Falarei inglês igualzinho um americano: atitudes de supervalorização em relação à língua e à cultura estrangeiras

Autores

  • Flavius Almeida Anjos Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.69969/revistababel.v9i1.5761

Palavras-chave:

Língua inglesa, Atitudes de supervalorização, Aprendizagem

Resumo

Este artigo é sobre atitudes de supervalorização em relação ao falante nativo de língua inglesa, sua cultura e língua. Sob a égide da Linguística Aplicada, este artigo pretende, através de alguns dados etnográficos, chamar atenção para o fato de que quando as atitudes de supervalorização ocorrem, elas podem trazer como consequência o sentimento de inferioridade dos aprendizes. Assim, o objetivo deste artigo é refletir sobre ideas que hierarquizam povos, fazendo com que eles se sintam inferiores a outras pessoas das culturas hegemônicas. Este texto tambem traz ideias para conscientizar professores sobre a importância de abordar em sala de aula questões que afetam a língua inglesa, tais como o colonialismo, o imperialismo, globalizaçãoe e identidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Flavius Almeida Anjos, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Mestre em Língua e Cultura (UFBA), Doutor em Língua e Cultura (UFBA) e Professor Adjunto de Língua Inglesa (CECULT/UFRB).

Referências

ANJOS, F. A. Ideologia e omissão nos livros didáticos de língua inglesa. Cruz das Almas: Edufrb, 2017.

ANJOS, F. A. “Pra que aprender inglês se não vou para os Estados Unidos”: Um estudo sobre atitudes de alguns alunos da escola pública em relação à aprendizagem do inglês como língua estrangeira. Salvador: UFBA. 2013. 152 f. Dissertação de mestrado. Mestrado em Língua e Cultura. Instituto de Letras, Universidade Federal da Bahia (UFBA), 2013.

BARCELOS, A. M. F. Finding my own voice and accent. Disponível em: www.hltmag.co.uk/jun08/sart03.rtf. Acesso em: 09/ago/2017, 1995.

BOURDIEU, P. The economics of linguistic exchanges.In: Social Science Information, n 16, vol. 6, p. 645-668, 1977.

FREIRE, P. Educação e mudança. São Paulo: Paz & terra, 1979

GRADDOL, D. English Next: Why global English may mean the end of English as a foreign language. The British Council. London: The English Company (UK) Ltda, 2004.

GRADDOL, D. English Next: Why global English may mean the end of English as a foreign language. The British Council. London: The English Company (UK) Ltda, 2004.

HALL, E. T. Beyond culture. New York: Doubleday, 1989.

HALL, S. The question of cultural identity. Cambridge: Polity Press in association with the Open University, 1992.

JENKINS, J. English as a lingua franca: attitude and identity. Oxford, UK: Oxford University Press, 2007.

KUMARAVADIVELU. B. Deconstructing Applied Linguistics: a postcolonial perspective. In: MAXIMINA, M. F. et alii, Linguística Aplicada & Contemporaneidade. São Paulo: Pontes Editores, p. 25-37, 2005.

KUMARAVADIVELU, B. Language Teacher Education for a Global Society: a modular Model for Knowing, Analyzing, Recognizing, Doing and Seeing. New Yoork: Routledge, 2012.

KROEBER. A. L.; KLUCKHOHN, C. Culture: a critical review and definitions. USA: Cambridge University Pres, 1952.

LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2015.

LEFFA, V. Identidade e aprendizagem e línguas. In: SILVA, K. A.; DANIEL, F. G.; MARQUES, S. M. K.; SALOMÃO, A. C. B. A formação do professor de línguas: novos olhares. Campinas: Pontes, 2012. p. 51-81.

MOITA LOPES, L. P. Oficina de linguística aplicada. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1996.

MOTTA. F. C. P.; ALCADIPANI, R.; BRESLER, R. B. A valorização do estrangeiro como segregação nas organizações. Disponível em:<http://dx.doi.org/10.1590/S1415-65552001000500004 Acesso em: 29 ago, 2001.

PENNYCOOK, A. English and the discourses of colonialism. London: Routledge, 1998.

RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística crítica. Linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parabola, 2003.

RAJAGOPALAN. K. O papel eminentemente político dos materiais didáticos de inglês como língua estrangeira. In: SCHEYERL, D.; SIQUEIRA, D. S. P. (Org.) Materiais didáticos para o ensino de línguas na contemporaneidade: contestações, proposições. Salvador: EdUFBA, 2012, p. 57-82.

SANTOS, J. L. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 2012.

SHIN, H. Rethinking TESOL from a SOL’s perspective: indigenous epistemology and decolonizing praxis in TESOL. In: Critical inquiry in language studies: an international journal, 2006, p. 147-167.

SOUSA SANTOS, B.; MENESES, M. P. Epistemologias dos Sul. Coimbra: Edições Almedina, 2009.

Downloads

Publicado

02.08.2019

Como Citar

ANJOS, F. A. Falarei inglês igualzinho um americano: atitudes de supervalorização em relação à língua e à cultura estrangeiras. Babel: Revista Eletrônica de Línguas e Literaturas Estrangeiras, Alagoinhas, BA, v. 9, n. 1, p. 50–64, 2019. DOI: 10.69969/revistababel.v9i1.5761. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/babel/article/view/5761. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

SEÇÃO LIVRE