Escrita de si na escrita epistolar
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2022.v7.n22.p617-625Palavras-chave:
Cartas, Escrita de si, Escrita epistolarResumo
Neste dossiê, as autoras e autores tratam de cartas escritas por mulheres e homens, intelectuais e pessoas comuns, poetas, músicos, religiosos, professores, estudantes, jovens e crianças, a maior parte das vezes em um processo que transforma afetos no ato de escrever, de ler o escrito e de escrever de volta ao correspondente outra mensagem. Uma foi produzida em momento doloroso para comunicar a morte, algumas durante deslocamentos por viagem ou imigrações e outras tantas motivadas pelo desejo de estreitar intercâmbio profissional ou em contextos de formação. Temos aqui cartas entre amigos, cartas de amor, cartas entre pais e filhos. Cartas enviadas. Cartas imaginadas. Cartas para desabafar. Cartas para povoar a solidão. Quase todas foram escritas com a intenção de serem lidas somente pelo destinatário, mas há também exemplos daquele tipo que sai da pena com a vocação de ser publicizada em jornais e nas igrejas. As cartas examinadas foram localizadas em arquivos pessoais e familiares, em publicações ou em instituições de guarda. Onde estarão aquelas, cujas palavras foram apenas colocadas no papel e que nunca seguiram seus destinos? Provavelmente, permanecem esquecidas no fundo de baús de memórias.
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Referências
CHIRIO, Maud. Querido Lula: cartas a um presidente na prisão. São Paulo: Boitempo, 2022.
LOPES, Tarcísio (consultor e redator). Help: Sistema de consulta interativa – informática. São Paulo: Click Editora, 1995.
SIERRA BLAS, Verónica. Aprender a escribir cartas: los manuales epistolares em la España Contemporânea. Gijon: Ediciones Trea, S.L., 2003.