RELACIONES ÉTNICO-RACIALES Y DE GÉNERO: IDENTIDAD DE LA MUJER NEGRA Y PROFESORA DE EDUCACIÓN BÁSICA EN EL NORESTE DE PARÁ

Autores/as

Palabras clave:

Relaciones raciales, Género, Identidad, Docente

Resumen

Este estudio tiene como objetivo analizar la identidad de los profesores negros en la Educación Básica en la ciudad de Tracuateua-PA. Problematiza: ¿Cómo se fue/se está construyendo la identidad de los docentes negros en la Educación Básica en la ciudad de Tracuateua-PA? El estudio tiene un enfoque cualitativo, con aplicación en la investigación de campo, el instrumento de recolección de datos fue el cuestionario semiestructurado. La muestra estuvo compuesta por 9 (nueve) docentes negros. Los datos recolectados fueron analizados a partir del análisis del discurso ideológico (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2014), enfatizando los discursos más expresivos. Los resultados muestran que las docentes negras de Tracuateua, en el noreste de Pará, se identifican como mujeres negras (negras y pardas), sus identidades fueron construidas en medio de una realidad social marcada por relaciones de discriminación, racismo y segregación. Este estudio también revela que la escuela está permeada por el racismo y la discriminación, vividos cotidianamente por los sujetos involucrados en el proceso educativo. La principal conclusión revela que algunas mujeres negras y docentes sufrieron discriminación y prejuicios durante su trayectoria de vida, esto marcó la construcción de su identidad étnico-racial y les hizo comprender la importancia de la lucha por una educación antirracista.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Raquel Amorim dos Santos, Professora no Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Saberes na Amazônia da Universidade Federal do Pará - Brasil

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Pará. Pesquisadora no Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Professores e Relações Étnico-Raciais. 

Adriana Souza Simões, Mestranda em Educação pela Universidade Federal do Pará - Brasil

Licenciada em Letras com habilitação em Língua Portuguesa pela Universidade da Amazônia. Integrante do Núcleo de Estudos em Educação, currículo, formação de professores e relações étnico-raciais; e do grupo Filosofia Prática: investigações em Política, Ética e Direito.

Thyele Siqueira Pereira, Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará - Brasil

Professora na Educação Básica pela Secretaria Municipal de Educação de Tracuateua. Integrante do Núcleo de Estudos em Educação, currículo, formação de professores e relações étnico-raciais.

Citas

ALMEIDA, J. S. Mulher negra e Educação: a paixão pelo possível. São Paulo: Unesp, 1998.

AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.

ALVES, A. C. F.; ALVES, A. K. S. As trajetórias e lutas do Movimento Feminista no Brasil e o seu protagonismo social das mulheres. Seminário Cetros Neodesenvolvimentismo, Trabalho e Questão Social, 3, 2013, Fortaleza. Anais... Fortaleza: UECE, 2013, p. 113-121.

BAKHTIN, M. Estética da Comunicação Verbal. 4 ed. São Paulo: Martin Fontes, 2003.

BAKHTIN, M. / VOLOCHÍNOV, V. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. 16 ed. São Paulo: Hucitec, 2014.

BENTO, M. A. S.; CARONE, I. Psicologia Social do Racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. 6 ed. Petrópolis: Vozes, 2014.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Brasília: MEC, 2015. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=70431 -res-cne-cp-002-03072015-pdf&category_slug=agosto-2017-pdf&Itemid=30192

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2004.

BRASIL. Legislação n. 230. Legislação da mulher. 7 ed. Câmara dos Deputados, 2016.

BRASIL. Lei Maria da Penha: Lei no 11.340, de 7 de agosto de 2006. Brasília: Câmara dos Deputados, 2010.

BRASIL. Lei nº 10.639, de 20 de dezembro de 2003, altera a Lei nº 9.394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”. In: Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF. 10 de jan., 2003.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira. Parecer CNE/CP3/2004.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394/1996. Brasília: Senado Federal, 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. LEI Nº 5.692, DE 11 DE AGOSTO DE 1971. Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus. Disponível em https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-5692-11-agosto-1971-357752-publicacaooriginal-1-pl.html

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, 2004.

CINZIA, A.; TITHI, B.; NANCY, F. Feminismo para os 99%: um manifesto. São Paulo: Boitempo, 2019.

COELHO, W. N. B. A cor ausente: um estudo sobre a presença do negro na formação de professores. 2005. 205 f. Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2005.

COSTA, A. A. A. O movimento feminista no Brasil: dinâmicas de uma intervenção política. Brasília: Labrys, n. 7, 2005.

CRENSHAW, K. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas, v.10, n.1, p.171-188, 2002.

CRUZ, L. A. Construção da Cidadania das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Piauí. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2013.

DAVIS, A. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

FONSECA, M. N. S. Brasil afro-brasileiro. In: FONSECA. M. N. S. Visibilidade e ocultação da diferença: imagens de negro na cultura brasileira. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

FREYRE, G. Casa grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 48 ed. Rio de Janeiro: Schmidt, 2003.

FUNDAÇÃO AMAZÔNIA DE AMPARO A ESTUDOS E PESQUISAS - FAPESPA. Estatísticas Municipais Paraenses: Tracuateua, Belém, 2016.

GOMES, N. L. A mulher negra que vi de perto. Belo Horizonte: Mazza Edições, 1995.

GOMES, N. L. Educação, Raça e Gênero: relações imersas na alteridade. In: Reunião Brasileira de Antropologia e Conferência: Relações Étnicas e Raciais na América Latina e no Caribe, 20., 1., 1996, Minas Gerais, Cadernos Pagu. Minas Gerais: UFMG, 1996, p. 67-82.

GOMES, N. L. Mulheres negras e educação: trajetórias de vida, histórias de lutas. In: I Simpósio Internacional: o desafio da diferença, articulando gênero, raça e classe. Anais... Salvador, 2000.

GOMES, N. L. Educação e identidade negra. Aletria, n.9, p.38-47, 2003.

GOMES, N. L. Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo. Educação e Pesquisa, v.29, n.1, p.167-182, 2003.

GOMES, N. L. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. In: Ricardo Henriques. (Org.). Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal. 10.639/03. Brasília: SECAD/MEC, 2005. p. 39-62.

GOMES, N. L. Educação, relações étnico-raciais e a lei n° 10.639/03:19 breves reflexões. In. BRANDÃO, A. P. (Org). Modos de fazer: cadernos de atividade, saberes e fazeres. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2010.

GOMES, N. L. Relações Étnico-Raciais, Educação e descolonização dos currículos. Currículo sem Fronteiras, v.12, n.1, p. 98-109, 2012.

RIOS, F.; LIMA, M. (Orgs.). Por um feminismo afro-latino americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

GUIMARÃES, A. S. A. Racismo e Anti-Racismo No Brasil. Novos Estudos CEBRAP, n.43, p. 26-44, 1995.

GUIMARÃES, A. S. A. Preconceito de cor e racismo no Brasil. Revista de Antropologia, v.47, n.1, p.9-44, 2004.

GUIMARÃES, A. S. A. Preconceito racial: modos, temas e tempos. 2 ed. São Paulo: Editora Cortez, 2012.

HASENBALG, C. Discriminação e desigualdades raciais no Brasil. Belo Horizonte: Editora UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2005.

HALL, S. Identidade cultural da pós-modernidade. 10 ed. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2005.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. BRASIL. Estatísticas de Tracuateua. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/tracuateua

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA - IPEA. Retratos da desigualdade de gênero e raça. Brasília: Ipea, 2011.

WERNECK, J. Racismo institucional e saúde da população negra. Saúde e Sociedade, v.25, n.3, p.535-549, 2016.

LIMA, M.; RIOS, F. M.; FRANCA, D. Articulando Gênero e Raça: a participação de mulheres negras no mercado de trabalho (1995-2009). In: MARCONDES, M. M. (Org.). Dossiê Mulheres Negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil. Brasília: IPEA, 2013. p.53-80.

LOURO, G. L. Gênero, História e Educação: construção e desconstrução. Educação e Realidade, v.20, n.2, p.101-132, 1995.

LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 6 ed. Petrópolis: Vozes, 1997.

LOURO, G. L. Mulheres na sala de aula. In. DEL PRIORE, M. (Org). História das Mulheres no Brasil. 7 ed. São Paulo: Contexto, 2004.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MATOS, M. Movimento e a Teoria Feminista em sua Nova Onda: entre encontros e confrontos, seria possível reconstruir a Teoria Feminista a partir do Sul Global? Revista de Sociologia e Política, v.18, p.67-92, 2010.

MINAYO, M. C. S. (org.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 34. ed. Petrópolis: Vozes, 2015.

MULLER, M. L. R. Professoras Negras na Primeira República. Cadernos PENESB, v.1, n.1, p.21-68, 1999.

MUNANGA, K. O anti-racismo no Brasil. In: MUNANGA, K. (Org.). Estratégias e políticas de combate à discriminação racial. São Paulo: Edusp, 1996. p.79-111.

MUNANGA, K. Rediscutindo a Mestiçagem no Brasil: Identidade Nacional Versus Identidade Negra. Petrópolis: Ed. Vozes, 1999.

MUNANGA, K. Uma abordagem Conceitual das noções de Raça, Racismo, Identidade e Etnia. Palestra proferida no 3º Seminário Nacional Relações Raciais e Educação-PENESBRJ, 2003.

MUNANGA, K. Prefácio. In: CARONE, I.; BENTO, M. A. S. (Orgs.). Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. 6 ed. Petrópolis: Vozes, 2014. p.10-11.

OLIVEIRA, D. A. A Reestruturação do Trabalho Docente: precarização e flexibilização. Educação & Sociedade, v.25, n.89, p.1127-1122, 2004.

OLIVEIRA, Z. M. R. et al. Construção da identidade docente: relatos de educadores de educação infantil. Cadernos de Pesquisa, v.36, p.547-571, 2006.

OLIVEIRA, T. B. Anarquismo sindicatos e revolução (1906-1936). 267 f. Tese (Doutorado em Ciências Humanas e Filosofia) - Departamento de História, Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2009.

OLIVEIRA, R. S. Guardiãs da identidade? As religiões afro-brasileiras sob a ótica do movimento negro. Congresso Luso-Afro-Brasileiro De Ciências Sociais, 11, Anais... Salvador, 2011.

PIMENTA, S. G. Formação de professores: identidade e saberes da docência. In: Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez Editora, 1999. p.15-34.

PINTO, C. R. J. Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003.

PINTO, C. R. J. Feminismo, História e poder. Revista de Sociologia e Política, v.18, p.15-23, 2010.

SAFFIOT, H. I. B. A Mulher na Sociedade de Classes: mito e realidade. Petrópolis: Vozes, 1976.

SANTOS, H. et al. Políticas públicas para a população negra no Brasil. ONU, 1999. [Relatório ONU]

SANTOS, R. A. Visibilidade negra: Representações sociais de professores acerca das relações raciais no currículo escolar do Ensino Fundamental em Ananindeua (PA). 176 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009.

SANTOS, R. A. Ciclo de política curricular do Estado do Pará (2008-2012): a enunciação discursiva sobre relações “raciais”. 270f. 2014. Tese (Doutorado em Educação) - Instituto de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Pará.

SANTOS, R. A.; SILVA, R. M. N. B. Racismo científico no Brasil: um retrato racial do Brasil pós-escravatura. Educar em Revista, v.34, n.68, p.253-268, 2018.

SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil – 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

SCHWARCZ, L. M. Nem preto, nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na sociabilidade brasileira. São Paulo: Claro Enigma, 2012.

SILVA, T. D. Mulheres negras, pobreza e desigualdade de renda. In: MARCONDES, M. M. (Org.). Dossiê Mulheres Negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil. Brasília: IPEA, 2013, p. 109-132.

SKIDMORE, T. Preto no branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2012.

TANURI, L. M. História da formação de professores. Revista Brasileira de Educação, v.14, p. 61-88. 2000.

VERRANGIA, D.; SILVA, P. B. G. S. Cidadania, relações étnico-raciais e educação: desafios e potencialidades do ensino de Ciências. Educação & Pesquisa, v.36, n.3, p.705-718, 2010.

Publicado

2022-09-13

Cómo citar

DOS SANTOS, R. A.; SOUZA SIMÕES, A.; SIQUEIRA PEREIRA, T. . RELACIONES ÉTNICO-RACIALES Y DE GÉNERO: IDENTIDAD DE LA MUJER NEGRA Y PROFESORA DE EDUCACIÓN BÁSICA EN EL NORESTE DE PARÁ. Cenas Educacionais, [S. l.], v. 5, p. e11913, 2022. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/cenaseducacionais/article/view/11913. Acesso em: 24 nov. 2024.

Número

Sección

Dossier Temático - INTERSECCIONALIDADES ÉTNICO-RACIALES, DE GÉNERO Y RELACIÓN CO