Ser mulher e surda em um curso de nível superior
Audismo e gênero em debate
DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v8i00.18680Palavras-chave:
Interseccionalidade, Gênero, Audismo, Surdez, Educação SuperiorResumo
As manifestações de violência auditiva e de gênero, que se configuram como formas de opressão contra mulheres surdas, são o foco de análise na presente pesquisa. O estudo investiga o discurso de uma acadêmica surda matriculada em um curso de graduação em uma Universidade Pública Federal, visando coletar, por meio de sua comunicação gestual, as representações dessas violências em sua construção de subjetividade. As análises foram abordadas por intermédio dos pressupostos foucaultianos. Constatou-se que a intersecção entre violências de gênero e audismo são algumas das possibilidades de formação de identidade da acadêmica surda. Sua subjetividade está submersa em ações que colocam a audição como referencial de sucesso, comportamento padrão e desejo de uma sociedade oralizada, entretanto, ao dizer sobre si: “o que eu mais uso é a Libras”, encontramos práticas de resistência surda em meio a este aparato coercitivo.
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