PARQUE NATURAL MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES, LAZER E PRÁTICAS CORPORAIS: RELATO DE CASO EM INTERFACE COM A FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14183066Palavras-chave:
Lazer na natureza, Recreação ao ar livre, Esportes de aventura, Políticas públicas, Formação profissionalResumo
Um aumento da busca de reintegração humanidade-natureza nas sociedades ocidentalizadas industriais e urbanas por meio do lazer tem sido apontada na literatura a partir do século XXI, após a percepção dos malefícios consequentes dos modos de vida em metrópoles e intensificado após as descobertas advindas da pandemia de Covid-19. O objetivo geral do presente artigo é analisar o caso do equipamento de lazer intitulado Parque Natural Municipal da cidade de Governador Valadares/MG como uma política pública que possibilita vivências de práticas corporais em interface com educação ambiental e de aventura desde a experiência docente. Como procedimentos metodológicos foram utilizados análise documental, visitas de campo com observação participante e conversas informais. Encontramos que o equipamento específico em questão é imprescindível para oportunizar vivências de lazer na natureza, recreação ao ar livre e esportes de aventura na cidade, e potencial lócus para intervenção pedagógica, além de educação ambiental e formação em educação física. No entanto, sofre com carência de recursos e contingente para atingir seu potencial e passa por revalorização que precisa ser mantida e ampliada para além do governo em gestão e que precisa considerar a possibilidade de abertura de concurso para profissionais de educação física.
Downloads
Referências
BAHIA, M. O lazer e as relações socioambientais em Belém, Pará. Belém: NAEA, 2014.
BANDEIRA, M. M.; AMARAL, S. Definições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais no Brasil. Caderno de Educação Física e Esporte, v.18, p.1-7, 2020.
BANDEIRA, M; BORGES, R. O lazer e a lama: o caso da maior cidade afetada pelo derramamento de minério da Samarco/Vale/BHP Billiton. In: SILVA, J. V.; SILVA, D. S. (Org.). Políticas Públicas de Lazer e Esporte. Campinas: Mercado de letras, 2018. v.1, p. 189-216.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Ministério da Educação: Brasília, 2012.
BRASIL. Resolução nº 6, de 18 de dezembro de 2018. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Educação Física e dá outras providências. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2018-pdf/104241-rces006- 18/file. Acesso em: 01 dez. 2021.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 5 out. 1988. Seção 1, p. 1-32. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/dou constituicao88.pdf. Acesso em: 25 nov. 2021
BOFF, L. Sustentabilidade: o que é, o que não é. Petrópolis: Vozes. 2012
CAMARGO, L. O. M. O que é lazer. 3 ed. São Paulo: Editora Braziliense, 2003.
CHAGAS, K. K. N. Por uma educação ambiental corporalizada: a emoção em trilhas interpretativas. Natal: IFRN, 2011.
COTES, M. Saberes profissionais dos condutores de trilhas de longa duração para atuação em parques nacionais: contribuições para formação inicial em Educação Física. 2016. 188 f. Tese (Doutorado em Educação Física) – Centro de Desportos, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2016.
COTES, M. et al. Aprendizagem Formal, Não Formal E Informal: Como Condutores De Dois Parques Nacionais Estabelecem Seu Tirocínio. Movimento, v.23, n.4., p.1381-1394, 2017.
CRUZ, R. Exercício intervalado de alta intensidade e poluição atmosférica: análise dos efeitos para o sistema cardiovascular, perfil inflamatório e metabolômica. 2019. 105 f. Tese (Doutorado em Ciências) – Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.
DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
DIAS, C. A. G.; MELO, V.; ALVES JÚNIOR, E. D. Os estudos dos esportes na natureza: desafios teóricos e conceituais. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, v.7, p.65-95, 2007.
DORNELLAS, L. C. G. et al. Espaços de lazer esportivo em Governador Valadares/MG: possibilidade de inclusão de pessoas com deficiência. In: GRILLO, R. M.; SWERTS, M. M. Educação Física e Ciências do Esporte: uma abordagem interdisciplinar. Guarujá: Editora Científica Digital, 2021. v.1
DUMAZEDIER, J. Sociologia empírica do lazer. São Paulo: Perspectiva. 1974
ESPINDOLA, H. S. O Sertão do Rio Doce. Bauru: Edusc, 2005.
GEBER, F.; SOUZA, M. C.; FARIAS, R. Potencial educativo em unidade de conservação: o caso do Parque Natural Municipal de Governador Valadares (MG). Revista Brasileira de Educação Ambiental, v.17, n.3, p.259-280, 2022.
GONÇALVES, H. A. Manual de Metodologia da Pesquisa Científica. São Paulo: Editora Avercamp, 2005.
GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar. 12 ed. Rio de Janeiro: Record, 2011.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das letras, 2019
MARCELLINO, N. C. Estudos do Lazer: uma introdução. Campinas: Autores Associados, 2002.
MARINHO, A; BRUHNS, H. (Org.). Viagens, Lazer e Esporte. O espaço da natureza. Barueri: Manole, 2006
MAIA, T. Montanhismo no Rio de Janeiro: eugenia, higienismo e a febre esportiva, c. 1900-1920. 2019. 182 f. Tese (Doutorado em Estudos do Lazer) – Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2019.
PIMENTEL, G. G. A. Esportes na natureza e atividades de aventura: uma terminologia aporética. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.35, n.3, p.687-700, 2013.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES. Mirantes do Parque Natural Municipal Emiliana Marques passam por reformas. 2022. Disponível em https://www.valadares.mg.gov.br/detalhe-da-materia/info/mirantes-do-parque-natural-municipal-emiliana-marques-passam-por-reformas/169441: Acessado em: 26 ago 2022b.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES. Website official. Parque Natural Municipal. Disponível em: https://www.valadares.mg.gov.br/detalhe-da-materia/info/parque-natural-municipal/22505. Acesso em: 20/06/2023.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES. Portaria nº 7.428, de 02 de agosto de 2022. Nomeia membros para compor o conselho consultivo do Parque Natural Municipal Emiliana Marques e dá providências correlatas. Disponível em: https://www.valadares.mg.gov.br/abrir_arquivo.aspx/Portaria_7428_2022?cdLocal=5&arquivo={A64EDA2E-BD6A-DDEC-EA32-76413EDD5BBA}.pdf. Acesso em: 28 ago 2022c
PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES. Lei nº 7.363, de 02 de março de 2022. Dispõe sobre a criação da unidade de conservação integral do Parque Natural Municipal e dá outras providências. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/mg/g/governador-valadares/lei-ordinaria/2022/737/7363/lei-ordinaria-n-7363-2022-dispoe-sobre-a-criacao-da-unidade-de
PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES. Lei nº 7.347, de 22 de dezembro de 2021. Dispõe sobre a criação de locais de interesse turístico e afins no município de Governador Valadares/MG e dá outras providências.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES. Lei nº 7.290, de 24 de agosto de 2021. Altera a denominação do Parque Natural Municipal de Governador Valadares.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES. Decreto nº 11.123, de 18 de março de 2020. Declara emergência de saúde pública no âmbito do município de Governador Valadares, em razão da pandemia da doença infecciosa viral respiratória (covid-19) causada pelo novo coronavírus, dispõe sobre medidas de enfrentamento e dá outras providências.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES. Lei nº 6.667, de 24 de novembro de 2015. Cria o Fundo Municipal de unidade de conservação para gestão do Parque Natural de Governador Valadares e dá outras providências.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES. Decreto nº 9.532, de 06 de junho de 2011. Cria o Parque Natural Municipal de Governador Valadares. Disponível Em: https://www.valadares.mg.gov.br/abrir_arquivo.aspx/Decreto_9532_2011?cdLocal=5&arquivo={DE6C35AB-D05B-77DE-BBBB-A4B514D87A2A}.pdf. Acesso em: 28 ago 2022.
RAMPAZZO, L. Metodologia Científica: para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. 3ªed. São Paulo: Edições Loyola, 2005.
RECHIA, S.; GONÇALVES, F. S.; FRANÇA, R. Cidade, lazer, políticas públicas e sustentabilidade: desafios e perspectivas. In: BAHIA, M. C. (org.). Novas Leituras do Lazer Contemporâneo. Belém: Naea Editora, 2018. p.105-123
RINEHART, R.; SYDNOR, S. To the extreme: alternative sports inside and out. Alani: State University of New York Press, 2003.
SCHWARTZ, G. M. O conteúdo Virtual do lazer - contemporizando Dumazedier. Licere, v.6, n.2, p.23-31, 2003.
SENNET, R. Carne e Pedra: o corpo e a cidade na civilização ocidental. 3 ed. Rio de Janeiro: Bestbolso, 2014.
SILVA FILHO, J. B. Representações sociais sobre ambiente de residentes fixos e de não residentes praticantes de motociclismo off-road e do mountain bike, na área de proteção ambiental do Pico da Ibituruna. 2014. 122 f. Dissertação (Mestrado em gestão integrada de território) – Universidade do Vale do Rio Doce, Governador Valadares, 2014.
SOUZA, V. T. et al. Trilhas Interpretativas como Instrumento de Educação Ambiental. Ensino, Saúde e Ambiente, v.5, n.2, p.294-304, 2012.
TORRES NETO, J. B. Enriquecimento ambiental reduz as alterações astrocitárias e a progressão da doença prion em modelo murino: ensaios morfométricos, estereológicos e comportamentais. 2014. 109 f. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2014.
UVINHA, R. R. Viagens de aventura: o turismo e os esportes radicais. In: DIAS, C.; AlVES JÚNIOR, E. Em busca de aventura: múltiplos olhares sobre esporte, lazer e natureza. Niterói: EdUFF, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Marília Martins Bandeira, Liege Coutinho Goulart Dornellas, Sarah Teixeira Soutto Mayor, Clara Mockdece Neves
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Cenas Educacionais (CEDU) implica na transferência, pelas(os) autoras(es), dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os manuscritos publicados nesta revista são das(os) autoras(es), com direitos da CEDU sobre a primeira publicação. As(os) autoras(es) somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando explicitamente a CEDU como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.