PROFESORAS “SUBVERSIVAS”: NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS DE MUJERES MILITARES EN EL RELATORIO DE LA COMISIÓN NACIONAL DE LA VERDAD (CNV)
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2021.v6.n19.p1000-1020Palabras clave:
profesoras subversivas;, militancia política;, memoria;, narrativas autobiográficas;, clandestinidadResumen
El texto presenta parte de los resultados de una investigación sobre las experiencias de profesoras que formaron parte de grupos clandestinos de resistencia a la dictadura militar brasileña (1964-1985). A partir del análisis de los relatos / testimonios de estas docentes, presentes en el Relatorio de la Comisión Nacional de la Verdad (CNV) y entendidos como narrativas autobiográficas de la memoria y la experiencia, concluimos que las acusaciones de “subversión” que se les atribuyen evocaban su condición de mujeres “desviadas” por transgredir el comportamiento social que se esperaba de ellas, relacionado con la sumisión femenina. Si la Historia de la Educación permite no solo el análisis del pasado que se proyecta en las fuentes, sino también una reflexión sobre la(s) realidad(es) educativas del presente, las vivencias de estas mujeres, que se dieron en un contexto represivo y articulado al género y su actuación profesional, estalla en el presente con el resurgimiento de prácticas que eran comunes en la dictadura militar brasileña y que, en los últimos años, han sido frecuentes con ataques y persecución política en el ámbito educativo.
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