Cultura, morte e vida na metáfora da formação do nacionalismo guineense, em Ndani de Abdulai Sila e Vita de Flora Gomes

Autores

  • JONH JEFFERSON DO NASCIMENTO ALVES Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.35499/tl.v15i2.10659

Resumo

Resumo: O presente estudo versa sobre a narrativa da nação como representação coletiva tematizando a cultura do povo guineense. O texto permite o encontro entre discursos coloniais, preconceitos e efeitos traumáticos sobre a identidade africana, indagando o quanto os projetos e sonhos nacionalistas na Guiné-Bissau foram realmente alcançados e como o passado contribuiu nas produções artístico-literárias na contemporaneidade. Neste sentido, tomamos por corpus de análise as obras ficcionais A Última Tragédia (1995), romance de Abdulai Sila e Nha fala (2002), filme de Flora Gomes, vozes de uma sociedade complexa e atual, cujas produções abordam especificamente a tentativa de construção de uma identidade nacional a partir da cultura, da história e das dicotomias vida e mortes simbólicas em contextos pós-coloniais.

Palavras-chave: Cultura; Identidade; Nacionalismo; Pós-colonialismo.

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Publicado

2021-12-22

Como Citar

DO NASCIMENTO ALVES, J. J. Cultura, morte e vida na metáfora da formação do nacionalismo guineense, em Ndani de Abdulai Sila e Vita de Flora Gomes. Tabuleiro de Letras, [S. l.], v. 15, n. 2, p. 290–304, 2021. DOI: 10.35499/tl.v15i2.10659. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/10659. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS