Avaliação no Ensino Remoto de Matemática: analisando categorias de respostas
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Diante da pandemia, em 2020, as aulas presenciais foram suspensas e as escolas tiveram que adotar um modelo que atendesse ao isolamento social e que permitisse a continuidade das aulas. Algumas escolas adotaram o Ensino Remoto Emergencial (ERE), outras criaram uma estrutura similar ao ensino à distância (EAD). Essas adaptações geraram outros dilemas sobre como seria o ensino e, consequentemente, como seria avaliar nestes modelos de ensino. Este trabalho relata a experiência de avaliação com três turmas da 2ª série, na Escola SESC de Ensino Médio (ESEM), que adotou o ERE, a partir de uma situação problema, estruturada no ambiente de aprendizagem com referências à realidade. O modelo usado foi uma pesquisa, que tinha como objetivo promover uma maior reflexão e compreensão sobre a importância da aplicação da função exponencial na análise do comportamento da infecção pelo vírus. Os alunos tinham que explicar a diferença entre as funções exponencial, linear e quadrática, a partir de informações de cunho matemático disponíveis num texto que deveria ser acessado por um link fornecido. Além disso, eles tinham que acessar outro material, para entender alguns conceitos relacionados ao COVID 19, como a taxa de contágio, velocidade de transmissão, e como esses conceitos (ou alguns deles) se relacionam com o modelo matemático estudado, a Função Exponencial. Usando essas produções, foram categorizadas e analisadas as respostas dos 45 alunos em relação à aprendizagem de funções exponenciais. Esta experiência indica que é possível ampliar o processo de avaliação usando as tecnologias digitais.
Downloads
Detalhes do artigo
Uma nova publicação de artigo anteriormente publicado na Revista Baiana de Educação Matemática, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, seguindo as normas de referência. Autores que publicam na RBEM concordam com os seguintes termos:
-
O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, sintática, ortográfica e bibliográfica com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais poderão ou não ser enviadas aos autores.
-
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY-NC-SA).
-
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, exemplo: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro, com reconhecimento de autoria e publicação inicial na RBEM.
-
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online — em repositórios institucionais, página pessoal, rede social ou demais sites de divulgação científica.
Referências
AMANTE, L; OLIVEIRA, I. Avaliação das Aprendizagens: Perspetivas, contextos e práticas.In: Amante, L; Oliveira, I. Avaliação das Aprendizagens: Perspetivas, contextos e práticas. Portugal: Universidade Aberta-LE@D, 2016. p 54-74.
ANDRADE, M.; FRANCO, C.; CARVALHO, J. B. P. Gênero e desempenho em matemática ao final do ensino médio: quais as relações?. In: Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, n. 27, jan./jun. 2003.
ARROYO, Miguel G. Currículo, território em disputa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Edição revista e atualizada. Lisboa: Edições 70, 2009.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Edição revista e atualizada. Lisboa: Edições 70, 2016.
ESTEVES, Manuela. Análise de Conteúdo. In: LIMA, Jorge Ávila de; PACHECO, José Augusto (Orgs.). Fazer investigação: contributos para a elaboração de dissertações e teses. Porto: Porto Editora, 2006, p. 105-126.
FERNANDES, D. Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas. São Paulo: Editora Unesp. 2008.
JÜRGENSEN, Bruno Damien da Costa Paes. CENÁRIOS PARA INVESTIGAÇÃO COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO: UMA DISCUSSÃO. Educação Matemática em Revista, Brasília, v. 22, ed. 56, p. 21-38, out/dez 2017.
MÉNDEZ, Juan A. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed. 2002.
MENDES, R. M.; MISKULIN, R. G. S. A Análise de Conteúdo como uma metodologia. Cadernos de pesquisa, São Paulo, v. 47, n. 165, p. 1044-1066, jul./set. 2017.
NASSER, L., LIMA, D., NOVÔA VAZ, R., et al."Discussing insubordinate practices in mathematics evaluation", International Journal for Research in Mathematics Education, p. 471–480, 2019.
SERAFIM, R. J., &WALTER, S. A. O que Bardin diz que os autores não mostram? Estudo das produçõescientíficas brasileiras do período de 1997. Administração: ensino e pesquisa 18(2), pp. 241–269. 2017.
SKOVSMOSE, O. Cenários para investigação. Bolema, 14, 66-91. 2000.
VALA, J. A análise de conteúdo. In: SILVA, A. S.; PINTO, J. M. (Orgs.). Metodologia das ciências sociais. 8. ed. Porto: Afrontamento, 1986, p. 101-128.
VAZ, R. F. N..; NASSER, L. Em busca de uma avaliação mais “justa”. Com a Palavra o Professor, Vitória da Conquista (BA), v.4, n.10, setembro-dezembro, 2019.
VILAS BOAS, B. M. Avaliação formativa e formação de professores: ainda um desafio. Linhas Críticas, 2006 v. 12, n. 22, p. 75-90, 11.