Desvendando Alice: uma análise psicanalítica do país das maravilhas

Resumo

Este artigo surgiu das inquietações da autora durante a leitura da história Alice no País das Maravilhas. Lewis Carroll, ao apresentar o mundo onírico de Alice, convida o leitor a entrar no mais íntimo dela, e assim mergulhar no sonho dessa menina curiosa, valente e determinada. Com o aprofundamento das bases psicanalíticas por parte da autora, surgiu a oportunidade de analisar essa obra à luz da teoria freudiana. Freud, com sua obra A Interpretação dos Sonhos, consegue provar a existência do inconsciente. Com isso, ele prova que existe mais no sujeito do que somente a parte consciente. Tudo o que é vivido, experenciado, afeta o sujeito psiquicamente, estando ele sempre em constante construção. Acordados, os sujeitos usam o ego e o superego para realizar suas funções diárias. Ao dormir, sonha para liberar o id, aliviando as pressões e dando vazão ao inconsciente. Durante a análise da obra, Alice em suas aventuras oníricas, vê-se perdida em um mundo estranho e que se esforça para compreender. Ao longo da história ela vai se fortalecendo, posicionando-se em relação ao que quer fazer e dizer. Percebe-se uma consolidação de sua estrutura psíquica ao se deparar com os outros personagens. É no encontro com seu inconsciente que ela se torna decidida e valente.