Ser menino negro: uma análise em livros de literatura infantil
DOI :
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2021.v30.n62.p46-61Mots-clés :
Literatura infantil, Relações étnico-raciais, Masculinidade negra, Educação infantilRésumé
Este artigo tem como foco a análise de livros de literatura infantil que tem como protagonistas, meninos negros. Dessa maneira, analisamos os livros: O menino Nito: Então, homem chora ou não? de Sonia Rosa; Minha mãe é negra sim de Patricia Santana; Minha família é colorida escrito por Georgina Martins; Chico Juba escrito por Gustavo Gaivota; e Cabelo de Mola” de Alexsander Rezende. Partimos do pressuposto que no campo das relações étnico-raciais há questões de gênero que precisam ser estudadas. Ser menino e negro é diferente de ser menina e negra. Assim, a partir do conceito de masculinidades negras buscamos retratar nas narrativas os elementos que fortalecem e desconstroem os estereótipos associados a identidade de meninos e negros, desde a infância. Os dados evidenciaram a importância de atentar para as construções discursivas que reforçam estereótipos, desde a infância, de meninos e negros como brutos, pouco inteligentes, servis e ainda, fortalecem o mito da democracia racial.
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Atualizado em 15/07/2017