Submissões

O cadastro no sistema e posterior acesso, por meio de login e senha, são obrigatórios para a submissão de trabalhos, bem como para acompanhar o processo editorial em curso. Acesso em uma conta existente ou Registrar uma nova conta.

Condições para submissão

Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores.
  • A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação por outra revista; caso contrário, deve-se justificar em "Comentários ao editor".
  • O arquivo da submissão está em formato Microsoft Word, OpenOffice ou RTF.
  • URLs para as referências foram informadas quando possível.

Diretrizes para Autores

Os textos devem ser encaminhados através da Plataforma http://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab

No processo de submissão o autor deverá indicar a Seção a que se vincula, garantia de observação de procedimentos éticos e cessão de direitos autoria à RBPAB.

Os trabalhos devem ser submetidos, conforme as seguintes normas:

Normas para publicação
A Revista <strong>RBPAB</strong>, da Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica, estabelece as seguintes normas editoriais para o recebimento de originais de artigos, ensaios, dossiês, resenhas, entrevistas, resumos de teses e dissertações.
I – NÚMERO DE CARACTERES
a) Artigo e Ensaio: 40.000 no mínimo de no máximo de 60.000 caracteres;
b) Entrevistas: máximo de 50.000 caracteres;
c) Dossiês: constituídos por, no mínimo 06 artigos, e no máximo, 10. Observando-se as demais normas relativas aos artigos da Revista.
d) Resenha: mínimo de 5.000 caracteres e o máximo de 10.000;
e) Resumos de Teses e Dissertações: máximo de 5.000 caracteres.
II – COLABORAÇÕES
1. As colaborações deverão ser submetidas pelo Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas OJS: http://www.revistas.uneb.br/index.php/<strong>RBPAB</strong>
2. As colaborações que não respeitarem às Normas abaixo discriminadas serão eliminados do processo de avaliação pelos pares, em consultorias ad hoc.
3. Os trabalhos devem ser inéditos.
4. Os textos não devem conter referências que permitam identificar o(s) autor(es) ou seus grupos de pesquisa. A existência de qualquer tipo de identificação no texto concorre para sua eliminação.
5. Os textos apresentados em língua portuguesa devem estar em conformidade com o Novo Acordo Ortográfico (ABNT).
6. A Revista privilegiará a publicação de Artigos e Ensaios de pesquisadores doutores, recém-mestres e/ou recém-doutores, brasileiros e de outros países, vinculados a programas de Pós-Graduação em Educação e em outras áreas de conhecimento.
7. Para publicação nas seções de Artigo e Ensaio, serão aceitos trabalhos de doutorandos, mestrandos, especializandos e graduandos, em coautoria com autores que possuam o título de doutor. Para as demais seções esse procedimento é dispensado.
8. As colaborações recebidas serão submetidas a dois consultores ad hoc. Os textos podem receber um dos três tipos de parecer: recomendado, não recomendado, recomendado com revisões requeridas.
9. Os pareceres, sob a forma de anonimato, serão comunicados aos autores via e-mail.
10. A Comissão Editorial informará aos autores os resultados dos pareceres, explicando os motivos para a recusa, aceite ou solicitação de modificações para publicação.
11. Preocupada em garantir diversidade institucional, regional em seus números, a REBAP reserva-se o direito de não publicar, num mesmo número, textos de uma mesma região ou instituição, caso haja um número significativo de textos aprovados.
Observações gerais:
A revista não se obriga a devolver os originais das colaborações enviadas e esclarece que o conteúdo dos textos publicados é de inteira responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião do Comitê Editorial.
Orientações para submissão de trabalhos:
O processo de captação e arbitragem dos artigos é feita através de uma plataforma eletrônica, on-line, sendo necessário o cadastro dos autores para submissão seus trabalhos para apreciação do Comitê Editorial, possibilitando o acompanhamento dos tramites editoriais de seu texto.
Para se cadastrar no sistema, acessar http://www.revistas.uneb.br/index.php/<strong>RBPAB</strong>/user/register e seguir às orientações para submissão de artigos à <strong>RBPAB</strong>.
III - ASPECTOS FORMAIS:
1. Os textos em língua portuguesa deverão ser redigidos de acordo com os padrões de artigos científicos e observar as normas da ABNT.
2. Os textos em língua portuguesa devem trazer três resumos: português, inglês e espanhol.
3. Poderão ser enviados originais em Espanhol, Francês, Inglês e Italiano. Nesses casos, além do resumo na língua do artigo, deverão figurar outros dois: um traduzido para o português e outro para o inglês.
4. Os trabalhos devem ser formatados em: .doc, .docx ou .rtf. Não serão aceitos trabalhos em pdf.
5. Os textos deverão observar a seguinte configuração no seu formato:
5.1. Todas as margens com 2,5 cm;
5.2. Papel: A4;
5.3. Fontes Times New Roman: 12 (para o corpo do texto), 11 (em citações), 10 (epígrafes e notas de roda pé);
5.4. Espaço 1,5 cm em todo corpo do texto; salvo citações e epígrafes: 1,0
5.5. Alinhamento justificado.

6. Na primeira página devem constar: a) título do artigo; b) nome(s) do(s) autor(es), endereço(s) institucional(is) (publicado junto com os dados em relação a cada autor), telefones (para contato emergencial), e-mail; c) titulação principal; d) instituição a que pertence(m) e cargo que ocupa(m); e) grupo de pesquisa;

7. Resumo, Abstract e Resumen: cada um com no máximo 200 palavras, incluindo objetivo, métodos, resultado e conclusão. Logo em seguida, as Palavras-chave, Keywords e Palabras clave, com o mínimo de três e o máximo de cinco. Traduzir, também, o título do artigo, assim como do trabalho resenhado.

8. As figuras, gráficos, tabelas ou fotografias (em formato TIF, cor cinza, dpi 300), quando apresentados em separado, devem ter indicação dos locais onde devem ser incluídos, ser titulados e apresentar referências de sua autoria/fonte. Para tanto, devem seguir a Norma de apresentação tabular, estabelecida pelo Conselho Nacional de Estatística e publicada pelo IBGE em 1979.

9. As Referências deve vir, após a parte final do artigo, em ordem alfabética, a lista dos autores e das publicações conforme as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Observar os seguintes exemplos:

9.1. Livro de um só autor:

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes sem Abreviaturas. Título do livro: subtítulo. Local de publicação: Editora, ano de publicação.

9.2. Livro até três autores:

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes sem Abreviaturas; SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes sem Abreviaturas; SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes sem Abreviaturas. Título do livro: subtítulo. Local de publicação: Editora, ano de publicação.

9.3. Livro com mais de três autores:

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes sem Abreviaturas et. alli. Título do livro: subtítulo. Local de publicação: Editora, ano de publicação.

9.4. Capítulo de livro:

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes sem Abreviatura. Título do Capítulo: subtítulo. In: SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes sem Abreviaturas. Título do livro: subtítulo. Local de publicação: Editora, ano de publicação. Página inicial e final.

9.5. Artigos de periódicos:

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes sem Abreviatura. Título do Artigo: subtítulo. Título do Periódico, Local de publicação, Instituição, número do volume, número do fascículo, páginas inicial e final do artigo, mês e ano de publicação.

9.6. Artigo de jornais:

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes sem Abreviatura. Título do Artigo: subtítulo. Jornal, Local de publicação, Dia. Ano, Sessão, página.

9.7. Artigo de periódico (formato eletrônico):

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes sem Abreviatura. Título do Artigo: subtítulo. Título do Periódico, Local de publicação, Instituição, número do volume, número do fascículo, páginas inicial e final do artigo, mês e ano de publicação. Disponível em: http:/www..... Acessado em dia/mês/ano.

9.8. Livro em formato eletrônico:

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes sem Abreviaturas. Título do livro: subtítulo. Local de publicação: Editora, ano de publicação. Disponível em: http:/www..... Acessado em dia/mês/ano.

9.9. Decreto, Leis:

País / Estado ou Cidade. Documento. Diário Oficial do (País, Estado ou Município), cidade, n., página inicial e final, dia e mês. Ano. Seção.

9.10. Dissertações e teses:

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes sem Abreviatura. Título: subtítulo. Ano. Número de folhas. Dissertação ou Tese (Mestrado em ou Doutorado em) – Nome do Programa, Nome da Universidade, Local, Ano.

9.11. Trabalho publicado em Congresso:

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes sem Abreviatura. Título do trabalho. In: Nome do Evento (Congresso; Simpósio; Seminário; Reunião), edição., ano, Cidade. Anais... Cidade, Editora, Ano. Página inicial e final.

10. O sistema de citação adotado pela RBPAB é o de autor-data, de acordo com a NBR 10520 de 2003.

As citações devem obedecer à forma (Sobrenome do Autor, ano) ou (Sobrenome do Autor, ano e p. xx). Diferentes títulos do mesmo autor, publicados no mesmo ano, deverão ser diferenciados adicionando-se uma letra depois da data (Sobrenome do Autor, anoa) ou (Sobrenome do Autor, anoa e p. xx).

11. As notas numeradas devem vir no rodapé da mesma página em que aparecem. Recomenda-se utilizar apenas as notas explicativas estritamente necessárias, obedecendo à NBR 10520, de 2003.

12. Após listar as referências incluir a menção “Submetido em (...)” com o mês e o ano da submissão.

13. Observar o quantitativo de caracteres para cada seção da Revista: a) Artigo e Ensaio: 40.000 no mínimo de no máximo de 60.000 caracteres; b) Entrevistas: máximo de 50.000 caracteres; c) Dossiês: constituídos por, no mínimo 06 artigos, e no máximo, 10. Observando-se as demais normas relativas aos artigos da Revista; d) Resenha: mínimo de 5.000 caracteres e o máximo de 10.000; e) Resumos de Teses e Dissertações: máximo de 5.000 caracteres.

14. Os textos só serão aceitos se atenderem as seguintes orientações e configuração quanto ao seu formato: a) Título com o máximo de 90 caracteres com espaço; b) Todas as margens com 2,5 cm; c) Papel: A4; d) Fontes Times New Roman: 12 (para o corpo do texto), 11 (em citações), 10 (epígrafes e notas de roda pé); e) Espaço 1,5 cm em todo corpo do texto; salvo citações e epígrafes: 1,0; f) Alinhamento justificado.

 

Artigos

Na seção Artigos, são publicados resultados de pesquisas empíricas, ou de caráter epistemológico e teórico-metodológico. Excepcionalmente, a RBPAB aceita um artigo anteriormente publicado, desde que seja em revistas, ou outros suportes, com pouca circulação no Brasil, e que contribua, efetivamente, com as discussões realizadas no âmbito da pesquisa (auto)biográfica em Educação e suas implicações para essa área de produção de conhecimentos.

Ensaios

Na seção Ensaios, aceitam-se trabalhos que focalizem o campo da pesquisa (auto)biográfica, que sugiram problematizações pertinentes a domínios tais como memória, história oral, histórias de vida, práticas de formação, que embora não resultem obrigatoriamente de pesquisas no domínio da pesquisa (auto)biográfica em Educação, contribuam para o avanços da reflexão nessa área de pesquisa. 

Dossiê

Os Dossiês são submetidos mediante Edital próprio. A proposta das temática e artigos do Dossiê devem versar sobre assuntos de interesse para a pesquisa (auto)biográfica em Educação, e apresentar desdobramentos importantes para a pesquisa educacional em suas mais diversas vertentes.

Entrevistas

A seção Entrevistas concerne à interlocução com pesquisadores de projeção nacional e/ou internacional, e tem como propósito veicular discussões e reflexões atuais e pertinentes à produção científica na área.

Documentos

A seção Documentos é um espaço destinado à publicação de documentos históricos e/ou atuais, de interesse para a produção do conhecimento e a vida associativa.

Resenhas

As Resenhas têm em vista a socialização e síntese de livros, coletâneas, dicionários especializados, e demais obras que expressem posicionamentos sobre temáticas contemporâneas no domínio dos estudos (auto)biográficos. 

Resumos de Teses e Dissertações

Os Resumos de Teses e Dissertações visam à socialização de trabalhos acadêmicos-científico, realizados em universidades brasileiras e de outros países que, ancorados na pesquisa (auto)biográfica em Educação, contribuam para sua consolidação no Brasil e ampliação de seu escopo em nível internacional.

 

 

Os trabalhos propostos à RBPAB devem ser enviados pela Plataforma SEER, preenchendo-se o formulário e observando-se às normas disponíveis no sistema de submissão.

Pareceristas 2020

Pareceristas 2020 RBPAB

Pareceristas 2021

Lista dos avaliadores ad hoc 2021

Histórias e Memórias

Publicação de documentos e testemunhos relacionados ao movimento (auto)biográfico no Brasil e em parcerias internacionais com associações da área.

Dossiê Automedialidades: práticas (auto)formativas de criação estética

A noção de automedialidade, concebida no campo dos estudos literários e estéticos, traz para a pesquisa (auto)biográfica uma renovação fecunda ao ampliar para além da palavra (grafia) a outras modalidades de mediações entre o si mesmo (autos) e a vida (bios). A ênfase recai sobre a materialidade do meio (medium) - sons, acordes, gestos, palavras, materiais (tecido, barro, ferro, papel...), gráficos, cores, imagens... - em que o ser humano imprime o gesto de sua criação estética, ao mesmo tempo que o meio imprime, por sua vez, as suas marcas no ser humano. Neste sentido, a materialidade do meio já não é entendida apenas como um instrumento de expressão do ser, mas como mediadora de sua humanização, ou seja, de subjetivação e socialização. O apelo a contribuições para este dossier visa interpelar, por um lado, as práticas artísticas, estéticas, literárias, digitais... através das quais o sujeito transfigura a vida, ele próprio e o outro, em (auto)narrações plásticas, musicais, visuais, digitais, fotográficas, gestuais, cenográficas... Por outro lado, espera-se também contar com estudos que considerem as práticas automediais como uma abertura para a formação estética, ética e política ao longo da vida. A grande contribuição deste dossier é dar o primeiro passo para a automedalidade, entendida como um eixo fundante da investigação (auto)biográfica em educação.

Dossiê Literatura/Autobiografia: entre objetos, pessoas, acontecimentos e conhecimentos

Literatura/Autobiografia, palavras unidas pelo sinal gráfico de barra oblíqua, é um indicativo do desejo nesse dossiê de incentivar a mobilização na escrita e na configuração dos temas dos artigos de certo tipo de entendimento dos espaços literário e autobiográfico, mostrando a transitividade e intercambio de sentidos. Nessa medida, espera-se tratar de forma teórica e em estudos específicos, fundamentados em autores dos campos literário, artístico, humanístico, educacional e dos estudos sócio-históricos, de temas pertinentes às especificidades e possibilidades de se constituir compreensão, comentários, contrapontos, invenções acerca da experiência vivida acionando a expressão ficcional. O dossiê irá acolhera artigos com temas concernentes às relações entre literatura, autobiografia e história.  Objetiva-se explorar as proximidades entre os escritos autobiográficos e literários de modo a fazer valer essa potência para pensar sobre narrativas, memórias, objetos, pessoas e acontecimentos associados às marcas sociais de gênero e sexualidade, situações geracionais e histórico-culturais, vivências de classificação e desclassificação social, as quais nos levam a experiências de desamparo, sofrimento, resistência e ao contrário permitem construir novos saberes por meio do diálogo com os entendimentos e conhecimentos já constituídos.

Dossiê Narrativas, Oralidades e Contação de Histórias

O presente dossiê tem como finalidade reunir artigos que explorem a intrincada teia que conecta as pesquisas (auto)biográficas à rica tradição das Narrativas, das Oralidades e da Contação de Histórias. Para isso, receberá trabalhos de pesquisadores de áreas distintas, interessados na investigação das complexas interações entre as histórias de vida, seus dispositivos de coleta de dados e o intercâmbio entre os saberes que essas histórias possam promover com o conhecimento acadêmico, em especial as narrativas coletivas, oriundas principalmente de vozes subalternizadas, considerando diferentes perspectivas e contextos culturais. Do mesmo modo, serão acolhidos trabalhos voltados para pesquisas com foco na preservação da memória cultural e na construção de identidades pessoais e coletivas por meio das Narrativas, centradas no papel das tradições e da cultura na transmissão das Poéticas Orais, bem como na influência das práticas de Contação de Histórias quando voltadas para a preservação da cultura e da tradição.

Pareceristas 2023

Avaliadores ad hoc 2023, v. 8, 2023.

Dossiê Insubordinações da pesquisa (auto)biográfica

O dossiê busca problematizar questões sobre a democracia nas sociedades ocidentais e os modos como os sujeitos se organizam e produzem a si mesmos em relação as estruturas de poder, o que provoca novos olhares sobre as conjunturas sociais, econômicas, ambientais, culturais, religiosas e políticas, provocadoras de experiências vivenciadas em novos horizontes (auto)biográficos e suas contribuições para o campo educacional e para além dele, num diálogo em rede, propiciado pelos avanços epistêmico-políticos do campo para os domínios da formação, da pesquisa e da intervenção social.

Dossiê Cidades e narrativas

Entre as redes educativas que formamos e nas quais nos formamos estão aquelas referentes aos locais onde moramos e existimos – redes das ‘práticasteorias’ de vivências nas cidades, nos campos e à beira das estradas (ALVES, 2019, p.131). Esses ‘espaçostempos’ se relacionam substantivamente entre si, por intensos movimentos realizados de uns aos outros, trazendo sempre narrativas de si e permitindo a tessitura de quem somos e porque o somos, em movimentos que, possibilitando manter e recriar a vida, relacionam horizontes diversos que são narrados, permanentemente, articulados com as diferentes experiências que temos com tantos diversos outros seres humanos, nas trajetórias realizadas em comum, de solidariedades e de antagonismos.

Lembramos que essas múltiplas, complexas e persistentes relações nos têm trazido “miseráveis, desempregados famintos, desesperados, homens e mulheres sem eira nem beira, [que] testemunham a ruína do que lhes foi prometido. Para uns são apenas
vítimas de uma guerra desumana, seres vulneráveis passíveis de compaixão.” Mas que podem ser “afirmados como contadores de histórias perigosas” (In BAPTISTA, 2022, p 17). Para isso, precisamos entender como Gagnebin (1994, p. 54), inspirada nas análises de Walter Benjamin sobre a alegoria, [...] (que) às ruínas
(..) (podemos propor outra) conotação política: “A história não é, pois, simplesmente o lugar de uma decadência inexorável [...] ao meditar sobre as ruínas de uma arquitetura passada, o pensador alegórico não se limita a evocar uma perda; constitui, por essa mesma meditação, outra figura de sentido [...], [...] (pois) o sentido nasce tanto da plenitude e da eternidade como, também, do luto e da história, mesmo
se, através deles, estamos em busca de um outro tempo” (BAPTISTA, 2022, p. 17) e de outros espaços.

As narrativas de si ultrapassam a expressão de uma individualidade, de um eu imaculado, de uma delimitação identitária. São histórias criadas ou tecidas artesanalmente no uso de inúmeros fios, linhas, restos, detritos de coisas e de afetos contrastantes; artesanato a recusar a sufocante narração que limita-se aos rastros do eu, da arrogância do Sujeito apartado dos apelos e forças do mundo. O contar sobre si sugere o mostrar uma arte do fazer, sempre inconclusa, de montagens de fragmentos de outras histórias que após o ato do contar o narrador não se reconhecerá na autoria. Arte intranquila, imprevisível e improvisada, pois nas cidades dos homens a paz das imaculadas universalidades das ideias é abalada em sua pretensa estabilidade, assim como o inferno de um destino mítico a decretar o nada a fazer. O si mesmo apresenta-se na intensidade de uma diferença confeccionada nos embates, o díspar sujo, impuro, inacabado, disponível para uso quando o ar nos falta na asfixia do desejo e da revolta.

Com isso, podemos afirmar que “o passado respira abaixo das ondas. O respirar contido
na imagem de Walter Benjamin a indicar a inconclusividade do que passou,
apropriada pelos perigos do agora: “articular historicamente o passado não
significa conhecê-lo como de fato foi. Significa apropriar-se de uma reminiscência, tal como ela relampeja no momento de um perigo” (BENJAMIN,
1994, p. 224; In BAPTISTA, 2022, p. 23).

Com a proposta deste dossiê queremos trazer as experiências vividas nas “cidades, no campo e à beira das estradas” (e por que não, em locais considerados inóspitos?) como criadora de encontros com paisagens e seres humanos – solidários ou agressivos; articuladores ou controladores dos mesmos – coabitando nas possibilidades que criam de narrativas de si múltiplas, complexas e diferenciadas, entendendo que as ações humanas incorporam dimensões éticas, estéticas, políticas e poéticas.

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