A Formação de Professores da EJA no Ensino Médio

perspectivas rizomáticas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2024.v33.n75.p78-100

Palavras-chave:

Prática docente, Educação de jovens e adultos, metáfora da rizoma

Resumo

O presente estudo é um recorte da tese de doutorado intitulada docência e rizoma: o que aprende enquanto ensina, o professor da EJA no Ensino Médio. Apresenta uma breve contextualização para situar a formação de professores, a Educação de Jovens e Adultos e o Ensino Médio. O objetivo foi compreender como os professores se constituem professores da EJA no cotidiano da prática docente no ensino médio em uma escola estadual. Assumimos a epistemologia qualitativa. Para a produção dos dados adotamos as conversas interativo-provocativas coletivas a partir de um roteiro. Os sujeitos da pesquisa foram os professores que atuam na EJA do Ensino Médio, totalizando 06 (seis) professores. A metáfora do rizoma de Deleuze e Guattari foi utilizada para a análise e discussão dos dados que foram organizados em categorias. Os resultados revelam que apesar da ausência de formação para atuar na EJA durante o cotidiano da prática docente, a formação de professores aponta para uma perspectiva rizomática.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Márcia de Oliveira Menezes, UESB

Doutora em Educação pela Universidade do  Estado da Bahia (UNEB). Professora Adjunta da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Ensino e Conhecimento Cientifico (GEPECC/CNPq) e do Grupo de Pesquisa, Formação, Autobiografia e Políticas Pública (FORMAPP/CNPq). Temáticas investigativas; formação de professores; ensino e educação de jovens e adultos.

Claudio Pinto Nunes

Doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Professor Titular Pleno da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da UESB e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Líder do Grupo de Pesquisa Didática, Formação e Trabalho Docente (Difort/CNPq). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Temáticas investigativas; formação de professores; trabalho docente. politicas educacionais e didáticas.

Referências

ALMEIDA, M. da C. de. Ciências da complexidade e educação: razão apaixonada e politização do pensamento. Natal, RN: EDUFRN, 2012.

ALVES, N. Sobre movimentos das pesquisas nos/dos/com os cotidianos. In: ALVES, N.; OLIVEIRA, I. B. (org.). Pesquisa nos/dos/com os cotidianos das escolas: sobre redes e saberes. 3. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: DP&A, 2008, p. 39-48.

ALVES, N. G. Formação de docentes e currículos para além da resistência. Revista Brasileira de Educação, v. 2, n. 71, e 227147, 2017. p. 1-18.

BAHIA (Estado). Superintendência de Desenvolvimento da Educação Básica Diretoria de Educação Básica. Coordenação de Educação de Jovens e Adultos. Educação de jovens e adultos: aprendizagem ao longo da vida. Secretaria de Educação. Salvador, 2009. Disponível em: http://forumeja.org.br/ba/files/Sintese_Projeto_EJA.pdf. Acesso em: 22 nov. 2021.

BAHIA (Estado). Secretaria da Educação. Portaria nº 1978/2022. Dispõe sobre a organização curricular das Unidades Escolares da Rede Estadual de Ensino que ofertam o Ensino Médio, em consonância com o Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB) – etapa Ensino Médio, nos termos da Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. DOE, Salvador, 25 de outubro de 2022, ano CVII, n. 23.529.

BRASIL. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996.

BRASIL. Parecer n. 11/2000 do CNE/CEB. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Brasília: Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. 2000. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/eja/legislacao/parecer_11_2000.pdf. Acesso em: 28 jul. 2021.

BRASIL. Resolução CNE/CP nº 3, de 3 de outubro de 2018. Altera o Art. 22 da Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de 2015, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Brasília, 2018.

BARRETO, V. Formação Permanente ou continuada. In: SOARES, L. (org.). Formação de educadores de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica/SECAD-MEC/UNESCO, 2006. p. 93-102.

CAETANO, M. R. As reformas educativas globais e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Revista Textura, Canoas, v. 22, n. 50, p. 33-53, abr./jun., 2020. Disponível em: http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/txra/article/view/5397/3715. Acesso em: 15 fev. 2022.

CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.

DANTAS, T. R.; CARDOSO, J. S.; Tecendo saberes e a formação de professores(as) reflexões com a Educação de Jovens e Adultos. In: DANTAS, T, R; DIONÍSIO, M. de L. da T; LAFFIN, M. H. L. F. (ORGS.). Educação de Jovens e Adultos: políticas, direitos, formação e emancipação social. Salvador: EDUFBA, 2019.

DANTAS, Tânia Regina. Professores de Adultos: formação, narrativas autobiográficas e identidade profissional. Tese de Doutorado. Barcelona: Universidad Autonoma de Barcelona, 2009, 525 p.

DANTAS, T. R. Formação de Professores em EJA: uma experiência pioneira na Bahia. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 21, n. 37, p. 147-162, jan./jun. 2012.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Tradução: Aurélio Guerra Neto, Célia Pinto Costa. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995.

DOMINICÉ, P. La formation continue est aussi un règlement de compte avec sa scolarité. Éducation et Recherche, v. 3, n. 86, p. 63-72, 1986.

DOURADO, L. F. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica: Concepções e Desafios. Educação & Sociedade, Campinas, v. 36, n. 131, p. 299-324, abr.-jun., 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v36n131/1678-4626-es-36-131-00299.pdf. Acesso em: 30 abr. 2020.

FÉLIX, D. de A. F.; NUNES, G. L. P. Prática Docente na EJA: desafios x formação. In: NUNES, C. P.; ALMEIDA, O. da S. (org.). Trabalho e Desenvolvimento Profissional Docente: distintas abordagens e possibilidades de diálogo. Curitiba: Editora CRV, 2020. p. 96-108.

FREIRE, P. Pedagogia da esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 49. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

FREIRE, P. Educação como prática de liberdade. 46. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2020.

GATTI, B. A. et al. Professores do Brasil: novos cenários de formação. Brasília: UNESCO, 2019. 351 p.

KHOURI, M. M. E. Rizoma e educação: contribuições de Deleuze e Guattari. In: ENCONTRO NACIONAL DA ABRAPSO: PSICOLOGIA SOCIAL E POLÍTICAS DE EXTISTÊNCIA: FRONTEIRAS E CONFLITOS, 10, 2009, Maceió. Anais [...]. Maceió, 2009. Disponível em: http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRAPSO/198.%20rizoma%20e%20educa%C7%C3o.pdf. Acesso em: 14 jun. 2022.

LAFFIN, M. H. L. F. A constituição da docência na educação de jovens e adultos. Currículo sem Fronteiras, v. 12, n. 1, p. 210-228, jan./abr. 2012.

MACEDO, R. S. Currículo: campo, conceito e pesquisa. Petrópolis: Vozes, 2008.

MAGALHÃES, S. M. O. Um discurso sobre as ciências. Inter-Ação, Goiânia, v. 40, n. 1, p. 185-190, jan./abr. 2015.

MARQUES, L. P. A conversa como caminho metodológico na pesquisa com os cotidianos. In: RIBEIRO, T.; SOUZA, R.; SAMPAIO, C. S. Conversa como metodologia de pesquisa: por que não? 1. ed. Rio de Janeiro: Ayvu, 2018. p. 15-40.

MORIN, E. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 8. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.

MORIN. E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 11. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2006.

MORIN, E. A via para o futuro da humanidade. Tradução: Edgard de Assis Carvalho e Mariza Perassi Bosco. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.

MOURA, T. M. de M. A formação de professores(as) para a educação de jovens e adultos em questão. Maceió: Editora UFAL, 2005.

NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, A. (org.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2001.

NÓVOA, A. (org.). Vida de professores. Porto: Porto editora, 2007.

NUNES, C. N. As ciências da educação e a prática pedagógica: sentidos atribuídos por estudantes do curso de pedagogia. Ijuí: Unijuí, 2011.

NUNES, C. N. Conversas interativo-provocativas como opção teórico-metodológica nas ciências humanas e na educação. Revista Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 16, n. 37, Edição Especial, 2020. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/6207. Acesso em: 5 jun. 2021.

NUNES, C. P. As ciências da educação e a prática pedagógica: sentidos atribuídos por estudantes do curso de pedagogia. Orientadora: Márcia Maria Gurgel Ribeiro. 2010. 192 fl. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2010. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/14340/1/ClaudioPN_TESE.pdf. Acesso em: 10 ago. 2020.

REIS, M. K. S.; ALMEIDA, M. da C. X. de. Livros como escola de vida. Revista RBBA Revista Binacional Brasil Argentina, Vitória da Conquista, v. 4, n. 2, p. 123 a 138, dez. 2015.

RIBEIRO, V. M. A formação de educadores e a constituição da educação de jovens e adultos. Como campo pedagógico. Educação e Sociedade, Campinas, ano 20, n. 68, p. 184-201, dez. 1999.

RIOS, J. A. V. P. (org.). Diferenças e desigualdades no cotidiano da educação básica. Campinas. Editora: Mercado de Letras, 2017.

SAMPAIO, C. S. Redes de formação docente: pensar por si é pensar com o outro. In: RIOS, J. A. V. P. (org.). Profissão docente em questão! Salvador, EDUFBA, 2021.

SANTOS, B. S. A gramática do tempo: para uma nova política. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2008.

SANTOS, B. S. Um Discurso sobre as Ciências. 16. ed. Porto: Afrontamento, 2010.

SANTOS, A. R. dos; VIANA, D. Educação de Jovens e Adultos: uma análise das políticas públicas 1998 a 2008. In: SOARES, L. (org.). Educação de Jovens e Adultos: O que revelam as pesquisas. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.

SANTOS, J. J. R. dos. Constituindo-se pesquisador na educação de pessoas jovens, adultas e idosas. Marcas e aprendizados de processos em construção. In: DANTAS, T. R.; DIONÍSIO, M. de L. da T.; LAFFIN, M. H. L. F. (org.). Educação de Jovens e Adultos: políticas, direitos, formação e emancipação social. Salvador: EDUFBA, 2019.

SILVA JÚNIOR, J. R.; SGUISSARDI, V. A nova lei de educação superior: fortalecimento do setor público e regulação do privado/mercantil ou continuidade da privatização e mercantilização do público. Revista Brasileira de Educação, v. 29, p. 5-27, ago. 2005.

SOARES, L. (org.). Formação de educadores de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica/SECAD-MEC/UNESCO, 2006.

SOBRAL, A. Do dialogismo ao gênero: as bases do pensamento do Círculo de Bakhtin. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 2008.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

TARDIF, Maurice; GAUTHIER, Clermont. O saber profissional dos professores – fundamentos e epistemologia. In: SEMINÁRIO DE PESQUISA SOBRE O SABER DOCENTE, 1996, Fortaleza. Anais Fortaleza: UFCE, 1996.

Arquivos adicionais

Publicado

2024-09-30

Como Citar

MENEZES, M. de O.; NUNES, C. P. A Formação de Professores da EJA no Ensino Médio: perspectivas rizomáticas. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, [S. l.], v. 33, n. 75, p. 78–100, 2024. DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2024.v33.n75.p78-100. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/19905. Acesso em: 15 out. 2024.