CARTÃO DE VACINAÇÃO COMO UM INSTRUMENTO PARA INCENTIVAR A AUTONOMIA VACINAL DE ESTUDANTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13826773Palavras-chave:
Ambiente educativo, Educação para a prevenção, Imunização, Programa de vacinação, VacinaResumo
No Brasil, reconhecido por suas campanhas de vacinação bem-sucedidas, o documento válido para aferimento da cobertura vacinal é o cartão de vacinação (CV). Todavia, existe um desconhecimento acerca da riqueza e das potencialidades das informações presentes nos CVs. A criação de espaços que debatam e analisem, profundamente, o CV faz-se necessária, sendo a escola uma candidata para promover essa discussão. Assim, o presente estudo propôs a aplicação de uma sequência didática envolvendo aspectos da vacinação, vislumbrando estimular a autonomia vacinal de estudantes de uma escola pública. Foram lecionadas aulas teóricas; exibidos episódios da animação “Cells at Work!”; e realizadas práticas com CVs dos próprios estudantes (n=17). As análises qualitativas se deram por categorização temática e as quantitativas por abordagem Survey com estatística descritiva. Dentre os participantes, 88,24% e 82,35% mostraram, respectivamente, compreender que as células do sistema imunológico atuam por meio da fagocitose e da produção de anticorpos. 76,47% compreenderam que as vacinas conferem proteção individual e coletiva e 64,71% que o CV permite acompanhar o estado vacinal do indivíduo. Dentre as vacinas consultadas, a maioria era vacinada contra poliomielite, sarampo e Covid-19, sendo que para essa última, todos haviam tomado pelo menos a primeira dose. Surpreendentemente, 78,57% afirmaram que já tinham tido acesso a seu CV, entretanto apenas 28,57% havia atentado às informações ali contidas. Por fim, 92,86% afirmaram que necessitam atualizar o CV, bem como se sentem impelidos a manter o CV em acordo com o calendário nacional de vacinação, indicando uma possível sensibilização quanto à autonomia vacinal.
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