Religiosos e a “não-violência ativa” na memória mediatizada dos 50 anos do golpe civil-militar no Brasil (1964-1985)
Resumo
Este trabalho discute a participação de religiosos na resistência contra a Ditadura Civil-Militar (1964-1985), tendo como eixo a memória mediatizada presente na série jornalística “Silêncios da Ditadura” exibida pelo jornal SBT Brasil, considerando o contexto da justiça de transição no Brasil e os estudos da História do Presente. Busca-se perceber os contextos nos quais religiosos, cristãos ou não, estiveram envolvidos, construindo uma memória mediatizada. O evento tratado na série é a Operação Gutemberg, organizada pelos militares para controlar a missa em memória do jornalista Vladimir Herzog, assassinado nos porões do Doi-Codi, e evitar que a mesma se transformasse num ato político. A missa ecumênica foi realizada por três figuras importantes da resistência à Ditadura: o rabino Henry Sobel, Dom Evaristo Arns e o reverendo Jaime Nelson Wright. Esses três religiosos empreenderam em suas trajetórias, em seguimentos de religiões distintas, os princípios da “não-violência ativa” como mecanismo de luta. Esse conceito imprime a atitude de muitos que optaram por lutar, resistir, mas sem usar as armas. Inicialmente, discutimos aspectos da História do Presente, o conceito de “não-violência ativa” baseado no trabalho de Roberto Zwetsch, trazendo como exemplo o caso de Dom Romero em El Salvador e Frei Betto no Brasil.
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