A formação da biblioteca pessoal: efeitos refeitos
Palabras clave:
Biblioteca pessoal, Formação intelectual, Efeitos, LeituraResumen
No cerne das atividades escolares, nas histórias de formação individual e coletiva, científica e profissional ou artística, habita a leitura. Que mais não precise ser mencionado aqui para dizer de sua relevância. Lembremo-nos apenas dos embates atuais entre os jovens estudantes – e os nem tão jovens – sobre o prazer ou o tédio que a atividade pode ocasionar. O território dos estudos sobre a leitura é vasto, muito já se falou, investigou e recomendou sobre a questão. Que, por excelência, interessa à maioria das ciências humanas e ocupa posição central para os trabalhos educacionais. Deixemos aos especialistas o domínio das peculiaridades da leitura. Interessa-nos investigar os efeitos da leitura na vida de cada pessoa. O Dossiê privilegia artigos que apresentam pontos de vista interessados nas posições de leitores e de professores, testemunhos de modos de ler, das ancoragens feitas na literatura (como modo de conhecimento e de constituição pessoal). Gostaríamos de reimaginar relações com o ler e seus objetos, a partir do diálogo com alguns teóricos, desde os momentos inaugurais do aprendizado da leitura até uma reflexão que pode se perguntar hoje sobre nossas bibliotecas vividas, constituídas pelas obras que nos marcaram, lidas em momentos especiais e que fazem frutificar nossos pensamentos e podem conduzir a nossa apreensão da realidade. Vale a pena pensar nos livros que não foram lidos, naqueles que são desejados, mas por qualquer razão são evitados, adiados ou explorados com exagerada timidez. Pensar nas obrigações escolares de leitura ou nos modos profissionais de ler.
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Citas
CHARTIER, Roger. A ordem dos livros: leitores, autores e bibliotecas na Europa entre os séculos XIV e XVIII. Brasília: Editora UnB, 1999.
CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. In: CANDIDO, Antonio. Vários escritos. São Paulo: Duas cidades; Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2004.