LÚDICO E A AFETIVIDADE NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

Autores

Palavras-chave:

Playful, affectivity, learning.

Resumo

A concepção de lúdico não se pauta num simples passar de tempo sem suportes para a brincadeira, mas no sentido de que a brincadeira, o jogo, o brinquedo e a afetividade são componentes fundamentais no processo ensino aprendizagem, percebendo estes como promotores de aprendizagem significativa. Assim, o objetivo geral deste trabalho será o de entender os principais aspectos que são relevantes na aprendizagem da criança, evidenciando o lúdico e a afetividade na educação, levando em consideração pressupostos psicanalíticos, como também desenhar o papel principal que a escola exerce em função do ensino aprendizagem. Entendemos então que, no processo de assimilação, a criança não só recebe estímulos como também os decodifica, os reelabora. A acomodação é compreendida como um estágio que predispõe o sujeito, para novas fases de assimilação. O afeto é a expressão qualitativa da quantidade de energia pulsional e das suas variações. O desenvolvimento psíquico ocorre por intermédio da elaboração de experiências emocionais desde o nascimento. Portanto, acreditamos que os aspectos afetivos e cognitivos formam um par entre si e, assim, são inseparáveis. Partindo do pressuposto da vida escolar, em todas as suas etapas e peculiaridades, os alunos precisam vivenciar momentos que potencialmente gerem crescimento, que deverão apresentar implicações afetivamente marcantes em seu desempenho pedagógico. A ação lúdica permite à criança a exploração do seu potencial, pautada na imaginação e criatividade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Álvaro Luís Pessoa de Farias, Professor na Universidade Estadual da Paraíba - Brasil

Doutor em Ciências da Motricidade Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Participa do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB.

Divanalmi Ferreira Maia, Docente na Universidade Estadual da Paraíba - Brasil

Doutor em Ciências do Movimento Humano (Universidad Autônoma de Assuncion).

Marcos Antonio Torquato de Oliveira, Professor no Centro Universitário UNINTA - Brasil

Mestre em Ciências da Educação (Universidad Tres Fronteiras). Professor na rede municipal de Educação de Campina Grande, no Instituto de Ensino Superior Múltiplo, no Centro Universitário UNINTA e na Universidade Norte do Paraná.

Referências

AQUINO, J. G. Erro e fracasso na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus Editorial, 1996.

BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. 3a edição. São Paulo: editora Summus, 1984.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmefros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. V. 02. Brasília: 1997, p. 144.

CORDIÉ, Anny. Os atrasados não existem: psicanálise de crianças com atraso escola. Porto Alegre. Artes Médicas.1996

COSTA, A. J. O pedagogo orientado pela psicanálise. In: PEREIRA, M. R. A psicanálise escuta a educação: 10 anos depois. Belo Horizonte: Fino Traço/

CUNHA, Antônio Eugênio. Afeto e aprendizagem, relação de amorosidade e saber na prática pedagógica. Rio de Janeiro:Wak.2008.

FERNÁNDEZ, A. A inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 1990.

FERRARI, R. F. Considerações psicopedagógicas do vinculo entre professor-aluno. Disponível em: . Acesso em: 04 de março 2014.

FERREIRA, T. Freud e o ato de ensino. In: LOPES, E.M.T. A psicanálise escuta a educação. Minas Gerais: Autêntica, 1998. p.107 – 149.

FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Libertação. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 150 p. ilust. Apêndice: p. 123 – 149.

FREIRE, Paulo. 1921. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire/ Paulo Freire: [tradução de Kátia de Melo Silva: revisão técnica de Benedito Eliseu Cristal] – 3. ed. – São Paulo: Moraes. 1980.

FREUD, S. (1905) Três ensaios sobre a teoria da sexualidade . Rio de Janeiro: Imago, 2002.

KISHIMOTO, Tizuko M. Jogos Infantis: o jogo, a criança e a educação. 6a ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

KUPFER, Maria Cristina. Afetividade e cognição: uma dicotomia em discussão. Idéias. S. Paulo, n 28, p 175-191, 1997.

KUPFER, Maria Cristina. Freud e a educação: o mestre do impossível. S. Paulo: Scipione, 1989.

LACAN, Jacques. (1960-1961) Seminário 8: A transferência. Rio de Janeiro. 2010. Jorge Zahar Editora, Texto estabelecido por Jacques-Allan Miller. Trad. Dulce Duque Estrada e Romildo do Rego Barros, 487p.

LAJONQUIÈRE, L. Infância e ilusão (psico)pedagógica: escritos de psicanálise e educação. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 2002. 204 p.

LAJONQUIÈRE, L. Figuras do infantil: A psicanálise na vida cotidiana com as crianças. Petrópolis: Vozes, 2010.

LAJONQUIÈRE, L. de. (1999). infância e ilusão (psico)pedagógica: escritos de psicanálise e educação. Petrópolis: Vozes

LAJONQUIÈRE, L. Freud, a Educação e as Ilusões (psico) Pedagógicas. Revista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, Porto Alegre, n. 16, p. 27-38, 1999.

LAPLANCHE, J. & PONTALIS, J.-B.(1970) Vocabulário da Psicanálise. Santos: Livraria Martins Fontes.

LIMA, Lauro de Oliveira. Piaget: sugestões aos educadores. Petrópolis: Vozes, 1998

MIRANDA, M. P. Adolescência na escola: soltar a corda e segurar a ponta. Belo Horizonte: Formato, 2001.

MORGADO, M. A. (2002) Da sedução na relação pedagógica: professor e aluno no embate com afetos inconscientes. 2ª ed. São Paulo, SP: Summus Editorial. 140p.

MCLAREN, Peter. Multiculturalismo revolucionário: Pedagogia do dissenso para o novo milênio/ Peter Mclaren. (tradução Márcia Moraes e Roberto Cataldo Costa) – Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

NÓVOA, A. Vida de Professores. Editora Porto. 2º edição. 2002.

OLIVEIRA, Rita de Cássia; Scortegagna,Paola; Oliveira, Flávia da Silva. A realidade da educação de jovens e adultos na Escola Municipal Prefeito José Bonifácio Guimarães Vilela em Ponte Grossa/Paraná. Revista HISTEDBR v. 11, n. 41 março/2011.

OLIVEIRA, Amanda de C M. FREUD E A EDUCAÇÃO. Revista de Iniciação Científica da FFC, v. 8, n.2, p. 239-248, 2008 247

PERRENOUD, Ph. (1993). Práticas pedagógicas, profissão docente e formação : perspectivas sociológicas. Lisboa : Dom Quixote.

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

PIAGET, Jean. O julgamento moral na criança. Trad. de ElzonLeonardon. São Paulo: Mestre Jou, 1977.

PIAGET, Jean. Psicologia da inteligência. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.

REGO, T. C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. 10.ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

SEBER, Maria da Glória. Piaget: o diálogo com a criança e o desenvolvimento do raciocínio. S. Paulo: Scipione, 1997.

SOUZA, Maria do Rosário S. Auto estima. Texto retirado da Internet (Campinas)

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Tradução de Francisco Pereira. Petrópolis: Vozes, 2002.

TERZI, Sylvia Bueno. A Construção da Leitura: Uma experiência com crianças de meios iletrados. 2a edição, Campinas: Pontes, 2001.

VIOLANTE, Maria Lucia V. Sobre a atividade de pensar. Idéias, n.28, p.193- 209, 1997.

VYGOTSKY, L. S. História social da mente. 2a ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988

Downloads

Publicado

31-12-2019

Como Citar

FARIAS, Álvaro L. P. de; MAIA, D. F.; OLIVEIRA, M. A. T. de. LÚDICO E A AFETIVIDADE NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM. Cenas Educacionais, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 25–41, 2019. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/cenaseducacionais/article/view/8019. Acesso em: 7 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)