Pesquisa (Auto)biográfica em educação na Europa e América
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2018.v3.n9.p745-748Resumo
Não há dúvida de que a pesquisa biográfica se tornou cada vez mais importante em todo o mundo, nas ciências educacionais e sociais, nos últimos 50 anos, e que os padrões metodológicos e teóricos deste campo de pesquisa foram consideravelmente consolidados. Não obstante, permanecem os preconceitos culturais sobre as abordagens particulares. Essas culturas de pesquisa com certa influência internacional – como a pesquisa (auto)biográfica de língua alemã, francesa e inglesa – que, em sua maioria, remontam a uma longa tradição de pesquisa, mantiveram seu próprio perfil. E mesmo que as atividades de pesquisa cooperativa tenham se intensificado internacionalmente – como na pesquisa biográfica comparativa centrada no estudante, a longo prazo, entre o Reino Unido, Alemanha, Suécia, Espanha, Polônia e Irlanda, ou a pesquisa de migração centrada na biografia entre Alemanha, Itália, França e na Grécia – os perfis de pesquisa “clássicos” das três culturas de pesquisa mais influentes permanecem em vigor por algum tempo. O dossiê sobre Pesquisa (auto)biográfica em Educação na Europa e América [(Auto)biographical Research in Education in Europe and America], que ora apresentamos, tem como objetivo fornecer uma primeira visão geral dos discursos “clássicos”, mas também recentes,neste campo de pesquisa. O dossiê começa com as três tradições acadêmicas mais influentes: uma breve história da pesquisa biográfica em países de língua alemã, que passou por processos notáveis de transformação, nos últimos três séculos; uma visão histórica da tradição (auto)biográfica inglesa e uma introdução muito particular à maneira francesa de entender e interpretar o conceito de biografia.