MOVIMENTOS POTENCIALMENTE EXPANSIVOS COM ALUNOS-ISOMETRIAS-GEOGEBRA NA CONSTRUÇÃO DE FIGURAS DO TANGRAM

Resumo

Este estudo representa o terceiro artigo que compõe uma dissertação no formato multipaper de uma pesquisa de mestrado, cujo objetivo é analisar as estratégias utilizadas por alunos na superação de contradições internas, podendo indicar movimentos potencialmente expansivos na relação alunos-isometrias-GeoGebra ao construírem figuras do Tangram. O estudo foi pautado em uma abordagem qualitativa, configurando-se como uma pesquisa do tipo exploratória. Os dados da pesquisa foram produzidos, devido ao momento de pandemia, exclusivamente por meio de transcrições e prints de gravações realizadas nos ambientes Google Meet e WhatsApp. Fundamentamos o estudo por meio dos pressupostos teórico-metodológicos da teoria da atividade, utilizando como ferramenta analítica os miniciclos potencialmente expansivos provenientes dessa teoria. As nossas análises revelaram significativas superações de contradições internas, nas quais, acreditamos ter se manifestado indícios da ocorrência de aprendizagens potencialmente expansivas. A primeira dessas prováveis aprendizagens potencialmente expansivas surgiu pela divergência entre o que é estabelecido nas orientações do próprio GeoGebra e estratégias criadas pelos discentes após o manuseio do software, inovando o procedimento de translação por um vetor, tornando-o mais prático e preciso. Julgamos que a segunda aprendizagem potencialmente expansiva surgiu após a discordância gerada pelos discentes ao perceberem e justificarem a necessidade da utilização de apenas três das quatro isometrias do plano do GeoGebra sugeridas para a formação de figuras do Tangram, excluindo, sem prejuízo, uma das isometrias no plano. Os resultados encontrados nesse estudo mostrou-nos como a pesquisa em Educação Matemática pode contribuir com a expansão do conhecimento dos próprios pesquisadores.