O Sertão nas Telas do Nordeste
avaliação do conteúdo contextualizado com o semiárido exibido pela TVE da Bahia e TV PE
DOI:
https://doi.org/10.59360/ouricuri.vol14.i1.a19667Palavras-chave:
telejornalismo, televisão, educação, Semiárido brasileiroResumo
De maneira geral, o desconhecimento sobre especificidades geográficas, climáticas, históricas, culturais e econômicas tem predominado na narrativa jornalística sobre o Semiárido, o que contribuiu para consolidar na mídia, em particular na televisão brasileira, uma imagem distorcida e estereotipada da região. Na contramão desta prática, desde 2012 a TV Caatinga, TV via web da Universidade Federal do Vale do São Francisco, produz programas e reportagens sobre esses territórios baseados no Jornalismo Contextualizado com o Semiárido brasileiro (JCSAB), uma proposta educativa na área de Comunicação que pauta o SAB sem o reducionismo do determinismo climático que usa a seca para justificar todas as mazelas e injustiças sociais nesses territórios. A proposição investe nas variadas possibilidades de representações que se aproximem da realidade, sem omissões e/ou distorções, com uma diversidade de produção de sentidos, temáticas e abordagens, onde o enfoque jornalístico é também educativo. Mas de que forma o jornalismo das emissoras de televisão educativa do Nordeste exibe conteúdos contextualizados com estes territórios? Este estudo investigou como matérias e programas produzidos pela TV Caatinga, da Univasf, foram veiculados em duas emissoras estaduais, uma vez que se acredita que a exibição continuada de conteúdos contextualizados com o Semiárido colabora para que os próprios nordestinos tenham acesso a uma representação desses territórios e de seu povo de forma mais próxima da realidade. O conteúdo foi comparado com a versão original a partir da análise da materialidade audiovisual e da etnopesquisa contrastiva. Os principais resultados mostraram que 90,91% das matérias veiculadas preservaram a abordagem contextualizada do Semiárido, contribuindo para a produção de conhecimento e uma abordagem desses territórios e de seu povo de forma mais ampliada e próxima da realidade. Entretanto ainda é preciso amplificar essa representação e dar visibilidade à diversidade temática de territórios como o Semiárido, prejudicados pela retração que distorce e não informa.
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Autor. Removido para avaliação cega, 2018.
Autor. Removido para avaliação cega, 2020.
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