FATORES ASSOCIADOS À AUTOPERCEPÇÃO NEGATIVA DE SAÚDE EM ESCOLARES
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13828363Palavras-chave:
Atividade Motora, Adolescentes, Fatores de Risco, Saúde do Adolescente, Autoavaliação de SaúdeResumo
O estudo teve como objetivo estimar a prevalência de autopercepção negativa de saúde e os fatores associados em escolares. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, integrante de um monitoramento de comportamentos de risco à saúde com escolares do ensino médio, residentes em Jequié-BA, Brasil. A amostra foi aleatória, proporcional por conglomerados em dois estágios. A variável dependente foi a autopercepção negativa de saúde, e as independentes as sociodemográficas e estilo de vida. Participaram do estudo 1.170 escolares e a prevalência relatada de percepção de saúde negativa foi 37,6% maior para o sexo feminino (n=261). Após análise de regressão, as variáveis que se mantiveram associadas à saúde negativa foram: ser do sexo feminino com maior probabilidade do desfecho para aquelas que apresentam maior consumo inadequado de verduras (1,5; IC95%: 1,21-1,87; p=0,00). Já no sexo masculino o aumento de percepção negativa de saúde é para aqueles insuficientemente ativos (1,41; IC95%: 1,01-1,96; p=0,04) e que passam mais de duas horas à frente de computador/videogame (1,54; IC95%: 1,14-2,1; p=0,00). Logo, a prevalência de autopercepção de saúde encontra-se entre os valores identificados na literatura, e os fatores associados foram o consumo inadequado de verduras pelas meninas e baixos níveis de atividade física e tempo de tela maior que duas horas para os meninos.
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