Salvador tripartida: os jornais, as doenças e a guerra de Canudos

Autores

Resumo

O artigo “Salvador Tripartida: os jornais, as doenças e a Guerra de Canudos” analisa a capital baiana sob três perspectivas interligadas: a imprensa, as condições de saúde pública e os impactos da Guerra de Canudos. A pesquisa utiliza fontes documentais e bibliográficas para compreender o papel da imprensa como agente histórico, capaz de influenciar narrativas e gerar opiniões. O texto enfatiza como os jornais do final do século XIX e início do XX divulgaram questões relacionadas à guerra e às epidemias que afetaram Salvador como, por exemplo, a varíola. A imprensa, em particular, não era apenas um registro passivo, mas atuava como instrumento político e ideológico, influenciando a opinião pública e legitimando posições. A precariedade sanitária da capital, evidenciada pela insalubridade e pela difusão de doenças, agravou-se com a chegada de feridos e enfermos oriundos da Guerra de Canudos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARAGÃO, Antônio Ferrão Moniz de. A Bahia e seus Governadores na República. Edição fac-similar – Salvador: Fundação Pedro Calmon/UEFS Editora, 2010.

ARAÚJO, Dilton Oliveira de. Republicanismo e Classe Média em Salvador (1870-1889) (Dissertação de Mestrado) Salvador: FFCH/UFBA 1992. Disponível em: https://ppgh.ufba.br/sites/ppgh.ufba.br/files/3_republicanismo_e_classe_media_em_salvador._1870-1889.pdf. Acesso em 08 de fev. 2021.

BARBOSA, Marialva. História da Comunicação no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2013.

BARROS, José D’Assunção. Fontes Históricas – Uma Introdução aos seus Usos Historiográficos. Anais do 2º Encontro Internacional Histórias & Parcerias, 2019. Disponível em: https://www.historiaeparcerias2019.rj.anpuh.org/resources/anais/11/hep2019/1569693608_ARQUIVO_bd3da9a036a806b478945059af9aa52e.pdf. Acesso em 08 de jun. 2023.

BARROS, José D’Assunção. O jornal como fonte histórica. Petrópolis: Vozes, 2023.

BURKE, Peter. A história dos acontecimentos e o renascimento da narrativa. In: BURKE, Peter. (organizador). A Escrita da História – novas perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1991. p. 337.

CARVALHO FILHO, Aloísio de. Jornalismo na Bahia, 1875-1960. In: In: TAVARES, Luís Guilherme Pontes (org.). Apontamentos para a história da imprensa na Bahia, p.79-100 – 2. ed., rev. e ampl. – Salvador: Academia de Letras da Bahia, 2008.

CARVALHO JÚNIOR, Álvaro Pinto Dantas de; SAMPAIO, Consuelo Novais. José Gonçalves. In: Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro. Disponível em: http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/GON%C3%87ALVES,%20Jos%C3%A9.pdf . Acesso em 21 de jan. 2021.

CARVALHO, Alfredo de; TORRES, João Nepomuceno. Anais da Imprensa da Bahia. 1º Centenário 1811-1911. Salvador: Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, 2007.

CARVALHO, Aloysio de. A imprensa na Bahia em 100 anos. In: TAVARES, Luís Guilherme Pontes (org.). Apontamentos para a história da imprensa na Bahia, p.41-61 – 2. ed., rev. e ampl. – Salvador: Academia de Letras da Bahia, 2008.

CERVI, Emerson Urizzi. Opinião Pública e Comportamento Político. Curitiba: InterSaberes, 2012.

MATTOSO, Kátia M. de Queirós. Bahia: a cidade do Salvador e seu mercado no século XIX. São Paulo: HUCITEC, 1978. p. 182.

MELO, José Marques de. Sociologia da imprensa brasileira: a implantação. Petrópolis: Vozes, 1973.

MICHEAU, Françoise. A idade de ouro da medicina árabe. In: LE GOFF, Jacques (apresentação). As doenças têm história. Lisboa: TERRAMAR Editores, 1985. p. 70.

MOREL, Marco. Os primeiros passos da palavra impressa. In: MARTINS, Ana Luiza e LUCA, Tânia Regina de (organizadoras). História da Imprensa no Brasil. São Paulo: Contexto, 2018.

MOREL, Marco; BARROS, Mariana Monteiro de. Palavra, imagem e poder: o surgimento da imprensa no Brasil do século XIX. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

NETO, Aristides Monteiro. República Brasileira – 120 anos depois, o que comemorar?. Disponível em <https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=281:republica-brasileira-120-anos-depois-o-que-comemorar&catid=29:artigos-materias&Itemid=34#:~:text=Em%201889%20nossa%20popula%C3%A7%C3%A3o%20era,de%20analfabetismo%20est%C3%A1%20em%2011%25>. Acesso em 21 de setembro de 2024.

PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & História Cultural. 2ª Edição. Minas Gerais: Autêntica Editora, 2005. p. 115.

PIEDADE, Lélis. Histórico e Relatório do Comitê Patriótico da Bahia (1897-1901). 2ª ed. Salvador: Portfolium Editora, 2002.

PINHEIRO, Alexander Magnus Silva. Uma Experiência do front: a Guerra de Canudos e a Faculdade de Medicina da Bahia. 2009. 168 f. (Mestrado em História Social) - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009.

SILVA, Kátia Maria de Carvalho. O Diário da Bahia e o Século XIX. Brasília, Tempo Brasileiro, 1979.

SOARES, Deodoro Álvares. Alguns traços de nossa população sob o ponto de vista hygienico e evolucionista. 1899. In: AFMB [Arquivo da Faculdade de Medicina da Bahia] – THESES. Código da tese: 099 – E.

UZEDA, Jorge Almeida. A morte vigiada: a cidade do Salvador e a prática da medicina urbana (1890-1930). UFBA – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. (Dissertação de Mestrado), 1992.

ZICMAN, Renée Barata. História Através da Imprensa – Algumas Considerações Metodológicas. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em História do Departamento de História da PUC SP. São Paulo: PUC SP, 1985.

Downloads

Publicado

2024-12-30

Como Citar

PINHEIRO, A.; BRANDÃO DE ARAS, L. M. Salvador tripartida: os jornais, as doenças e a guerra de Canudos. Perspectivas e Diálogos: Revista de História Social e Práticas de Ensino, Caetité, v. 7, n. 14, p. 149–165, 2024. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/nhipe/article/view/22466. Acesso em: 5 jan. 2025.