O Imaginário do Sertão na proposta da convivência com o Semiárido

Áquila Silva de Almeida; Anna Christina Freire Barbosa

doi:10.59360/ouricuri.vol14.i1.a19642

Autores

Áquila Silva de Almeida Universidade do Estado da Bahia https://orcid.org/0000-0002-5245-5918
Anna Christina Freire Barbosa Universidade Estadual da Bahia https://orcid.org/0000-0001-5307-0828 https://orcid.org/0000-0001-5307-0828

DOI:

https://doi.org/10.59360/ouricuri.vol14.i1.a19642

Palavras-chave:

imaginário; imaginário do sertão; convivência com o semiárido.

Resumo

RESUMO: O presente artigo analisa o imaginário do sertão na proposta política da convivência com o semiárido e mais especificamente os modos de enunciar, instituir, dizer e existir do sertão explicitado nesse discurso. O marco metodológico é composto pela proposta de realização de um estudo com abordagem predominantemente qualitativa e com base teórica ancorada na Análise do Discurso. O arcabouço empírico revela que o discurso da convivência produz tensões e instiga novas dizibilidades e visibilidades para o semiárido/sertão. Assim, enuncia-se como um campo discursivo dotado de potência criativa provocando fissuras no discurso homogeneizador que nega a heterogeneidade, as potencialidades, a diversidade identitária e simbólica e a multiplicidade de modos de vida que atravessam a região semiárida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Áquila Silva de Almeida, Universidade do Estado da Bahia

Mestranda em Dinâmicas de Desenvolvimento do Semiárido também pela Universidade Federal do Vale do São Francisco

Anna Christina Freire Barbosa, Universidade Estadual da Bahia

Licenciada em Ciências Sociais, Especialista em Políticas Públicas e Gestão de Serviços Sociais pela UFPE, Mestre em Economia pela UFC, Mestre em Sociologia pela UFPE, Doutora em Ciências Sociais pela UFRN, atua como Professora Adjunta na Universidade do Estado da Bahia e na Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina/PE. Coordenadora e Professora do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT); Professora do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana e Gestão Socio Ambiental(PPGECOH). Líder do grupo de pesquisa Direito e Sociedade, está vinculada a linha de pesquisa Desigualdades sociais e contextos de produção de direitos.Membro do Comitê de Iniciação Científica da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) No momento desenvolve pesquisas nas áreas de Cultura, Desenvolvimento Econômico, Estudos de Gênero e Sociologia Jurídica. Tem interesse em Teoria Sociológica e Sociologia da Arte.

Referências

Almeida, Áquila. Chuva Doce. Uauá, 1. Ed., 2021. No prelo.

Asa. Articulação do Semiárido Brasileiro. Comunicação popular no Semiárido: um caminho para o fortalecimento da denúncia, da resistência e da luta por mais qualidade de vida. Recife: 2018. Disponível em: https://www.asabrasil.org.br/images/UserFiles/File/Cartilha-de-Comunicao-Popular-no-Semirido.pdf. Acesso em: 16 abr. 2023.

Asa. Articulação do Semiárido Brasileiro. Acesso à água para as populações do Semiárido brasileiro. Recife: 2019. Disponível em: https://www.asabrasil.org.br/images/UserFiles/File/Acesso_a_agua_para_populacoes_do_Semiarido_brasileiro.pdf. Acesso em: 16 abr. 2023.

Asa. Articulação do Semiárido Brasileiro. Caminhos para convivência com o semiárido. Recife: 2014. Disponível em: https://www.asabrasil.org.br/acervo/publicacoes?artigo_id=278&start=15. Acesso em: 16 abr. 2023.

Asa. Articulação do Semiárido Brasileiro. Semiárido. Disponível em: http://www.asabrasil. org.br. Acesso em: 16 abr. 2023.

Asa. Articulação do Semiárido Brasileiro. Semiárido: Caderno de Debates 01. Recife: 2019 Disponível em: https://www.asabrasil.org.br/acervo/publicacoes?artigo_id=10907&start=5. Acesso em: 16 abr. 2023.

Baptista, N. Q; Campos, C. H. A convivência com o semiárido e suas potencialidades. In: CONTI, I. L; SCHROEDER, E. O. (Org.). Convivência com o semiárido brasileiro: autonomia e protagonismo social. Brasília: Editora IABS, 2013a, p. 63-70.

Baptista, N. Q; Campos, C. H. A. Caracterização do semiárido brasileiro. In: CONTI, I. L ; SCHROEDER, E. O. (Org.). Convivência com o semiárido brasileiro: autonomia e protagonismo social. Brasília: Editora IABS, 2013b, p. 55-60.

Borja, P. C; Rosse E Silva, A. Lordelo, L. M. K; Santos, L. V. C. Semiárido: aspectos físicos e socioeconômicos. In: BORJA, P. C; LORDELO, L. M. K; SANTOS, J. E. S. (Org.). Água, cisternas e Semiárido Brasileiro. Cruz das Almas, BA: EDUFRB, 2022, p. 27-36.

Carvalho, L. D. Ressignificação e reapropriação social da natureza: Práticas e programas de ‘convivência com o semiárido’ no território de Juazeiro (Bahia). São Cristovão-SE, 2010. 342f. Tese (Doutorado em Geografia). Núcleo de Pós-graduação em Geografia e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe. Disponível em: http://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/5476. Acesso em 15 abril 2023.

Castoriadis, C. A instituição imaginária da sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

Castoriadis, C. A. Antropologia, filosofia e política. In: A Ascensão da insignificância. Lisboa: Editorial Bizâncio, 2012.

Castoriadis, C. A. Os intelectuais e a história. In: As encruzilhadas do labirinto: o mundo fragmentado. Vol.III. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

Conti, I. L; Pontel, E. Transição paradigmática na convivência com o Semiárido. In: CONTI, I. L; SCHROEDER, E. O. (Org.). Convivência com o semiárido brasileiro: autonomia e protagonismo social. Brasília: Editora IABS, 2013, p. 21-30.

Costa, A. B; Zoltowski, A. P. C. Como escrever um artigo de revisão sistemática. In: KOLLER, S. H.; COUTO, M. C. P; HOHENDORFF, J. V (Orgs.). Manual de produção científica. Porto Alegre: Penso, 2014.

Durand, G. As estruturas antropológicas do imaginário. Introdução à arquitipologia geral. São Paulo: Martim Fontes, 2012.

Fortunato, M. L; MOREIRA NETO, M. De como lembrar o semiárido e esquecer o sertão. Saeculum - Revista de História, João Pessoa, n. 23, p. 51-60, jul./dez, 2010. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/srh/article/view/11519. Acesso em: 26 abr. 2023.

Freire, P. Pedagogia da autonomia. 7 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

Mafessoli, M. O imaginário é uma realidade. Porto Alegre. Revista FAMECO, n. 15, agosto, 2001.

Malvezzi, R. Semi-árido: uma visão holística. Confea, 2007. Disponível em: https://www.agrisustentavel.com/doc/ebooks/semiarido.pdf. Acesso em: 16 abr. 2023.

Moraes, A. C. R. O Sertão: Um “outro” geográfico. Terra Brasilis - Revista da Rede Brasileira de História da Geografia e Geografia Histórica, p. 4-5, jan., 2003. Disponível em: https://doi.org/10.4000/terrabrasilis.341.Acesso em 16 abr. 2023.

Pêcheux, M. Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Tradução: Eni Puccinelli Orlandi e outros. 4. ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2009.

Pontel, E; Conti, I. L; Araújo, M. L. L. Convivência com o Semiárido: aprendizados, desafios e perspectivas. In: CONTI, I. L; SCHROEDER, E. O. (Org.). Convivência com o semiárido brasileiro: autonomia e protagonismo social. Brasília: Editora IABS, 2013, p. 193-206.

Orlandi, E. P. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. 8. ed. Campinas: Pontes, 2009.

Ribeiro, T. Convivência com o Semiárido: A construção de um Desenvolvimento Camponês. São Paulo, 2022. 81f. Dissertação (Mestrado em Sociologia). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Disponível em: https://doi.org/10.11606/D.8.2022.tde-29092022-182557. Acesso em 15 abr. 2023.

Saad, C. L. V. K. Prolegômenos acerca da noção de imaginário: entre triangulações e potência criativa. Temporalidades – Revista de História, v. 11, n. 1, p. 124-150, set./dez 2018. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/6149/9752. Acesso em 19 abr. 2023.

Sá, Al. M. Os modos de dizer e de fazer da convivência: enunciados e invenções de semiárido. João Pessoa, PB, 2012. 171 f. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal da Paraíba. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/5968. Acesso em 15 abr. 2023.

Silva, R. M. A. Entre o combate a seca e a convivência com o Semi-Árido: transições paradigmáticas e sustentabilidade do desenvolvimento. Brasília, DF, 2006. 298f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento sustentável). Universidade de Brasília. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/2309. Acesso em 15 abr. 2023.

Sudene. Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste. Delimitação do Semiárido. 2017. Disponível em:

http://antigo.sudene.gov.br/delimitacao-do-semiarido. Acesso em: 24 abr. 2023.