A Questão Indigenista a Partir da Perspectiva de Diferentes Escritores(a) na Virada do Século XIX e Início do Século XX
projetos educativos e civilizacionais (1893-1910)
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2022.v31.n67.p143-162Palavras-chave:
Indigenismo; Escritores(as); Causa Indígena; Contextualismo Línguístico.Resumo
O presente artigo analisa os jogos linguísticos presentes em fontes de diferentes naturezas, no projeto educativo e civilizacional orientado para os indígenas brasileiros, manifestado por um grupo de escritores(as) da virada do século XIX e início do XX. Esse trabalho delimita-se entre 1890 e 1910 e considerou a ambiência intelectual que elegeu a temática indigenista como cerne de um dos projetos educacionais deste período. A análise pauta-se no Contextualismo Linguístico - Pocock e Quentin Skinner - cujo foco encontra-se na dimensão pragmática do discurso político e relação entre a realidade experienciada e a linguagem. Em relação às fontes, as mesmas foram produzidas por diferentes sujeitos, que evidenciaram, na cena pública, concepções acerca do tema deste trabalho. Conquanto os(a) escritores(a) elencados aqui, tenham posicionamentos genéricos sobre algumas questões relativas aos indígenas brasileiros, há um consenso de que a educação seria o condão que viabilizaria o processo de inserção destes povos no processo civilizador, com um viés que tinha como projeto a construção de uma “identidade brasileira”, na qual os indígenas ocupavam um lugar importante.
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Atualizado em 15/07/2017