A VISÃO DE PROFESSORES FORMADORES SOBRE O ENSINO DE INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA

Autores

Palavras-chave:

Ensino de Língua Inglesa. Inglês como Língua Franca. Professores formadores.

Resumo

Embora já se acumule um número expressivo de estudos acerca do novo estatuto do Inglês como Língua Franca (ILF), essas discussões ainda não foram efetivamente integradas à arena do Ensino de Língua Inglesa (ELI) na formação inicial de professores de inglês. Por acreditarmos que professores formadores são molas propulsoras para que possíveis mudanças ocorram nos currículos dos cursos, buscamos verificar como os professores formadores do curso de Letras com licenciatura em inglês da UNEB, Campus VI, em Caetité/BA, entendem o ILF e como visualizam essa perspectiva no contexto de ensino atual. A fundamentação teórica consiste, principalmente, em contribuições de Seidlhofer (2011), Jenkins (2007), Jenkins, Cogo e Dewey (2011), Widdowson (2012), El Kadri e Gimenez (2013), Graddol (2006), entre outros. Os dados, gerados a partir da aplicação de um questionário, foram tratados sob a ótica da pesquisa qualitativa. Os resultados revelaram que os professores formadores, além de reconhecerem o paradigma do ILF como legítimo, também o enxergam positivamente, considerando-o como um estímulo necessário e relevante ao processo de ensino e aprendizagem de Língua Inglesa (LI) na atualidade. Contudo, os professores pesquisados ainda não se consideram totalmente prontos para se desvencilhar da imposição das normas atreladas ao modelo do falante nativo e, finalmente, abordar a diversidade da LI em sala de aula.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Polyanna Castro Rocha Alves, Doutoranda em Língua e Cultura pela Universidade Federal da Bahia - Brasil

Mestra em Língua e Cultura. Licenciada em Letras/Português, Inglês e Literaturas.

Sávio Siqueira, Docente no Programa de Pós-graduação em Língua e Cultura da Universidade Federal da Bahia e do Programa de Mestrado em Letras e Linguística da Universidade Federal de Tocantins - Brasil

Pós-Doutor. Doutor em Letras e Linguística. Mestre em Administração. Graduado em Letras.

Referências

ASSIS-PETERSON, A. A de; COX, M. I. P. O professor de inglês: entre a alienação e a emancipação. Linguagem & Ensino, v.4, n.1, p.11-36, 2001.

ASSIS-PETERSON, A. A de; COX, M. I. P. Standard English & World English: entre o siso e o riso. Calidoscópio, v.11, n.2, p.153-166, maio/ago. 2013.

DEWEY, M.; LEUNG, C. English in English Language Teaching: shifting values and assumptions in changing circumstance. Working Papers in Educational Linguistics, v.25, n.1, p.1-15, 2010.

EL KADRI, M. S.; GIMENEZ, T. Formando professores de inglês para o contexto do inglês como língua franca. Acta Scientiarum: Language & Culture, v.35, n.2, p.125-133, Abril/Jun., 2013.

GIMENEZ, T. Permanências e rupturas no ensino de inglês em contexto brasileiro. In: LIMA, D. C. de (Org.). Inglês nas escolas públicas não funciona? Uma questão, múltiplos olhares. São Paulo: Parábola editorial, 2011.

GRADDOL, D. English next. London: British Council, 2006.

HÜLMBAUER, C; BÖHRINGER, H; SEIDLHOFER, B. Introducing English as a lingua franca (ELF): Precursor and partner in intercultural communication. Synergies Europe, n.3, p.25-36, 2008.

JENKINS, J. English as a lingua franca: attitude and identity. Oxford: Oxford University Press, 2007.

JENKINS, J.; COGO, A.; DEWEY, M. Review of developments in research into English as a lingua franca. Language Teaching, v. 44, n. 3, p. 281-315, 2011.

KALVA, J. M.; FERREIRA, A. de J. Inglês como língua franca e a concepção de identidade nacional por parte do professor de inglês: uma questão de formação. Fórum Linguístico, Florianópolis, v. 8, n. 2, p. 165-176, jul./dez. 2011.

KUMARAVADIVELU, B. Individual identity, cultural globalization and teaching English as an international language: The case for an epistemic break. In: ALSAGOFF, L.; RENANDYA, W; HU, G.; MCKAY, S. L. (Eds.). Teaching English as an international language: principles and practices New York: Routledge, 2012, p. 9-27.

RAJAGOPALAN, K. Maria Nilva Pereira pergunta/Kanavillil Rajagopalan responde: o inglês como língua internacional na prática docente. In: LIMA, D. C. (Org.). Ensino e aprendizagem

de língua inglesa: conversas com especialistas. São Paulo: Parábola, 2009. p. 39-46.

RAJAGOPALAN, K. O “World English”: um fenômeno muito mal compreendido. In: GIMENEZ, T.; CALVO, L. C. S.; EL KADRI, M. S. (Org.). Inglês como língua franca: ensino-aprendizagem e

formação de professores. Campinas: Pontes, 2011.

REES, D. K. Considerações sobre a pesquisa qualitativa. Signótica, v. 20, n. 2, p. 253-274, jul./dez. 2008.

SEIDLHOFER, B. Research perspectives on teaching English as a Lingua Franca. Annual Review of Applied Linguistics, v. 24, 2004. p. 209-239.

SEIDLHOFER, B. Understanding English as a lingua franca. Oxford, UK/China: Oxford University Press, 2011.

SIFAKIS, N. C. ELF awareness as an opportunity for change: a transformative perspective for ESOL teacher education. Journal of English as a Lingua Franca, v.3, p.317–335, Ago. 2014.

WIDDOWSON, H. G. The Ownership of English. TESOL Quarterly, v. 28, n. 2, p. 377-389, 1994.

WIDDOWSON, H. G. ELF and the inconvenience of established concepts. Journal of English as a Lingua Franca, v.1, n.1, p.5-26, Mar. 2012.

Publicado

29-12-2018

Como Citar

ALVES, P. C. R.; SIQUEIRA, S. A VISÃO DE PROFESSORES FORMADORES SOBRE O ENSINO DE INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA. Cenas Educacionais, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 172–192, 2018. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/cenaseducacionais/article/view/5684. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos (Fluxo Contínuo)