“DO QUINTAL À RUA”: A CAPOEIRA EM VITÓRIA DA CONQUISTA-BA NA MEMÓRIA DO MESTRE DONIZETE (1950/60)
Mots-clés :
Capoeira, Vitória da Conquista/Bahia, Mestre Donizete, História OralRésumé
Este artigo teve como objetivo investigar o processo de disseminação da Capoeira, destacando tensões e conflitos no processo de difusão da Capoeira em Vitória da Conquista/Bahia a partir das décadas de 1950, trazendo as memórias do Mestre Donizete, a partir dos relatos de suas vivências. Para isso, utilizamos a metodologia da História Oral, especificamente a História Oral de Vida, conforme o referencial teórico-metodológico pautado nas produções de Michael Pollak (1989), James Fentress e Chris Wickham (1992) e José Carlos Meihy (2010). Em virtude disso foi possível enfatizar aspectos geográficos, econômicos, políticos e a culturais, além de uma epistemologia do cotidiano vislumbrada no “quintal” e na “rua” como lócus de resistência enquanto característica individual da capoeira de Vitória da Conquista/Bahia.Téléchargements
Références
ABIB, P. R. J. Capoeira Angola: cultura popular e o jogo dos saberes na roda. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas-SP, 2004.
AGUIAR, I. P. Do púlpito ao baquiço religião e laços familiares na trama da ocupação do sertão da ressaca. 330 f. Tese (Doutorado). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2007.
CAPOEIRA, N. Capoeira: Os fundamentos da Malícia. Rio de Janeiro: Record,1997.
FENTRESS, J.; CHRIS, W. Memória Social: novas perspectivas sobre o passado. Trad. Telma Costa. Lisboa: Teorema, 1992.
FERRAZ, A. E. Q. O urbano em construção: Vitória da Conquista, um retrato de duas décadas. Vitória da Conquista: UESB, 2001.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. Tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1977. In.:
FOUCAULT, Michel. Surveiller et punir: naissance de la prision. Paris: Gallimard, 1975.
IVO, I. P. O Anjo da Morte contra o Santo Lenho: poder, vingança e cotidiano no sertão da Bahia. Vitória da Conquista: Edições Uesb, 2004.
LARA, S. H. Fragmentos Setecentistas: Escravidão, cultura e poder na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
LEAL, V. N. CORONELISMO, ENXADA E VOTO, o município e o regime representativo no Brasil. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
MARTINS, W. R.; DIAS, R. B. CORONELISMO: contaminação crônica da política brasileira, p. 1-28 Disponível: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2287-8.pdf. Acesso: agosto de 2017.
MEIHY, J. C.; HOLANDA, F. História oral: como fazer, como pensar. São Paulo: Contexto, 2010.
MUNANGA, K. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. Palestra proferida no 3º Seminário Nacional Relações Raciais e Educação-PENESB-RJ. Acesso em: em 5 nov. 2003.
NASCIMENTO, A. do. Trecho do poema “Padê de Exu Libertador”, escrito em Búfalo, EUA, em 2 de fevereiro de 1981. Disponível em: http://ipeafro.org.br/acervo-digital/audio/poesia/. Acesso em: janeiro de 2018.
NASCIMENTO, W. S. Do. Construindo o “negro”: lugares, civilidades e festas em Vitória da Conquista/BA (1870-1930), 2008. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). São Paulo, 2008.
NOVAIS, I. A. F. Produção e comércio na Imperial Vila da Vitória. (Bahia, 1840-1888). 2008. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2008.
OLIVEIRA, J. P. Pelas ruas da Bahia: criminalidade e poder no universo dos capoeiras na Salvador republicana (1912-1937). (Dissertação) Universidade Federal da Bahia, 2004.
PORTELLI, A. A filosofia e os fatos: narração interpretação e significado nas memórias e nas fontes orais. Tempo, Rio de Janeiro, v 1, n.2, p. 59-72, 1997a.
PORTELLI, A. Tentando aprender um pouquinho: algumas reflexões sobre a ética na história oral. Projeto História. São Paulo, n. 15, abr./1997, p. 13-49.
POLLAK, M. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 3-15, 1989.
SANTOS, J. Um olhar (novo) sobre a história de Vitória da Conquista na condição de cidade média. In.: SANTOS, J. (org.) Vitória da Conquista no século XXI: reestruturação urbana e mudanças em seu papel como cidade média. Vitória da Conquista: Ed. UESB, 2016.
SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SILVA, J. S, MARTA, F. E. F. “Dos Vadios e Capoeiristas” À Emergência do “Esporte Genuinamente Brasileiro”. Anais eletrônicos do VIII Encontro Estadual de História da ANPUH-BA. Feira de Santana, 2016. Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Disponível em: http://www.encontro2016.bahia.anpuh.org/resources/anais/49/1477694131_ARQUIVO_artigodejonatan.pdf
SOUZA, B. J. Peduros e Meletes: disputa do poder local no Sertão da Bahia. ANPUH – XXIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA. Londrina, 2005. Disponível: http://anais.anpuh.org/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S23.0158.pdf. Acesso: julho de 2017.
SOUZA, B. de J. Arreios, currais e porteiras: uma leitura da vida política em Conquista na Primeira República. São Paulo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 1999. f. 177.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Droits d'auteur
La soumission des originaux à Cenas Educacionais (CEDU) implique le transfert, par les auteurs, des droits de publication. Le copyright des manuscrits publiés dans cette revue est le ou les auteurs, avec les droits CEDU sur la première publication. Les auteurs ne peuvent utiliser les mêmes résultats dans d'autres publications qu'en indiquant explicitement la CEDU comme moyen de publication originale.
Licence Creative Commons
Sauf indication contraire, les termes d'une licence Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License s'appliquent au matériel publié dans ce journal, ce qui permet une utilisation, une distribution et une reproduction sans restriction sur tout support à condition que la publication originale soit correctement citée.