Literatura Indígena
do livro didático à educação intercultural
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2022.v31.n67.p364-382Palavras-chave:
Literatura indígena; Educação intercultural; Lei 11.645/08; Livro didático.Resumo
O presente artigo traz discussões acerca da escolha do livro didático no Brasil, da sua importância e interferência no contexto educacional e, propõe uma análise da obra aprovada e disponibilizada pelo Programa Nacional do Livro e Material Didático, da coleção Singular e Plural, da editora Moderna, Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, no quadriênio 2020-2023, e utilizada pela rede estadual de Rondônia, na qual leciono. O objetivo deste estudo é analisar o tratamento dado à literatura indígena na obra, observando os textos sugeridos para leitura, as atividades propostas aos alunos e as orientações destinadas ao professor. A partir de uma metodologia de pesquisa bibliográfica e documental ancoradas, principalmente, em Silva e Costa (2018), Bonin (2008), Oliveira (2008) e Munduruku (2016), são tecidas reflexões acerca da efetivação da Lei 11.645/08, que fala da obrigatoriedade do estudo da história e cultura indígena na educação básica, por meio do estudo da literatura indígena. Dentre as análises realizadas destaco que o livro didático contribui de certa forma para a execução da referida Lei, embora haja alguns equívocos e lacunas no tocante à questão indígena, mostrou-se expressivo para a efetivação de uma educação intercultural, expôs um espaço aberto ao diálogo, sobretudo quando utilizado de modo crítico.
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Atualizado em 15/07/2017