Pedagogia, matemática e estágio em docência: a experiência a partir de uma tríade formativa
DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.2447-9373.2020.v5.n2.169-191Palabras clave:
Estágio em docência, Tríade Formativa, Ensino de MatemáticaResumen
A necessidade de pensar o lugar ou o não-lugar reservado à educação matemática, seja nos documentos legais, seja nos currículos, impulsiona cada vez mais pesquisadores a identificarem o porquê das defasagens, considerando que desde os primórdios da humanidade até a modernidade, a matemática é vista, num contexto nacional, como inflexível e causadora de traumas em crianças e adolescentes. Considerando este cenário, esta pesquisa objetiva socializar as experiências vivenciadas durante o estágio em docência em Ciências e Matemática, no doutorado em Educação, organizado a partir do conceito de tríade formativa no curso de Pedagogia. A metodologia utilizada é qualitativa, precedida de revisão bibliográfica, utilizando como método a investigação da própria prática na perspectiva de Ponte (2002), Lima e Nacarato (2009), tendo como interlocutores estudantes de Pedagogia e Professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Para viabilizá-la, enquanto o aporte teórico considera Zabalza (2014) para discutir estágio; as discussões sobre experiência foram ancoradas em Bondía (2002); Fiorentino e Lorenzato (2006) sobre educação matemática; o conceito de tríade formativa é utilizado a partir de Zanon (2003) e sobre formação de professores Tardif (2008), dentre outros, além dos documentos oficiais, Brasil (2002; 2006; 2015; 2017 e 2019) também foram incorporadas às análises. A pesquisa mostrou que as aprendizagens empreendidas, por meio dos diálogos, integram a constituição do ser docente, evidenciando o quão válido é a aproximação das escolas com a universidade pública. O contato dinâmico e flexível possibilita construir espaços de reflexão-ação-reflexão para qualificar as práticas pedagógicas, tanto das estudantes, dos docentes da educação básica, quanto dos docentes formadores.
Palavras chave: Estágio em docência. Tríade Formativa. Ensino de Matemática.
Descargas
Citas
AUGÉ, M. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas: Papirus, 1994. (Coleção Travessia do Século).
BANNELL, R. Formação discursiva do professor e a (re) construção crítica do saber pedagógico. Movimento: revista da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, Niterói, n. 4, set. 2001. Disponível em: https://periodicos.uff.br/revista-movimento/article/view/32434>. Acesso em: 10 jun. 2020.
BONDÍA, J L. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Tradução: João Wanderley Geraldi. revista Brasileira de Educação, n. 19, p. 20-28, abr. 2002. Disponível
em: < https://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/>. Acesso em: 10 jun. 2020.
BRASIL. Decreto nº 32.606, de 23 de abril de 1953. Autoriza o funcionamento dos cursos de filosofia, letras neo-latinas, geografia e história e pedagogia da Faculdade de Filosofia de São Luiz do Maranhão. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 abr. 1953. Seção 1. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1950-1959/decreto-32606-23-abril-1953-329726-publi-cacaooriginal-1-e.html>. Acesso em: 10 jun.2020.
BRASIL. Decreto nº 39.663, de 28 de Julho de 1956. Concede reconhecimento aos cursos de geografia e história, letras neo-latinas e pedagogia, da Faculdade de Filosofia de São Luis, Estado do Maranhão. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 30 jul. 1956. Seção 1. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1950-1959/de-
creto-39663-28-julho-1956-334221-norma-pe.html >. Acesso em: 10 jun. 2020.
BRASIL. Ministério da educação.Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília, DF: Ministério da Educação, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 10 jun.2020. BRASIL. Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 maio 2006. Seção 1. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/ df/rcp01_06.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2020.
BRASIL. Resolução CNE/CP nº 1, de 18 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 fev. 2002. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/res1_2.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2020.
BRASIL. Resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica
e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Diário Oficial da União, Brasília, 15 abr. 2019. Seção 1. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2019-pdf/135951-rcp002-19/file>. Acesso em: 10 jun. 2020.
BRASIL. Resolução nº 2, de 1º de Julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Diário Oficial da União, Brasília, 2 jul. 2015. Seção 1. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/docman/ agosto-2017-pdf/70431-es-cne-cp-002-03072015-pdf/file>. Acesso em: 10 jun. 2020.
BUTTIMER, A. Campo de Movimento y sentido del lugar. In: RAMÓN, M. D. G.(org.) Teoria y Método em La Geografia Anglosajona. Barcelona, Ariel, 1985. CHACÓN, I.M.G. Matemática emocional: os afetos na aprendizagem matemática. Porto Alegre: Artmed, 2003.
COSTOLDI, R.; POLINARSKI, C. A. utilização de recursos didático- pedagógicos na motivação da aprendizagem. In: Simpósio Internacional de Ensino e Tecnologia, 1., 2009.
D’AMBROSIO, B. S; LOPES, C. E. Insubordinação Criativa: um convite à reinvenção do educador matemático. Bolema, Rio Claro (SP), v. 29, n. 51, p. 117, abril de 2015.
FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. Investigação em Educação Matemática: percursos teóricos metodológicos. Campinas, SP: Autores associados, 2006.
FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. Investigação em educação Matemática: percursos teóricos e metodológicos. 3. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2012.
FREIRE, P. Educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
LIMA, C. N. M. F. L; NACARATO, A.M. A investigação da própria prática: mobilização e apropriação de saberes profissionais em Matemática. Educação em revista, Belo Horizonte, v.25, n. 2, p.241-266, ago. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sc i_arttext&pid=S0102-46982009000200011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 jun. 2020.
MARANHÃO. Decreto n° 21, de 15 de abril de 1890. Reorganisa o ensino público do Estado. Palácio do Governo do Estado do Maranhão, Maranhão, 15 abr. 1890. Disponível em: <http://casas.cultura.ma.gov.br/portal/sgc/modulos/sgc_bpbl/acervo_digital/arq_ad/20141106160213.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2020.
PASSOS, C. NACARATO, A. Trajetória e perspectivas para o ensino de Matemática nos anos iniciais. Estudos Avançados,
(94), 119-135, 2018. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/s010340142018.3294.0010>. Acesso em: 10 jun. 2020.
PONTE, J. P. Investigar a nossa prática. In: GTI – Grupo de Trabalho e Investigação (Org). Reflectir e investigar sobre a prática profissional. Portugal: Associação de professores de Matemática, 2002. p. 5-55.
SANTOS, M. J. C.; MATOS, F. C. C. A insubordinação criativa na formação contínua do pedagogo para o ensino da matemática: os subalternos falam?. renCiMa: Revista de Ensino de Ciências e Matemática. Edição Especial - Insubordinação Criativa nas Pesquisas Qualitativas em Educação Matemática v. 8, n. 4, 2017.
SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis-RJ: Editora Vozes, 2008.
TOZETTO, S. S. Trabalho docente e suas relações com o saber. In: ______. Trabalho docente: saberes e práticas. Curitiba: CRV, 2010. p. 21-51.
TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: DIFEL, 1983. YOUNG, M. Para que servem as escolas?. Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 101, p. 1287-1302, set./dez. 2007. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: 10 jun. 2020.
ZABALZA, M. A. O estágio e as práticas em contextos profissionais na educação universitária. São Paulo: Cortez, 2014.
ZANON, L. B. Interações de licenciandos formadores e professores na elaboração conceitual de práticas docentes: módulos triádicos na licenciatura de Química. 2003, 282 p. Tese em Educação) – Programa de Pós graducação em Educação. Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba, SP, 2003. Disponível em: <https://www.btdeq.ufs- car.br/teses-e-dissertacoes/interacoes-de-licenciadas-formadores-e-professores-na-ela-boracao-conceitual-de-pratica-docente-modulos-triadicos-na-licenciatura-de-quimica>. Acesso em: 10 jun. 2020.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
O conteúdo dos artigos é de estrita responsabilidade de seus autores, assumindo responsabilidade de todo o conteúdo fornecido na submissão, e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.