As Ecologias do semiárido na tela da tv pública brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59360/ouricuri.vol14.iedicao-especial-02.a22518

Palavras-chave:

Jornalismo Contextualizado com o Semiárido Brasileiro, Telejornalismo, Telejornalismo Educativo, Educação, Ecologia Humana

Resumo

O trabalho “As ecologias do Semiárido na tela da TV pública brasileira” analisou a produção noticiosa da TV Caatinga, webtv da Universidade Federal do Vale do São Francisco, exibida na programação da TV Brasil, emissora pública nacional sediada em Brasília. No período analisado, de julho de 2014 a dezembro de 2020, as reportagens da editoria de meio ambiente predominaram nas escolhas feitas pelos editores para serem exibidas em seus telejornais e programas. A questão ambiental relacionada a outras editorias, como a de ecoturismo, também esteve presente nas matérias selecionadas. Os conteúdos que exibiram as ecologias do Semiárido fizeram associações com subtemas como o extrativismo sustentável e a convivência com esses territórios. São produções que não apenas pautam o clima como algo natural, mas também dão visibilidade às tecnologias de vivência no Semiárido de forma ecossustentável, considerando que cada região deve se desenvolver a partir da valorização de suas capacidades e especificidades locais e territoriais. Tais conteúdos elaborados pela TV Caatinga seguem a proposta do Jornalismo Contextualizado com o Semiárido Brasileiro, que exerce um olhar educativo mais amplo e próximo da realidade, sem estereótipos e distorções, considerando todas as especificidades desses territórios. Para avaliar e comparar o conteúdo veiculado na emissora em rede nacional com a versão original enviada, foram utilizados como métodos a análise da materialidade audiovisual e a etnopesquisa contrastiva. O objetivo foi investigar se o material exibido preservou ou não a proposta contextualizada com os territórios semiáridos da versão da TV universitária. Como principal resultado, observou-se que das 18 matérias veiculadas em rede nacional que discutiam o meio ambiente, duas foram parcialmente distorcidas pela TV Brasil e 16 (88,88%) reproduziram a proposta original de abordagem, promovendo uma representação mais próxima da realidade desses territórios, no que diz respeito também às suas ecologias.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fabíola Moura Reis Santos, Universidade do Estado da Bahia

Doutora em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (Uneb- 2019-2023). Jornalista (UFPE- 1996) e Fonoaudióloga (Unicap-1995). Mestre pelo Programa de Pós-graduação Mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos-PPGESA (2016). Especialista em Voz pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia (2000); em Ensino da Comunicação Social pela Universidade do Estado da Bahia (2005) e em Ensino Superior, Contemporaneidade e Novas Tecnologias pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (2014). 

Ernani Machado de Freitas Lins Neto, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Possui graduação em Licenciatura plena em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2005), Mestrado em Botânica (2008) pela mesma instituição e Doutorado em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO). Foi Professor de Ecologia do departamento de Biologia da Universidade Federal do Piauí, Campus Cinobelina Elvas. Atualmente está vinculado a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF).

Iluska Maria da Silva Coutinho, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professora titular da Universidade Federal de Juiz de Fora é jornalista formada pela Universidade Federal do Espírito Santo (1993), mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade de Brasília (1999) e doutora em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo (2003), com estágio doutoral na Columbia University (NY). Pós-doutora em Comunicação (Universidade Nova de Lisboa), integra o Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFJF e coordena o grupo de pesquisa Núcleo de Jornalismo e Audiovisual (NJA). 

Referências

Coutinho, I. (2016). O telejornalismo narrado nas pesquisas e a busca por cientificidade: A análise da materialidade audiovisual como método possível. In: Anais XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2016, São Paulo, SP. Anais eletrônicos... São Paulo, Brasil: USP. Disponível em: <http://portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-3118-1.pdf> Acesso: 01 jan 2021.

Macedo. R. S. Pesquisa contrastiva e estudos multicasos: da crítica à razão comparativa ao método contrastivo em ciências sociais e educação. Salvador: EDUFBA, 2018.

Pires, I. M.; Craveiro, J. L. Ética e prática da ecologia humana: questões introdutórias sobre a ecologia humana e a emergência dos riscos ambientais. Lisboa: Apenas Livros, 2011.

Sachs. I.; Vieira. P. F. (Org). Rumo à ecossocioeconomia: teoria e prática do desenvolvimento. São Paulo. Cortez. 2009.

Santos, F. M. R. O sertão que a TV não vê: o Jornalismo Contextualizado com o Semiárido Brasileiro. Teresina: EDUFPI, 2018.

TV Brasil. Brumadinho: Velho Chico também pode ser contaminado por metais pesados, Repórter Brasil, Petrolina-PE, abril, disponível em <https://tvbrasil.ebc.com.br/reporter-brasil/2019/02/brumadinho-velho-chico-tambem-pode-ser-contaminado-por-metais-pesados>. Acesso: dez. 2020.

TV Brasil. Tecnologia de captação de água no semiárido nordestino pode ajudar locais que passam por estiagem, Repórter Brasil, Juazeiro-BA, out, disponível em < https://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil/bloco/tecnologia-de-captacao-de-agua-no-semiarido-nordestino-pode-ajudar-locais-que >. Acesso: dez. 2020.

TV Caatinga. Brumadinho: possibilidade de contaminação do Velho Chico preocupa, Jornalismo, Petrolina-PE, fev, disponível em <http://rtvcaatinga.univasf.edu.br/video/KSNYooOz2is>. Acesso: dez. 2020.

Downloads

Publicado

2024-12-13

Como Citar

MOURA REIS SANTOS, F.; MACHADO DE FREITAS LINS NETO, E.; DA SILVA COUTINHO, I. M. As Ecologias do semiárido na tela da tv pública brasileira. Revista Ouricuri, [S. l.], v. 14, n. edicao-especial-02, p. 03–13, 2024. DOI: 10.59360/ouricuri.vol14.iedicao-especial-02.a22518. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/ouricuri/article/view/22518. Acesso em: 21 jan. 2025.

Edição

Seção

Edição Especial – Encontro de Egressos 2024

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.