EXPECTATIVAS E CRENÇAS DE GRADUANDOS DE LETRAS ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA

Autores

Palavras-chave:

Crenças e expectativas, Graduandos em Letras, Espanhol como Língua Estrangeira

Resumo

Este artigo tem como propósito investigar as crenças e expectativas dos discentes do curso de licenciatura de Letras de uma universidade pública brasileira, situada na fronteira Brasil/Paraguai/Argentina, voltada à formação dupla em espanhol e português como línguas estrangeiras. O foco do estudo está voltado para a docência em língua espanhola, sendo a base teórica da Linguística Aplicada em diálogo com os estudos sociolinguísticos sobre crenças discentes. Os dados foram levantados por meio de questionários a graduandos iniciantes e entrevistas a graduandos dos semestres finais, e os resultados analisados de maneira qualitativa. Verificou-se que os ingressantes têm como meta principal aperfeiçoar seus conhecimentos linguísticos sobre as duas línguas focos do curso, já a pretensão de ser docente ou a atuação com o espanhol foi pouco mencionada. No caso dos formandos, já há a preocupação maior com sua formação para lecionar, inclusive quando citam que gostariam de ter mais disciplinas com o foco didático-pedagógico. Sobre a carreira na área de espanhol, demostram sentimentos, muitas vezes, de medo e insegurança, tanto laboral quanto de ‘domínio’ da língua. De outra maneira, manifestam a necessidade de maior valorização dessa para a integração almejada pela universidade, como em áreas de fronteira, mostrando que há vários desafios para além da questão de conhecimento apenas da língua, mesmo que esse seja, geralmente, o desejo para a maioria dos alunos no início da graduação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Franciele Maria Martiny, Docente na Universidade Federal da Integração Latino-Americana - Brasil

Doutora em Letras pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Integrante dos grupos de pesquisa: Estudos (Sócio)Linguísticos e de Integração de Culturas na América Latina e Políticas Linguísticas e Educacionais no Oeste do Paraná.

Patrick Batista Rocha, Graduando em Cinema e Audiovisual na Universidade Federal da Integração Latino-Americana - Brasil

Integrante do Grupo de Pesquisa: Estudos (Sócio)Linguísticos e de Integração de Culturas na América Latina.

Referências

ALMEIDA FILHO, J. C. P. Linguística Aplicada – Ensino de línguas e comunicação. 3 ed. Campinas: Pontes, 2009.

BARCELOS, A. M. F. Metodologia de pesquisa das crenças sobre aprendizagem de línguas: Estado-da-arte. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v.1, n.1, p.71-92, 2001.

BARCELOS, A. M. F. Crenças sobre aprendizagem de línguas, linguística aplicada e ensino de línguas. Linguagem & Ensino, v.7, n.1, p.123-156, 2004.

BARCELOS, A. M. F. Reflexões acerca da mudança de crenças sobre ensino e aprendizagem de línguas. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v.7, n.2, p.109-138, 2007.

BORTONI-RICARDO, E. M. O professor pesquisador – Introdução à pesquisa qualitativa. São Paulo: Editora Parábola, 2008.

BOTASSINI, J. O. M. A Importância dos Estudos de Crenças e Atitudes para a Sociolinguística. SIGNUM: Estudos Linguísticos, v.18, v.1, p.102-131, 2015.

BRASIL/INEP. Censo da Educação Superior de 2019. Brasília-DF, 2020. Disponível em: https://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/documentos/2020/Apresentacao_Censo_da_Educacao_Superior_2019.pdf. Acesso em 11 mar. 2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.

CARVALHAL, T. P. Avaliação de Política e Planejamento da Linguagem: um estudo sobre os efeitos de um projeto de integração regional. 2016. 150 f. Tese (Doutorado em Estudos de Linguagem) – Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem, da Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2016.

CASPARI, D. Sprachenlehrern als Beruf. In: BURWITZ-MELZER, E. et al. (Orgs.). Handbuch Fremdsprachenunterricht. Tübingen: A. Francke, 2016. p.305-311

CAVALCANTI, M. C. Estudos sobre Educação Bilíngüe e escolarização em contextos de minorias lingüisticas no Brasil. D.E.L.T.A., v.15, n.3, p.385-417, 1999.

CHAGAS, L. A. Entre experiências e indícios: o ensino de português para estrangeiros em contexto de imersão linguística. 2016. 110 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) – Instituto de Letras e Linguística, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2016.

HAMEL, R. E. La globalización de las lenguas en el siglo XXI: Entre la hegemonía del inglés y la diversidad lingüística. In: DA HORA, D.; LUCENA, R. M. (Org.). A política linguística na América Latina. João Pessoa: Idéia & Editora Universitária, 2008. p.45-77

LEFFA, V. J.; IRALA, V. B. O ensino de outra(s) língua(s) na contemporaneidade: questões conceituais e metodológicas. In: LEFFA, V. J.; IRALA, V. B. (Orgs.). Uma espiadinha na sala de aula: ensinando línguas adicionais no Brasil. Pelotas: Educat, 2014. p.21-48.

LÓPEZ MORALES, H. Sociolingüística. 3 ed. Madrid: Gredos, 2004.

LÜDKE M. & ANDRÉ; M. E. D. A. Pesquisa em educação/abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MAHER, T. M. Do Casulo ao Movimento: a suspensão das certezas na educação bilíngüe e intercultural. In: CAVALCANTI, M. C.; BORTONI-RICARDO, S. M. (Orgs.). Transculturalidade, Linguagem e Educação. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2007, p. 67-96.

MARCHESAN, M. T. N. Língua estrangeira no RS: Uma visão da realidade justificando o estudo de crenças. In: MARCHESAN, M. T. N. et al. (Orgs.). Aprendendo e ensinando crenças em LA. Campinas: Pontes, 2015. p.11-26.

MARQUES, E. A. As crenças e pressupostos que fundamentam a abordagem de ensinar língua estrangeira (Espanhol) em curso de licenciatura. 2001, 267 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Lingüísticos), Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, São José do Rio Preto, 2001.

MOITA LOPES, L. P. Socioconstrucionismo: discurso e identidade social. Campinas: Mercado de Letras, 2003.

MOITA LOPES, L. P. (Org.). Por uma Lingüística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.

PAIVA, V. L. M. O. Memórias de aprendizagem de professores de língua inglesa. Contexturas, n.9, p.63-78, 2005.

RAJAGOPALAN, K. O ensino de línguas como parte da macro-política linguística. In: GERHARDT, A. F. L. M.; AMORIM, M. A. de.; CARVALHO, A. M. Linguística aplicada e ensino: língua e literatura. Campinas, 2013. p.47-73.

SILVA, K. A. Crenças sobre o ensino e aprendizagem de línguas na Linguística Aplicada: um panorama histórico dos estudos realizados no contexto brasileiro. Linguagem & Ensino, v.10, n.1, p.235-271, 2007.

SILVA. K. A. Crenças no ensino/aprendizagem e na formação de professores de línguas: pontos e contrapontos. In: SILVA, K. A. (Org.). Crenças, Discursos e Linguagem: Volume II. Campinas: Pontes Editores, 2011.

Publicado

21-08-2023

Como Citar

MARTINY, F. M.; BATISTA ROCHA, P. EXPECTATIVAS E CRENÇAS DE GRADUANDOS DE LETRAS ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA. Cenas Educacionais, [S. l.], v. 6, p. e17103, 2023. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/cenaseducacionais/article/view/17103. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos (Fluxo Contínuo)