Anti-intelectualismo, neoconservadorismo e reacionarismo no brasil contemporâneo: o movimento escola sem partido e a perseguição aos professores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n58.p48-66

Resumo

Este artigo discute, em sua problemática, a possibilidade de estabelecer uma relação entre o anti-intelectualismo reacionário que condenou Sócrates à ingestão de cicuta na Grécia e a atual perseguição aos professores empreendidas por movimentos como o Escola Sem Partido (MESP). Para tanto, foi realizada uma pesquisa, de natureza qualitativa, envolvendo estudos bibliográficos. A análise evidencia que o Movimento Escola Sem Partido está enraizado em valores religiosos fundamentalistas, apoiado e fortalecido por partidos, instituições e líderes religiosos alinhados ao neoconservadorismo. Conclui-se que o anti-intelectualismo denunciado por Sócrates sempre esteve presente ou
adormecido na tradição ocidental. Precisamente no caso brasileiro, o Movimento Escola Sem Partido assumiu características de uma radicalização da tendência anti-intelectual que se projeta sobre a cultura e a educação e direciona para os professores e professoras seu mais perverso reacionarismo.

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Publicado

2020-07-03

Como Citar

PICOLI, B. A.; RADAELLI, S. M.; TEDESCO, A. L. Anti-intelectualismo, neoconservadorismo e reacionarismo no brasil contemporâneo: o movimento escola sem partido e a perseguição aos professores. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, [S. l.], v. 29, n. 58, p. 48–66, 2020. DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n58.p48-66. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/8982. Acesso em: 19 mar. 2024.