Insubordinações científicas: modos de pesquisa no grupo de pesquisa (auto)biografia, formação e história oral (Grafho)
DOI :
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2024.v9.n24.e1154Mots-clés :
Estado da arte, Pesquisa (auto)biográfica, Produção do conhecimento, Grupo de pesquisaRésumé
O presente artigo tem como objeto de estudo a reflexão sobre a produção do conhecimento no Grupo de Pesquisa (Auto)Biografia, Formação e História Oral (Grafho). Nossos objetivos foram: 1) analisar o campo da produção do conhecimento sobre a pesquisa (auto)biográfica no Grafho a fim de contribuir com o debate de questões teórico-metodológicas; 2) relacionar os dados identificados nas teses e dissertações com outros estudos sobre a temática. Realizamos um estudo do tipo estado da arte, construído por meio de levantamento de teses e dissertações vinculadas ao Grafho durante os anos de 2019 a 2024 no portal Saber Aberto da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Nossos resultados apontam que: 1) há grande maioria das pesquisas são qualitativa e se intitulam (auto)biográficas; 2) o dispositivo mais utilizado foi a entrevista narrativa, contudo identificamos análise documental, diário de campo, observações e memoriais; 3) as professoras são as colaboradoras mais ouvidas nas pesquisas do Grafho, no entanto percebemos trabalhos que escutaram estudantes, crianças e idosos; 4) os estudos foram desenvolvidos em diferentes etapas da Educação Básica, contudo houve maior referência ao Ensino Fundamental; e 5) há uma diversidade territorial de municípios baianos investigados.
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