v. 7 n. 12 (2024): Memórias e narrativas sobre sujeitos da EJA
As histórias de vida devem ser entendidas dentro de processos de interações produzidos ao longo da existência de homens e mulheres considerando o contexto sócio cultural em que os(as) mesmos(as) estão inseridos(as). No seu cotidiano vivo e vivido, nas lutas, agruras, pelejas e resistências, os sujeitos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) constroem seus saberes e fazeres, que perfazem as singularidades.
Nessa perspectiva, enquanto agentes de transformações sociais, mulheres e homens precisam ser concebidas(os) a partir das condições materiais e simbólicas que marcam suas (re)existências e definem seus modos de ser e estar no mundo. Valorizar as histórias de vida reconstruídas através das narrativas de jovens, adultos e idosos faz com que estudantes da EJA se percebam como sujeitos de conhecimentos múltiplos, onde suas experiências de vida são valorizadas enquanto ações que os(as) constituem como seres sociais contribuindo para a sua emancipação e empoderamento. Ainda há muito por fazer, os desafios e entraves são imensos. Um deles ainda é a ausência do (re)conhecimento do protagonismo dos sujeitos da EJA, como sujeitos de possibilidades e não da falta. A proposta desse dossiê é contribuir para a visibilização dos sujeitos da educação de jovens, adultos e idosos, através das memórias, narrativas, experiências, propostas e ações desenvolvidas no contexto do ensino, pesquisa e extensão. Contribuir com o debate sobre a importância da valorização de histórias de vida de sujeitos: professoras(es), estudantes, pesquisadoras(es) cujas trajetórias de vida e formação entrelaçam-se com a EJA que passaram ou não pelo processo de escolarização é intenção desse dossiê, por entendermos a necessidade de ampliação de espaços em que possamos contemplar as vozes vibrantes dos sujeitos da EJA.
Publicado:
2024-12-30