Como fazer ciência de forma diferente na era do antropoceno? De um gesto ético e político para uma epistemologia da relação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2024.v9.n24.e1151

Palavras-chave:

Ciência do singular, Fazer ciência de forma diferente, Antropoceno, Disposição ética e política

Resumo

Trata-se de redefinir um posicionamento epistemológico, ético e político para a pesquisa biográfica – assim como para o conjunto das ciências humanas e sociais – diante das questões levantadas pelos fenômenos antrópicos que colocam em risco as formas de vida e as condições de habitabilidade da Terra. A consciência do impacto das atividades humanas sobre os ecossistemas terrestres e a consequente redescoberta das interdependências e solidariedades entre os seres vivos em um mundo, um solo que lhes é comum, nos faz figurar ou refigurar que pertencemos à Terra. Esse deslocamento e a afirmação dessa ancoragem nos levam a repensar a arte e a maneira de fazer ciência de forma diferente e a especificar, simultaneamente, uma disposição ético-política e um conceito crítico capazes de fundar um quadro interpretativo de conduta e de pensamento no campo da pesquisa biográfica, definida como uma ciência do singular.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Christine Delory-Momberger, Université Paris Nord

Pprofessora em Ciências da Educação da Universidade Paris 13, Sorbonne Paris Cité. Professora Associada do Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia. Fundadora da Universidade Ouverte du Sujet dans la Cité (UOSC) e presidente do Colégio Internacional da Pesquisa Biográfica em Educaçao (CIRBE). Membro de vários organismos e redes de pesquisa internacionais (serviço franco--alemão para a juventude, Deutsche Gesellschaft für Erziehungsgesellschaft, Gesellschaft für Historische Anthropologie, BioGrafia (rede América Latina-Europa de pesquisa biográfica), CIPA (Congresso International de Pesquisa (Auto)biográfica), International Auto/Biography Association.

Referências

BARRAU, A. Il faut une révolution politique, philosophique et poétique. Paris : Les Apuléennes, 2022.

BARRAU, A. L’hypothèse K. La science face à la catastrophe écologique. Paris : Grasset. 2023.

CHALMOIS, A. Qu’est-ce que la science? Paris : La Découverte, 1987.

CHARBONNIER, P. Abondance et Liberté. Une histoire environnementale des idées politiques. Paris: La Découverte, 2020.

DELORY-MOMBERGER, C. Les Histoires de vie. De l’invention de soi au projet de formation. Paris: Anthropos, 2020.

DE SOUSA SANTOS, B. Épistémologies du Sud. Études rurales. n. 187, 2011.

DESCOLA, P. Par-delà nature et culture. Paris : Gallimard, 2005.

FOESSEL, M. La privation de l’intime. Paris : Seuil, 2008.

GUATTARI, F. Qu’est-ce que l’écosophie. Paris : Lignes/Imec, 2018.

JULLIEN, F. Rouvrir des possibles. Dé-coincidence, un art d’opérer. Paris : éditions de l’Observatoire, 2023.

JULLIEN, F. L’écart et l’entre. Leçon inaugurale de la chaire de l’altérité. Paris : éditions Galilée, 2012.

LANASPEZE, B. Avant-propos à J. B. Callicott. Éthique de la terre. Marseille : Wildproject, 2021.

LATOUR, B. Face à Gaïa. Huit conférences sur le nouveau régime climatique. Paris : La découverte, 2015.

LATOUR, B. Où atterrir ? Comment s’orienter en politique ? Paris : La Découverte, 2017.

MORIZOT, B. Manières d’être vivant. Arles : Actes Sud, 2017.

PIERRON, J-P. Je est un NOUS. Enquête philosophique sur nos interdépendances avec le vivant. Arles : Actes Sud, 2021.

PIERRON, J-P. Méditer comme une montagne. Ivry sur Seine : éditions de l’Atelier, 2023.

ROSA, H. Résonance. Une sociologie de la relation au monde. Traduction de S. Silberfarb & S. Raquillet. Paris : La Découverte, 2018.

ROSA, H. Accélérons la résonance ! Pour une éducation en Anthropocène. Entretiens avec N. Wallenhorst. Paris : Le Pommier, 2022.

Publicado

2024-06-28

Como Citar

DELORY-MOMBERGER, C. Como fazer ciência de forma diferente na era do antropoceno? De um gesto ético e político para uma epistemologia da relação. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 9, n. 24, p. e1151, 2024. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2024.v9.n24.e1151. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/20499. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Insubordinações da pesquisa (auto)biográfica