A formação da biblioteca vivida e o aprendizado do julgamento das leituras
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2021.v6.n17.p84-100Palavras-chave:
Bibliotecas pessoais, Formação, Leitura, DocênciaResumo
Ao longo da nossa trajetória de vida vamos colecionando obras e autores que se tornam inesquecíveis. Por diversas razões, alguns trechos, personagens e tramas permanecem apesar da passagem do tempo e do acúmulo de novas experiências de leitura, compondo a paisagem de nossas bibliotecas vividas. Ao acompanhar as singularidades das trajetórias de três autoras, que apresentam elementos da tessitura de suas bibliotecas pessoais, este artigo busca investigar os sentidos formativos na construção de relações pessoais com a leitura. Compreende-se que tais aprendizados pelos livros fazem proliferar modos de pensar sobre si e sobre o outro, assim, o artigo buscará insistir sobre esses espelhamentos múltiplos dos livros nas experiências individuais. Um dos aspectos a serem considerados diz respeito aos modos como são incorporados os critérios de julgamento dos livros e seus autores às experiências por meio das quais se aprende que certas leituras são consideradas boas e reconhecidas como legítimas representantes da cultura valorizada, enquanto outras, pelo contrário, são percebidas como más, nocivas ou perigosas para a formação do leitor. Sendo também professoras, as autoras recuperam ainda as suas histórias de relação com as leituras na universidade num duplo sentido: como alunas e como docentes.
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