo e pesquisa: questões para reflexão. Brasília,DF: Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2006.
p. 16-27.
NÓVOA, Antônio; FINGER, Martin. O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: MS/DRHS/CFAP,1988.
POPKEWITZ, Thomaz. Lutando em defesa da alma. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.
QUEIROZ, Maria Isaura. P. de. Relatos orais: do “indizível” ao “dizível”. In: SIMSON, O. de M. V. (Org.). Experimentos
com história de vida. São Paulo: Vértice/Revista dos Tribunais, 1988. p. 14-43.
RAFFESTIN, C. Territorialité : concept ou paradigme de la géographie sociale ? Revue Geographica Helvetica,
n. 2, p. 91-96, 1986.
SANTOS, Fábio Josué S. dos. Nem “tabaréu/ao”, nem “doutor/a”: o/a aluno/a da roça na escola da cidade: um
estudo sobre escola, cultura e identidade. Dissertação (Mestrado em Educação e Contemporaneidade) – Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2006.
SCHALLER. Jean-Jacques. Un lieu apprenant : de l’habitus à l’historicité de l’action . L’Orientation scolaire et
professionnelle, CNAM/INETOP, v. 36, n. 1, p. 83-93, mar. 2007. (Insertion, biographisation, éducation).
SILVA, Maria do Socorro. Diretrizes Operacionais para escolas do campo: rompendo o silêncio das políticas educacionais.
In: BATISTA, Francisca; BATISTA, Naidison. Educação rural: sustentabilidade do campo. Feira de Santana: MOC; UEFS; Pernambuco: SERTA, 2003. p. 29-51.
SOUZA, Elizeu Clementino de. (Auto) biografia, histórias de vida e prática de formação. In: MASCIMENTO, A.
D; HETKOWSKI, T. M. (Orgs). Memória e formação de professores. Salvador: EDUFBA, 2007. p.59-74.
SOUZA, Elizeu Clementino de. O conhecimento de si: estágio e narrativas de formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A; Salvador: UNEB, 2006. 184p.
SOUZA, Elizeu Clementino de. Pesquisa narrativa e escrita (auto)biográfica: interfaces metodológicas e formativas.
In: SOUZA, Elizeu Clementino; ABRAHÃO, Maria Helena Mana Barreto. (Orgs.). Tempos, narrativas e ficções:
invenção de si. Porto alegre: EDIPUCRS, 2006.a
SOUZA, Elizeu Clementino de. História de vida e formação de professores: um olhar sobre a singularidade das narrativas (auto) biográficas. In: MACEDO, Roberto Sidney (Org.). Currículo e docência: tensões contemporâneas interfaces pós-formais. Salvador: EDUNEB, 2003. p. 35-56.
SUAREZ, D. H. A documentação narrativa de experiências pedagógicas como estratégia de pesquisa-ação-formação
de docentes. In: PASSEGGI, Maria da Conceição; BARBOSA, Tatyana Mabel Nobre (Orgs.) Narrativas de formação
e saberes biográficos. São Paulo: Paulus, Natal: EDUFRN, 2008. p. 103-121.
SUÁREZ, D. Docentes, narrativa e investigación educativa: la documentación narrativa de las prácticas docentes y la indagación pedagógica del mundo y las experiencias scolares. En: Sverdlick, I. (Comp.). La investigación educativa: una herramienta de conocimiento y acción. Buenos Aires: Novedades Educativas, 2007.
VEIGA, José Eli da. Cidades imaginárias: o Brasil é menos urbano do que se calcula. Campinas: Autores Associados,
WANDERLEY, Maria de Nazareth Baudel. A emergência de uma nova ruralidade nas sociedades modernas avançadas:
o ‘rural’ como espaço singular e ator coletivo. Estudos Agricultura e Sociedade, Rio de Janeiro, n. 15, p.87-145, out. 2000.
Sujeitos, instituições e práticas pedagógicas: tecendo as múltiplas redes da educação rural na Bahia.Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 20, n. 36, p. 151-164, jul./dez. 2011
XAVIER NETO, Lauro Pires. “Educação do campo em disputa: análise comparativa entre o MST e o Programa Escola Ativa”. Disponível em: <http://www2.faced.ufba.br/educacampo/escola_ativa/mst>. Acesso em: 07 mar.2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O encaminhamento dos textos para a revista implica a autorização para a publicação.
A aceitação para a publicação implica na cessão de direitos de primeira publicação para a revista.
Os direitos autorais permanecem com os autores.
Após a primeira publicação, os autores têm autorização para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: repositório institucional ou capítulo de livro), desde que citada a fonte completa.
Os autores dos textos assumem que são autores de todo o conteúdo fornecido na submissão e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.
Atualizado em 15/07/2017