Narrativas em contextos: tempo, pandemia e ser mulher na docência
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2023.v8.n23.e1105Palavras-chave:
Docência, Narrativas, Tempo, Historias de vidaResumo
O texto dialoga sobre uma pesquisa qualitativa que trata sobre a constituição da humanidade da docência feminina no ensino superior, no contexto pandêmico e de crise política no Brasil no ano de 2020. Os dados formam um conjunto de três narrativas escritas por professoras que atuam em uma universidade pública, localizada na região da Baixada Fluminense, estado do Rio de Janeiro. O conteúdo das escritas foi tratado via software MAXQDA e partir das codificações, relações e análises, e os resultados obtidos indicaram que as histórias escritas apresentam: a recorrência da constituição da mulher professora diante da imposição de um contexto pandêmico que se relaciona com um tempo hibrido e estranhado. As categorias analíticas, quando correlacionadas, elucidam uma humanidade (repertoriada e em estado de construção) da docência em um espaço-tempo em suspensão.
Downloads
Referências
Referências
AGOSTINHO, Santo. Confissões. São Paulo: Princípios, 2019.
ARENDT, Hannah. A Condição Humana. Trad. Roberto Raposo. 12 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014
ARROYO, Miguel G. Ofício de Mestre. Imagens e auto-imagens. Petrópolis, RJ. Vozes, 2000.
AZEVÊDO, Alessandro Augusto de. O que a pandemia interpela a professores e professoras. Natal: Editora feitoemcasa, 2020.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BENJAMIN, Walter. O contador de histórias: reflexões sobre a obra de Nikolai Lerkov. In: Linguagem, tradução e literatura. Trad. João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018, p. 139-166.
BRASIL, Portaria n.º 343 de 17 de março de 2020. Ministério da Educação. Diário Oficial da União, 18/03/2020. Disponível em http://www.planalto.gov.br. Acesso em 10 jun 2020.
BRUNER, Jerome. A interpretação narrativa da realidade. In: BRUNER, Jerome. A cultura da educação. Trad. Marcos A. G. Domingues. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
BURDIEL, Isabel. Historia Política y biografía: más allá de las fronteras. Ayer. v. 93, no 1 p. 47-83, 2014. Disponível em: http://revistaayer.com/anterio- res/307. Acesso em 23 mai. 2020.
CATANI, Denice et alii. Docência, memória e gênero: estudos sobre formação. 4 ed. São Paulo: Escrituras Editora, 2003).
DOWBOR, Ladislau. O capitalismo se desloca: novas arquiteturas sociais. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2020.
ELIAS, Nobert. Sobre o tempo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.
FLORESTA, Nísia. Consigli a Mia Figlia. 2ª ed. (com 40 pensamentos em versos): Rio de Janeiro – Typographia de F. de Paula Brito, 1845.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
HARTOG, François. Regimes de historicidade: presenteísmo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Autêntica editora, 2019.
JESUS, Maria Carolina de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014.
JOSSO, Marie-Christine. Experiências de vida e formação. Trad. José Claudino e Júlia Ferreira. São Paulo, Cortez, 2004.
_______ . A transformação de si a partir A transformação de si a partir da narração de histórias de vida. Educação. Porto Alegre/RS, ano XXX, n. 3 (63), p. 413-438, set./dez. 2007.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das letras, 2019.
LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
LOURO, Guacira Lopes. Mulheres na Sala de Aula. In: Histórias das Mulheres no Brasil. Mary Del Priori (org) , Carla Bassanezi (Coord. de textos). 7ª edição. São Paulo. Contexto, 2004, p. 443-481.
NÓVOA, António. Os professores e as histórias de vida. In: Vidas de professores. 2 ed. Porto Editora: Porto, 2000, p. 11-30.
PASSEGI, Maria da Conceição et alii. Entre a vida e a formação: pesquisa (auto)biográfica, docência e profissionalização. In: Educação em revista. vol. 27, n.º 1, Belo Horizonte, abr. 2011, p. 369-386. Disponível em https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982011000100017. Acesso em 28 mai. 2020.
PINEAU, Gaston. As histórias de vida como artes formadoras da existência. In: SOUZA, Eliseu. C. de.; ABRÃO, Maria Helena Menna Barreto (Orgs.). Tempo, narrativas e ficções: a invenção de si. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006, p. 41-59.
PRÁ, Jussara Reis; CEGATTI, Amanda Carolina. Gênero, educação das mulheres e feminização do magistério no ensino básico. In: Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 10, n. 18, p. 215-228, jan./jun. 2016. Disponível em: http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/viewFile/660/682
RIBEIRO, Neurilene Martins; SOUZA, Eliseu Clementino de. As cartas e as histórias de vida: dilemas e aprendizagens da docência em língua portuguesa. In: OLIVEIRA, I. B. et alii (orgs.). Narrativas: outros conhecimentos, outras formas de expressão. Petrópolis, RJ: DP et Alii: Rio de Janeio: FAPERJ, 2010, p. 79-96.
RICOUER, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.
_______. Tempo e narrativa. Campinas: Papirus, 1996. v. 1, 2, 3.
SANTOS, Boaventura de Souza. A cruel Pedagogia do vírus. Coimbra: Edições Almedina, 2020.
SOUZA, Eliseu Clementino de. História de vida e prática docente: desenvolvimento pessoal e profissional. In: Revista da FAEEBA, Salvador, n.º 16, jul./dez. 2001, p. 169-178.
_______. A arte de contar e trocar experiências: reflexões teórico-metodológicas sobre história de vida e formação. In: Revista educação em questão. v. 15, n.º 11, jan./abr. 2006a, p. 22-39.
_______. O conhecimento de si: estágio e narrativas de formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A; Salvador: UNEB, 2006b.
_______. Por entre escritas, diários e registros de formação. In: Presente Revista de Educação. Centro de Estudos e Assessoria Pedagógica, ano 15, n.º 57, jun. 2007, Salvador: CEAP, 2007a, p. 45-49.
_______. (Auto)biografia, histórias de vida e práticas de formação. In: NASCIMENTO, Antonio Dias; HETKOWSKI, Tania Maria. (Orgs.). Memória e formação de professores [online]. Salvador: EDUFBA, 2007b, p. 59-74.