Avaliação no Ensino Remoto de Matemática: analisando categorias de respostas

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Daniel de Oliveira Lima
Lilian Nasser

Resumo

Diante da pandemia, em 2020, as aulas presenciais foram suspensas e as escolas tiveram que adotar um modelo que atendesse ao isolamento social e que permitisse a continuidade das aulas. Algumas escolas adotaram o Ensino Remoto Emergencial (ERE), outras criaram uma estrutura similar ao ensino à distância (EAD). Essas adaptações geraram outros dilemas sobre como seria o ensino e, consequentemente, como seria avaliar nestes modelos de ensino. Este trabalho relata a experiência de avaliação com três turmas da 2ª série, na Escola SESC de Ensino Médio (ESEM), que adotou o ERE, a partir de uma situação problema, estruturada no ambiente de aprendizagem com referências à realidade. O modelo usado foi uma pesquisa, que tinha como objetivo promover uma maior reflexão e compreensão sobre a importância da aplicação da função exponencial na análise do comportamento da infecção pelo vírus. Os alunos tinham que explicar a diferença entre as funções exponencial, linear e quadrática, a partir de informações de cunho matemático disponíveis num texto que deveria ser acessado por um link fornecido. Além disso, eles tinham que acessar outro material, para entender alguns conceitos relacionados ao COVID 19, como a taxa de contágio, velocidade de transmissão, e como esses conceitos (ou alguns deles) se relacionam com o modelo matemático estudado, a Função Exponencial. Usando essas produções, foram categorizadas e analisadas as respostas dos 45 alunos em relação à aprendizagem de funções exponenciais. Esta experiência indica que é possível ampliar o processo de avaliação usando as tecnologias digitais.

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Detalhes do artigo

Como Citar
Lima, D. de O., & Nasser, L. (2020). Avaliação no Ensino Remoto de Matemática: analisando categorias de respostas. Revista Baiana De Educação Matemática, 1, e202018. https://doi.org/10.47207/rbem.v1i.10311
Seção
Artigos - Fluxo Contínuo
Biografia do Autor

Daniel de Oliveira Lima, Pólo Educacional do SESC- Escola SESC de Ensino Médio/PEMAT-UFRJ

Possui licenciatura plena em Matemática pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e mestrado profissional em Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutorando em Ensino de Matemática no PEMAT/UFRJ.Lecionou na Prefeitura do Rio de Janeiro, na Prefeitura de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, no Colégio Pedro II e no Colégio de Aplicação da UERJ . Atualmente é professor do Pólo Educacional do SESC. Hoje, pesquisa Avaliação da e para a aprendizagem no GPAM (Grupo de Pesquisa em Avaliação da UFRJ).E, possui pesquisas nas seguintes áreas: Educação Financeira, Insubordinação Criativa, Aprendizagem Criativa, Educação Matemática Crítica e Metodologias Ativas.

Lilian Nasser, Programa de Pós-graduação em Ensino de Matemática, do Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PEMAT/UFRJ)

Possui graduação em Licenciatura e Bacharelado em Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1972), mestrado em Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1976) e doutorado em Educação Matemática - University of London (1992). Atualmente é pesquisadora do Projeto Fundão e do Programa de Pós-graduação em Ensino de Matemática, do Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PEMAT). Atou, em 2014, como coordenadora Adjunta de Matemática do Pacto Nacional para a Alfabetização na Idade Certa no Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: Geometria, Teoria de van Hiele, Educação Matemática no Ensino Superior, Argumentação e Processo Dedutivo, Matemática Financeira e Avaliação da Aprendizagem. Tem experiência na elaboração e correção de itens, e também na análise dos resultados de avaliações institucionais. Desde 2019 coordena o Grupo de Pesquisa de Avaliação em Matemática (IM/UFRJ).

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