A PRODUÇÃO DO SABER-CUIDAR EM ENFERMAGEM A PARTIR DAS INTERSECCIONALIDADES ÉTNICO-RACIAIS, DE CLASSE E DE GÊNERO NO BRASIL
Palavras-chave:
Enfermagem, História da Enfermagem, Racismo, SexismoResumo
Em uma sociedade marcada pela colonialidade e eurocentrismo, o currículo também será marcado a partir deste lugar, apagando, silenciando e/ou estereotipando as culturas marginalizadas, pois os processos educativos estão intrinsecamente relacionados aos contextos sociais nos quais se desenvolvem. Sendo o Brasil um país extremamente racista, a formação de quadros de profissionais da enfermagem pode estar mantendo e reafirmando concepções distorcidas sobre a população negra. Nesse contexto, este ensaio tem como objetivo refletir sobre a historiografia da profissionalização da enfermagem no Brasil a partir da interseccionalidade de gênero, raça e classe, e suas repercussões para a produção do saber-cuidar. É importante revisitarmos esta historiografia para podermos refletir sobre a realidade presente a partir de outros parâmetros, pois precisamos considerar os desdobramentos deste histórico racista na formação em saúde, nas relações de trabalho dentro da equipe de enfermagem (entre enfermeiras brancas e técnicas/auxiliares negras) assim como seus efeitos no cuidado direto aos corpos negros, não atendendo efetivamente suas necessidades dentro das práticas cotidianas de cuidado à saúde.
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