Língua inglesa em escolas públicas: representações de futuros professores

Autores

  • Flávia Cristina Martins Oliveira Centro de Estudos e Acompanhamento Psicanalítico e Psicopedagógico

DOI:

https://doi.org/10.69969/revistababel.v7i1.3436

Palavras-chave:

Língua inglesa, Escola pública, Representações sociais

Resumo

A demanda pelo conhecimento da língua inglesa tem sido cada vez maior. Considerada a língua global dos tempos contemporâneos, é uma ferramenta cada vez mais necessária para a comunicação entre os povos. Na contramão desta necessidade, o ensino de inglês não tem demonstrado muita eficácia no ensino regular no Brasil, principalmente no segmento público. Há um número grande de fatores que podem ser citados para justificar tal déficit, tais como o material didático, a carga horária semanal reduzida, a formação deficiente dos professores, o desprestígio da disciplina pela comunidade tanto interna quanto externa e as leis que sempre regulamentaram o ensino de língua estrangeira moderna no Brasil. Por isso, é importante conhecer as representações dos futuros professores que lecionarão neste contexto. Esta pesquisa objetiva descobrir as representações sociais de graduandos de Letras sobre o ensino de língua inglesa nas escolas públicas. Os objetivos específicos são conhecer as representações desses respondentes sobre a) a própria experiência de aprendizagem de inglês no ensino básico; b) as razões para fazer o curso de Letras; c) quais são suas representações sobre a escola pública e d) a eficiência do ensino do inglês na escola pública. Os resultados mostram que as representações dos graduandos se ancoram em palavras como repetição, superficial, desvalorização, básico, falho, desorganização. Já sobre seu fazer pedagógico ao se graduarem, os respondentes objetivam e ancoram suas representações em uma postura profissional de professor-pesquisador, pois mencionam que capacitação, atualização, engajamento, qualificação e compromisso são os norteadores para que a atuação profissional seja eficiente no contexto público.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Flávia Cristina Martins Oliveira, Centro de Estudos e Acompanhamento Psicanalítico e Psicopedagógico

Mestra em Língua e Cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA); Especialista em Língua Inglesa e Gestão Escolar pela UNITAU/SP; Aluna de especialização em Psicanálise Clínica pelo CEAPP/BA; Professora de Língua Inglesa pela UNITAU/SP. Pesquisadora na área de Representações sociais, Psicanálise e Educação e Formação de Professores de Língua Inglesa.

Referências

ABRIC, J. Pratiques sociales et représentations. Paris: Press Universitaires de France, 1994.

ALMEIDA FILHO, J. C. P. Linguística aplicada, ensino de línguas e comunicação. 3ª ed. Campinas, São Paulo: Pontes, 2009.

ASSIS-PETERSON, A. A.; COX, M. I. P. Inglês em tempos de globalização: para além do bem e do mal. Caleidoscópio. v. 5, nº 1. p. 5-14. São Leopoldo, jan./abr. 2007.

BASSO, E. A. Quando a crença faz a diferença. In: BARCELOS, A. M. F; ABRAHÃO, M.H. V. Crenças e ensino de línguas: Foco no professor, no aluno e na formação de professores. São Paulo, Campinas: Pontes Editora, 2006. p. 65-85.

BRASIL. Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Resolução: nº 01/85. São Paulo, 1985.

BRASIL. Senado Federal. Lei de diretrizes e bases da educação nacional: nº 4024/61. Brasília, 1961.

BRASIL. Senado Federal. Lei de diretrizes e bases da educação nacional: nº 5692/71. Brasília, 1971.

BRASIL. Senado Federal. Lei de diretrizes e bases da educação nacional: nº 9394/96. Brasília, 1996.

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais – língua estrangeira moderna. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais – ensino médio. Brasília, DF: MEC/SEF, 2000.

BRASIL. Orientações curriculares para o ensino médio. Brasília, DF: MEC/SEF, 2006.

DOTTA, L. T. Representações sociais do ser professor. Campinas, São Paulo: Alínea, 2006.

DURKHEIM, E. As Regras do método sociológico. Pensadores. São Paulo: Abril, 1978.

MINAYO, M. C. S. O Conceito de Representações Sociais dentro da Sociologia Clássica. In: Textos em representações sociais. 3º ed. Petrópolis: Vozes, 1999. p. 89 -111.

MOITA LOPES, L. P. da (Org.). Por uma linguística aplicada indisciplinar. 2ª ed. São Paulo: Parábola, 2008.

MOSCOVICI, S. A Representação social da psicanálise. Trad. por Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.

MOSCOVICI, S. Representações sociais: Investigações em Psicologia Social. Trad. Pedrinho A. Guareschi. 6ª ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

NÓBREGA, S. M. O que é representação social. Curso de Doutorado em Psicologia Social; EHESS. 1990.

ORNELLAS, M. L. S. Representações sociais: Letras Imagéticas. Salvador (BA): Quarteto Editora. 2011.

PAIVA, V.L.M.O. A LDB e a legislação vigente sobre o ensino e a formação de professor de língua inglesa. In: STEVENS, C.M.T; CUNHA, M. J. (Org.) Caminhos e colheitas: ensino e pesquisa na área de inglês no Brasil. Brasília: UnB, 2003. p.53- 84. Disponível em: <http://www.veramenezes.com/ensino.htm> Acesso em: 05 nov 2013.

Downloads

Publicado

22.07.2017

Como Citar

OLIVEIRA, F. C. M. Língua inglesa em escolas públicas: representações de futuros professores. Babel: Revista Eletrônica de Línguas e Literaturas Estrangeiras, Alagoinhas, BA, v. 7, n. 1, p. 36–48, 2017. DOI: 10.69969/revistababel.v7i1.3436. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/babel/article/view/3436. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

SEÇÃO LIVRE