A transformação do ethos no Oeste de Santa Catarina
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2013.v22.n39.p%25pResumo
Este artigo tem como objetivo compreender as transformações societárias decorrentesda sociedade de consumo e dos demais processos verticalizadores da globalização no espaço regional do Oeste de Santa Catarina. Trata-se de uma leitura a partir da constituição histórica do ethos dos povos pré-capitalistas da região e a sua lenta e gradual mudança, quando da ocupação do território, no início do século XX, pelos migrantes de descendência europeia. Desta forma, num primeiro momento expressa os fatores objetivos e subjetivos que constituíram o ethos dos povos pré-capitalistase, no final, descreve as transformações decorrentes da incorporação do espaço regional aos circuitos internacionais da economia por meio da institucionalização da propriedade privada, implantação de um modelo agroindustrial e do processo de homogeneização da cultura. Para alcançar os objetivos propostos, realizou-se um estudo bibliográfico, abordando aspectos filosóficos, históricos e sociológicos, no que tange a origem do conceito de ethos ocidental e a sua transformação no decorrer do tempo – estendendo-se até o século XX, embasando-se nessa busca reflexiva no pensamento dos filósofos Henrique C. de Lima Vaz, Michel Foucault, no historiador Werner Jaeger e no sociólogo Zygmunt Bauman, entre outros, a fim de compreender as consequências trazidas com as transformações do ethos no Oeste de Santa Catarina.Downloads
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Atualizado em 15/07/2017