O Lugar da Formação de Adultos na Pesquisa Sobre a Iniciação à Docência
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2023.v32.n71.p126-145Palavras-chave:
Formação de Professores; Iniciação à Docência; Aprendizagem Docente; Formação de AdultosResumo
Este artigo relata os resultados de uma pesquisa que teve por objetivos identificar e analisar as conexões teórico metodológicas entre os estudos sobre a aprendizagem docente de professores iniciantes e o campo de investigação sobre a formação de adultos. Para tal, foi realizado um estudo bibliográfico meta-analítico que se valeu da análise da produção acadêmica contida nas teses de doutorado elaboradas no Brasil e em Portugal (entre os anos de 2000 e 2021), teses essas que tinham como tema central de investigação a iniciação à docência. A investigação mostrou que as problemáticas, os conceitos, autores e metodologias, próprias do campo da pesquisa sobre a formação de adultos, pouco são mobilizadas para fins de compreensão dos processos de desenvolvimento profissional de professores início de carreira.
Downloads
Referências
AKKERMAN, S. F.; Meijer, P. C (2011). A dialogical approach to conceptualizing teacher identity. Teaching and Teacher Education, v. 27, n. 2, p. 308–319.
ALARCÃO, I.; ROLDÃO, M. C (2008). Supervisão: um contexto de desenvolvimento profissional dos professores. Mangualde: PEDAGO.
ALMEIDA, P. C. A. de et al (2020). As pesquisas sobre professores iniciantes: uma revisão integrativa. REVEDUC, v. 14: jan./dez.
AVANZANI, G. (1996). L'éducation des adultes (Exploration interculturelle et science sociale). Paris: Ed. Anthropos. França, 182 p.
BARTH, B.-M (1996). O saber em construção Lisboa: Instituto Piaget.
CANÁRIO, R (2005). O que é a escola? Um “olhar” sociológico. Porto: Porto Editora, 2005.
CANÁRIO, R. Aprender sem ser ensinado (2006). A importância estratégica da educação não formal. In AAVV, A Educação em Portugal (1986- 2006) Alguns Contributos de Investigação (pp. 159-206). Lisboa: Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Conselho Nacional de Educação.
CANÁRIO, R (2013). Educação de adultos: um campo e uma problemática. - Lisboa: Educa, 144 p.
CARLOS MARCELO, G (1999). Formação de professores pra uma mudança educativa. Lisboa: Editora Porto, 272 p.
MARCELO GARCIA, C (2008). El professorado principiante: Inserción a la docência. Barcelona: Octaedro.
CARTER, K. et al (1987). Processing and using information about students: A study of expert, novice, and postulant teachers. Teaching and Teacher Education, v. 3, n. 1978, p. 147–157
CARDOSO, V. et al (2017). Professores iniciantes: análise da produção científica referente a programas de mentoria (2005-2014). Rev. Bras. Estud. Pedagog. 98 (248) https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.98i248.2579
CAVACO, C (2009). Experiência e formação experiencial: a especificidade dos adquiridos experienciais. Educação Unisinos 13(3):220-227, setembro/dezembro.
CORRÊA, P. M.; PORTELLA, V. C. M (2012). As pesquisas sobre professores iniciantes no Brasil: uma revisão. Olhar de professor, Ponta Grossa, n.15(2), p. 223-236. Available from: https://www.researchgate.net/publication/346158232_As_pesquisas_sobre_professores_iniciantes_uma_revisao_integrativa_Research_on_beginning_teachers_an_integrative_review [accessed Jan 06 2023].
DOMINICÉ, P (1988). O processo de formação e alguns dos seus componentes relacionais. In: NÓVOA, A.; FINGER, M. (Orgs.). O método (auto)biográfico e a formação Lisboa: Ministério da Saúde. Depart. de Recursos Humanos da Saúde/Centro de Formação e Aperfeiçoamento Profissional, p. 51-61.
DOMINICÉ, P (1990). L’histoire de vie comme processus de formation. Paris: Edition L’Harmattan.
FEIMAN-NEMSER, S. et al (1999). A Conceptual Review of Literature on New Teacher Induction. National Partnership for excellence and accountability in teaching, p. 1–48p.
FEIMAN-NEMSER, S (2001). Jhelping novices learn to teachlessons from an exemplary support teacher. Journal of Teacher Education, Vol. 52, No. 1, January/February, 17-30p.
FERNANDEZ, F. S (2006). As Raízes Históricas dos Modelos Actuais de Educação de Pessoas Adultas. Lisboa: Editora Educa, 88 p.
FINGER, M.; ASÚN, J. M (2001). Adult education at the crossroads: learning our way out. Londres: Zed Books.
GALVANI, P. (1997). Quête de sens et formation anthropologie du blason et de l’autoformation, Paris: L’Harmattan.
PINEAU, G (1988). A autoformação no decurso da vida: entre a hetero e a ecoformação. In: NÓVOA, A; FINGER, M. (Orgs.) O método (auto)biográfico e a formação Lisboa: Ministério da Saúde. Depart. dos Recursos Humanos da Saúde/ Centro de Formação e Aperfeiçoamento Profissional, p. 63-77.
IMBERNÓN, F (2006). Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez.
ILLICH, I (1971). Une societé sans école. Paris: Seuil.
HUBERMAN, M (1992). O ciclo de vida profissional dos professores. In: Nóvoa, A. (Org.). Vida de professores. p. 31 a 62. Porto: Porto Editora
JOSSO, M.-C. (1991). L´expérience formatrice: un concept en construction. In: B. Courtois; G. Pineau, La formation expérientielle des adultes. Paris, La Documentation Française, p. 191-200.
JOSSO, M. C (1999). História de vida e projeto: a história de vida como projeto e as “histórias de vida” a serviço de projetos. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 25, n. 2, p. 11-23. https://doi.org/10.1590/S1517-97021999000200002
JOSSO, M-C (2007). A transformação de si a partir da narração de histórias de vida. Educação, Porto Alegre/RS, ano XXX, n. 3 (63), p. 413-438, set./dez.
KELCHTERMANS, G., & Ballet, K. (2002). The micropolitics of teacher induction. A narrative-biographical study on teacher socialisation. Teaching and Teacher Education, 18(1), 105-120p.
LAVIGNE, A. L (2014). Beginning teachers who stay: Beliefs about students. Teaching and Teacher Education, v. 39, p. 31–43.
LIMA, L (2020). Democracia e educação de adultos: “aprender com a própria vida”, viver e aprender democracia. In: Educação de Adultos: ninguém pode ficar para trás. Canelas, A. M. (Org.). Edição CNCE – Conselho Nacional de Educação, Lisboa.
MARIANO, A. L. S (2006). A Pesquisa sobre o professor iniciante e o processo de aprendizagem profissional: algumas características. 2005. In: 29ª Reunião Anual da ANPEd, Caxambu, Minas Gerais.
NÓVOA, A (1988). A formação tem de passar por aqui: as histórias de vida no projeto Prosalus. In: NÓVOA, A.; FINGER, M. (Orgs.) O método (auto)biográfico e a formação Lisboa: Ministério da Saúde. Depart. dos Recursos Humanos da Saúde/Centro de Formação e Aperfeiçoamento Profissional, p. 107-129.
NÓVOA, A (2002). Formação de professores e trabalho pedagógico. Lisboa: EDUCA.
NÓVOA, A (2022). Escolas e Professores: Proteger, Transformar, Valorizar. Colaboração Yara Alvim. – Salvador, Sec/IAT, 116 p.
NUNES, C.; CARDOSO, S (2013). Professores iniciantes: adentrando algumas pesquisas brasileiras. Revista Brasileira de Pesquisa sobre a formação de professores. V. 5, n. 9.
OJA, S. (1991). Adult development: insight on staff development. In: Lieberman, A., Miller, L. (orgs.). Staff development for education in the 90s. Chicago: Teacher College Press.
PAPPI, S.; MARTINS, P. L. O (2009). Professores iniciantes: as pesquisas e suas bases teórico-metodológicas. Linhas Crítica, Brasília: UnB, v. 15, n. 29, p. 251-269, jul./dez.
PETERSON, P., CLARK, C., DICKSON, W. (1990). Educational psychology as a foundation in teacher education: reforming an old notion. In: Tozer, S., Anderson, T. B., (orgs.) Foundational studies in teacher education: a reexamination. Nova York: Teacher College Press.
PINEAU, G (1988). A autoformação no decurso da vida: entre a hetero e a ecoformação. In Nóvoa, A.; Finger, M. (orgs.). O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: Ministério da Saúde, pp. 65-76.
PINEAU, G. (1989). La formation expérientielle en auto-, éco- et co-formation. Education Permanente, 100/101:23-30.
ROCHA, D. R (2020). Pesquisas brasileiras sobre professores iniciantes na carreira: contribuições para o campo da formação de professores. Revista em movimento, v. 2 n. 4.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 José Angelo Gariglio, Carmen Cavaco
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O encaminhamento dos textos para a revista implica a autorização para a publicação.
A aceitação para a publicação implica na cessão de direitos de primeira publicação para a revista.
Os direitos autorais permanecem com os autores.
Após a primeira publicação, os autores têm autorização para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: repositório institucional ou capítulo de livro), desde que citada a fonte completa.
Os autores dos textos assumem que são autores de todo o conteúdo fornecido na submissão e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.
Atualizado em 15/07/2017