APRESENTAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2016.v25.n45.p%25pResumo
As pesquisas que compõem este dossiê abordam a educação na perspectiva dos grandes processos de mudanças estruturais. Em linhas gerais, partem de análises que privilegiam as dimensões da microanálise do cotidiano, articuladas à equação democrática acerca da “igualdade social na diversidade”, ou melhor, das diferenças nas quais estão estruturadas as desigualdades sociais e as novas configurações identitárias.
O respeito às diferenças é central para uma sociedade democrática e multicultural. A discussão sobre a política de inclusão e de reconhe-cimento em torno das identidades sociais e políticas, no Brasil, remontam à década de 1980, com a eclosão dos chamados Novos Movimentos Sociais. Entretanto, as políticas efetivas de reconhecimento e/ou afirmativas implementadas pelo Estado brasileiro, direcionadas às populações negras e indígenas, só foram efetivadas a partir do século XXI, o que contribuiu para uma série de práticas pedagógicas voltadas para a problemática da diversidade cultural na escola e de pesquisas sobre o sistema de ensino.
A violência simbólica perpetrada nos corpos e mentes das crianças e dos jovens no interior do sistema educacional reproduz a violência estrutural da sociedade brasileira contra amplos segmentos sociais. A crítica teórica ao atual sistema de ensino e a reprodução de ideias e valores hegemônicos tem sido realizada por diferentes agentes sociais. Tais críticas teóricas, oriundas de diferentes posições de sujeitos, têm influído
na prática pedagógica, no currículo escolar e na formação dos professores, centrando seu argumento na defesa da diversidade cultural e de políticas afirmativas que visem atenuar e/ou erradicar as desigualdades sociais e históricas contra tais grupos sociais.
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Atualizado em 15/07/2017