Tabuada nos Anos Iniciais e as Práticas Pedagógicas Pregressas de Professores que Ensinam Matemática
DOI:
https://doi.org/10.47207/rbem.v5i1.19864Palavras-chave:
Tabuadas, Práticas Pedagógicas Pregressas, Anos Iniciais, Formação continuada online.Resumo
Neste artigo objetivamos explicitar os aspectos que caracterizaram as Práticas pedagógicas pregressas de professores que ensinam matemática nos anos iniciais do ensino Fundamental com o uso da tabuada em sala de aula. Realizamos uma contextualização histórica e documental sobre a tabuada no ensino de matemática. Metodologicamente, utilizamos a pesquisa qualitativa na modalidade Pesquisa-Formação para descrever, analisar e interpretar as respostas de professores participantes de um curso de extensão online, o qual se constituiu como contexto para a produção dos dados, por meio de dois questionários no Google Forms. Participaram do referido curso de extensão 128 professores que ensinam matemática em 15 estados do Brasil. Para analisar os dados, recorremos à Análise de Conteúdo na perspectiva de Bardin (1977) e Rodrigues (2019), por meio da qual constituímos quatro Unidades de Registro vinculadas a Categoria de Análise denominada: Práticas Pedagógicas Pregressas com a Tabuada. Realizamos um movimento dialógico entre os dados e a literatura pertinente, para proporcionar compreensões do objeto da pesquisa. Como resultados, inferimos que as Práticas Pedagógicas Passadas dos professores que ensinam matemática nos anos iniciais estavam direcionadas para dar continuidade a tradição escolar, a qual envolvia a tabuada oral, a copiação da tabuada, o que caracterizava como sendo uma Educação Opressora. Além disso, por meio das “vozes” de professores, percebemos que a presente Pesquisa-Formação contribuiu com reflexões a respeito da necessidade de rompimento com uma tradição escolar da utilização da tabuada com foco na decoreba e memorização para que os processos de ensinar e aprender as operações aritméticas sejam efetivas e significativas para os alunos.
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