SENTIDOS DE PROFESSORAS SOBRE PRÁTICA PEDAGÓGICA NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA

Autores

Palavras-chave:

Ensino fundamental, Fenomenologia sociológica, Prática pedagógica

Resumo

Este artigo se insere nas discussões sobre a prática pedagógica nos anos iniciais e se propõe a analisar os sentidos atribuídos à prática pedagógica pelas professoras do 1o ano do Ensino Fundamental. A base metodológica está fundamentada na Fenomenologia de Alfred Schutz, pois parte-se do pressuposto de que a prática pedagógica é atravessada por sentidos que nascem da relação entre os entrevistados e o mundo e que guiam a ação pedagógica dos professores na escola. A investigação foi realizada no município de Vitória da Conquista na Bahia e foi utilizada entrevista semiestruturada com professoras que atuam no 1º ano do Ensino Fundamental. Para analisar os dados foi utilizada a Análise de Conteúdo. Os sentidos sobre a prática pedagógica expressam uma preocupação quanto ao ensino e aprendizado. O ato de ensinar se propõe a superar as dificuldades de aprendizagem com base na troca de experiências concretizada por meio de parceria entre professoras, equipe pedagógica, família e estudantes. Conclui-se que a relação com o outro torna-se elemento importante para o saber/fazer das professoras, sendo estruturada por meio das experiências que se consolidam significativamente no mundo da vida da escola.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tamara Ribeiro Lima, Coordenadora pedagógica na rede Municipal de Educação de Candido Sales - Brasil

Mestra em Educação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Membro do grupo de Estudos e Pesquisa em Práticas Curriculares e Educativas.

Nilma Margarida de Castro Crusoé, Professora no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - Brasil

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com Estágio Doutoral na Universidade de Coimbra. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Práticas Curriculares e Educativas.

Referências

ALARCÃO, Isabel A. Professores reflexivos em uma escola Reflexiva. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2004. – (Coleção Questões da Nossa Época; 103).

ALVES, N. Sobre a possibilidade e a necessidade curricular de uma base nacional comum curricular. Revista e curriculum, v. 12, n.3, p.1464-1479, out/dez, 2014.

AMADO, J. Manual de Investigação Qualitativa em Educação. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2014.

AMADO, João; COSTA, António Pereira; CRUSOÉ, Nilma. A técnica da análise de conteúdo. In: AMADO, João (Coord.). Manual de Investigação Qualitativa em Educação. Imprensa da Universidade de Coimbra: Coimbra, 2017.

ARELARO, L. R. G.; JACOMINI, M. A.; KLEIN, S. B. O Ensino Fundamental de nove anos e o direito à educação. Educação e Pesquisa, v.37, n.1, p. 35-51, jan/abr, 2011.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BEATRIZ. Entrevista 2. [març.2018]. Entrevistadora: Tamara Ribeiro Lima. Vitória da Conquista, 2018. 1 arquivo (60 min). A entrevista na integra encontra-se transcrita no arquivo do Grupo de Estudos e Pesquisa em Práticas Curriculares e Educativas (GEPPCE).

BONAMINO, A.; SOUZA, S. Z. Políticas de Estado e Políticas de Governo: a avaliação. Três gerações de avaliação da Educação Básica no Brasil: interfaces com o currículo da/na escola. Educação e Perspectiva, v. 38, n. 2, p. 373-388, abril/jun, 2012.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação (CNE). Resolução n. 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, dez. 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade / organização. MEC/SEB, 2007.

CAMPOS, M. M. (Org.). Ensino Fundamental e os desafios da Lei n. 11.274/2006. Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação a distância, p. 10-16, 2009.

CÓSSIO, M. F. Base Comum nacional: uma discussão para além do currículo. Revista e-Curriculum, v. 12, n.3, p. 1570-1590, out/dez, 2014.

CRUSOÉ, Nilma Margarida de Castro; BRITO, Jocilene Oliveira Santos. Paulo Freire e o teatro do oprimido: experiências formativas de jovens do interior da Bahia. Revista e-Curriculum. São Paulo, v.16, n.3, p.1252-1267 out./dez.2018

CRUSOÉ, Nilma Margarida de castro Crusoé; SANTOS, Edmilson Menezes. Fenomenologia sociológica de Alfred Schutz: contribuições para a investigação qualitativa em prática educativa. Rev. Tempos Espaços Educ. v.13, n. 32, e-13274, jan./dez.2020

CRUSOÉ, Nilma Margarida de Castro. Prática pedagógica interdisciplinar na escola: sentidos atribuídos pelas professoras. Ed Curitiba: CRV, 2014.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 4ª ed. Rio Janeiro: Paz e Terra, 1987.

LIMA, T. R. A prática pedagógica no 1º ano do ensino fundamental: sentidos de professoras. 118f. Dissertação (Mestrado em Educação), Programa de Pós-graduação em Educação – PPGED, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, 2019.

LOPES, A. O. Relação de interdependência entre ensino e aprendizagem. In: VEIGA, I. P. A. (Org.). Didática: ensino e suas relações. 18ª ed. Campinas: Papirus, 2012. p. 105-113. (coleção magistério: formação e trabalho pedagógico).

MENGA, L.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. 12ª edição. São Paulo: Hucitec-Abrasco, 2010.

NETO, A. C. Política Educacional: gestão e qualidade do ensino. Magna França e Maura Costa Bezerra (orgs.). [et.al.]. - Brasília: Liber Livro, 2009.

OLIVEIRA, D. A. Políticas de formação e desenvolvimento profissional docente: da intenção às práticas. Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino. Campinas, 2012.

RAYS, O. A. A relação teoria-prática na didática escolar crítica. In: VEIGA, I. P. A. (Org.). Didática: ensino e suas relações. 18ª ed. Campinas: Papirus, 2012. p. 33-52. (coleção magistério: formação e trabalho pedagógico).

SARA. Entrevista I. [març.2018]. Entrevistadora: Tamara Ribeiro Lima. Vitória da Conquista, 2018. 1 arquivo (60 min). A entrevista na integra encontra-se transcrita no arquivo do Grupo de Estudos e Pesquisa em Práticas Curriculares e Educativas (GEPPCE).

SCHUTZ, A. Sobre fenomenologia e relações sociais. Edição e organização: Helmut T. R. Wagner. Tradução: Raquel Weiss. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

SILVA, A. A. S. Ensino Fundamental de nove anos: ordenamento e contradições em escolas públicas e privadas na Bahia. RBPAE, v.29, n.3, p. 427-443, set/dez, 2013.

SILVA, A. A. S.; SCAFF, E. A. da S. Ensino Fundamental de nove anos: políticas de integração ou de conformação social? Práxis Educativa, Ponta Grossa, v.5, n.1, p. 97-107, jan/jun, 2010.

VEIGA, I. P. A. Ensino e avaliação: uma relação intrínseca à organização do trabalho pedagógico. In: VEIGA, I. P. A. (Org.). Didática: ensino e suas relações. 18ª ed. Campinas: Papirus, 2012. p. 149-169 (coleção magistério: formação e trabalho pedagógico).

Publicado

07-04-2021

Como Citar

LIMA, T. R.; CRUSOÉ, N. M. de C. . SENTIDOS DE PROFESSORAS SOBRE PRÁTICA PEDAGÓGICA NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA. Cenas Educacionais, [S. l.], v. 4, p. e10863, 2021. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/cenaseducacionais/article/view/10863. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)