A formação entre pares como ação ética e política

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2022.v31.n66.p191-206

Palavras-chave:

Formação de professores., Diálogo e reflexão coletiva., PNAIC

Resumo

Este artigo apresenta e discute a formação entre pares no âmbito do programa Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Com base nos princípios e procedimentos do método interpretativo, 34 relatórios de formadoras e orientadoras de estudo foram analisados. A problematização teórica foi amparada por estudos do campo da formação de professores, da teoria pedagógica e da filosofia política. A formação entre pares e o aprender com o outro são tematizadas no plano da ética e da política, dimensões intrínsecas à docência. A análise dos relatórios demonstra que a formação entre pares acontece num espaço entre escola e Universidade e é potencializada quando são garantidos espaços de diálogo e de reflexão coletiva, o que permite aprender com o outro e sustentar a formação como responsabilidade profissional e política.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Josiane Jarline Jäger, UFPel - Universidade Federal de Pelotas

Mestre em Educação, licenciada em Pedagogia pela Faculdade de Educação da UFPel. Bolsista de Doutorado - Capes DS. Participa do GEALE – Grupo de Estudos sobre Aquisição da Linguagem Escrita, desenvolvendo estudos sobre formação de professores e docência no ciclo de alfabetização.

 

Marta Nörnberg, Universidade Federal de Pelotas - UFPel

Professora Associada do Departamento de Ensino da Faculdade de Educação e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPel. Bolsista em Produtividade em Pesquisa CNPq – nível 2. Vice-líder do GEALE – Grupo de Estudos sobre Aquisição da Linguagem Escrita. Desenvolve atividades de ensino e pesquisa com ênfase em Formação de Professores e teoria e prática pedagógica, desenvolvendo estudos sobre os temas docência nos anos iniciais, educação, cuidado e escola pública, planejamento e avaliação de processos educativos.

Referências

ALMEIDA, V. S. Educação em Hannah Arendt: Entre o mundo deserto e o amor ao mundo. São Paulo: Cortez, 2011.
ARENDT, H. A condição humana. 13.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2017.
ARENDT, H. A vida do espírito: o pensar, o querer, o julgar. 4.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.
ARENDT, H. Entre o passado e o futuro. 8.ed. São Paulo: Perspectiva, 2016.
ARENDT, H. Responsabilidade e julgamento. São Paulo: Companhia das letras, 2004.
BIESTA, G. Para além da aprendizagem: educação democrática para um futuro humano. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.
CANDAU, V. M. F. Formação continuada de professores: tendências atuais. In: REALLI, A. M. M.; MIZUKAMI, M. G. N. Formação de professores: tendências atuais. São Carlos: Edufscar, 1996. p.139-152.
CUNHA, M. I. da. O bom professor e sua prática. 23ed. São Paulo: Papirus, 2011.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17.ed. São Paulo, Paz e Terra: 1987.
GRAUE, M. E. A interpretação em contexto. In. GRAUE, M. E.; WALSH, D. J. Investigação etnográfica com crianças: teorias, métodos e ética. Trad. Ana Maria Chaves. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. p. 189-224.
HOUSSAYE, J. Pedagogia: justiça para uma causa perdida? In: HOUSSAYE, J.; SOËTARD, M.; HAMELINE, D.; FABRE, M. Manifesto a favor dos pedagogos. Porto Alegre: Artmed, 2004. p. 9-46.
LARROSA, J. Pedagogia profana: danças, piruetas e mascaradas. 5.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016.
MEIRIEU, P. A pedagogia entre o dizer e o fazer: A coragem de começar. Porto Alegre: Artmed, 2002.
MEIRIEU, P. Aprender… Sim, mas como? 7.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
MEIRIEU, P. O cotidiano da escola e da sala de aula: o fazer e o compreender. Porto Alegre: Artmed, 2005.
NÖRNBERG, M. Formação de professores como ação humana: Reflexão e escrita sobre a prática pedagógica em contextos de ensino e pesquisa. In: REUNIÃO CIENTÍFICA REGIONAL DA ANPED-SUL, XI, 2016, Curitiba-PR. Anais da XI ANPED SUL. Curitiba-PR: Ed. Setor de Educação da UFPR, 2016. p. 1-21.
NÖRNBERG, M.; OURIQUE, M. Por que a docência? Marcadores sociopedagógicos do desenvolvimento profissional de aspirantes à carreira docente. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 13, n. 2, p. 348-364, maio/ago. 2018 Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa>
NÓVOA, A. Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 47, n. 166, p. 1106-1133, dez. 2017.
NÓVOA, A. Professores: Imagens do futuro presente. Lisboa: Educa, 2009.
PÉREZ GÓMEZ, A. I. Compreender o ensino na escola: modelos metodológicos de investigação educativa. In: SACRISTÁN, J. G.; PÉREZ GÓMEZ, A. I. Compreender e transformar o ensino. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 99-115.
SACRISTÁN, J. G. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
SACRISTÁN, J. G. Tendências investigativas na formação de professores. In: PIMENTA, S.; GHEDIN, E. (Orgs.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 7.ed. São Paulo: Cortez, 2012. p. 94-102.
SACRISTÁN, J. G.; PÉREZ GÓMEZ, A. I. Compreender e transformar o ensino. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Arquivos adicionais

Publicado

2022-05-28

Como Citar

JÄGER, J. J.; NÖRNBERG, M. A formação entre pares como ação ética e política. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, [S. l.], v. 31, n. 66, p. 191–206, 2022. DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2022.v31.n66.p191-206. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/13479. Acesso em: 20 nov. 2024.