FRAGMENTOS HISTÓRICOS DA CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA E GESTÃO ESCOLAR COMO ATIVIDADE FEMININA NO BRASIL

Autores

Palavras-chave:

Gênero e educação, Trabalho, Docência e gestão escolar

Resumo

Para além de alusões superficiais sobre a predominância de professoras e diretoras na educação básica, existe um processo histórico de conquista de um campo laboral pelas mulheres. Resgatar a história da feminização da docência e da gestão escolar consiste em uma valorosa categoria para análise acerca da concepção de educação assumida pelo Estado em diferentes épocas. É nesse sentido que se apresenta um panorama das conjunturas e transformações da sociedade e da legislação brasileira, evidenciando a transição do que entendia-se como “educação feminina” para o amplo conceito de educação assumido atualmente pelo Estado. A leitura supera estereótipos de gênero apregoados na trajetória de ingresso e consolidação do trabalho das mulheres na docência e na gestão escolar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Priscila Muniz Coutinho, Doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia - Brasil

Graduada em Pedagogia, com mestrado em Ciências Sociais. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas de Gênero: Relações Sociais, Representações e Subjetividades.

Referências

ANDREOTTI, Azilde; et.al. A administração escolar no Brasil: do diretor ao gestor. Campinas, SP: Editora Alínea, 2012.

ANANIAS, Mauricéia. A Administração Escolar no Período Imperial (1822 -1889). In: ANDREOTTI, Azilde Lina; LOMBARDI, José Claudinei; MINTO, Lalo Watanabe. (Orgs.). História da Administração Escolar no Brasil: do Administrador ao Gestor. 1.ed.Campinas: Alínea, 2010. p. 55-74.

BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985.

BAÑUELOS, Eloina; et. al. La cultura de género en las organizaciones escolares: Motivaciones y obstáculos de acceso de la mujer a los puestos de dirección. Barcelona: Octaedro, 2006.

BRASIL. Constituição Política do Império do Brazil. Rio de Janeiro, mar.1824.

_________. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: DF, dec.1996.

_________. Lei nº. 16 de 12 de agosto de 1834. Faz algumas alterações e adições à Constituição Política do Império, nos termos da Lei de 12 de outubro de 1832. Coleção de Leis do Império do Brasil - 1834, Página 15 Vol. 1.

BRUSCHINI, Cristina. Tendências da força de trabalho feminina brasileira nos anos setenta e oitenta: algumas comparações regionais. São Paulo: FCC/DPE, 1989.

BRUSCHINI, Cristina; AMADO, Tina. Estudos sobre a mulher e educação: algumas questões sobre o magistério. Revista Cadernos de Pesquisa. São Paulo, n.64, p. 4- 13, fev. 1998.

COSTA, A; RIBEIRO, P. Ser professora, ser mulher: um estudo sobre concepções de gênero e sexualidade para um grupo de alunas de pedagogia. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 19, n. 2, p. 475-489, ago. 2011 .

COUTINHO, Priscila. Um perfil profissional de diretoras escolares: trabalho, gênero e educação em escolas do ensino fundamental de Uberlândia. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/22417. Acesso em 10 jun. 2020.

EDU [web]. Pessoas da Comunidade Escolar: Brasil. Disponível em: https://www.qedu.org.br/brasil/pessoas . Acesso em 5 jul. 2020.

FERNANDO, Cristiano; CONCEIÇÃO, Joaquim. Liceus e Ateneus no Brasil nos oitocentos: historia e memória. Jundiai, SP: Paco Editorial, 2019.

GARCIA, Rosicleide; SILVA, Andrezza. Testemunhos da educação no interior de São Paulo no século XIX: relatos provenientes do labor filológico. Linguagem – Estudos e Pesquisas. Vol.16, n.02, p.109 – 130, jun/dez 2012.

HAHNER, June. Escolas mistas, escolas normais: a coeducação e a feminização do magistério no século XIX. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 19, n. 2, p. 467-474, ago. 2011.

PENTEADO, A. E; NETO, L.B. As reformas educacionais na Primeira República (1889 – 1930). In: História da administração escolar no Brasil. Orgs. Andreotti, et. al. Campinas, Sp: Editora Alínea, 2012.

PEREIRA, Marcos. Psicologia Social dos Estereótipos. São Paulo, SP: E.P.U.,2002.

SAEB 2015 – Microdados. INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Ministério da Educação. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/guest/microdados>. Acesso em: 20 jun. 2020.

SAO PAULO. Lei n° 29 de 16 de março de 1847. DÁ REGULAMENTO AOS LICEUS CRIADOS POR LEI PROVINCIAL DE 13 DE MARÇO DE 1846. Departamento de Documentação e Informação.

SOUZA, A. Perfil da gestão escolar no Brasil. São Paulo, SP: Pontífica Universidade Católica de São Paulo, 2007. 233 p. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em Educação: História, Política, Sociedade. São Paulo, 2006.

CORREA, Vanisse. Gestão escolar e gênero: o fenômeno do teto de vidro na educação brasileira. Paraná: Universidade Federal do Paraná, 2010. 120 p. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-graduação em Educação: Políticas e gestão da educação. Curitiba, 2010.

Publicado

03-11-2020

Como Citar

COUTINHO, P. M. FRAGMENTOS HISTÓRICOS DA CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA E GESTÃO ESCOLAR COMO ATIVIDADE FEMININA NO BRASIL. Cenas Educacionais, [S. l.], v. 3, p. e9927, 2020. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/cenaseducacionais/article/view/9927. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático