Narrativas autobiográficas em educação: percepções de uma professora-mãe sobre o autismo
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n16.p1828-1845Parole chiave:
Narrativas autobiográficas, Autismo, Educação, Fenomenologia, Educação de sensibilidadeAbstract
Este texto é fruto de uma pesquisa de Mestrado defendida em 2019 no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (PPGEdu), Campus de Rondonópolis. O objetivo é narrar, de forma reflexiva e sensível, experiências de uma professora e mãe de uma criança com autismo, Geovanna, desde seu nascimento até os seis anos de idade, período em que finaliza o estudo. Apoia-se metodológica e epistemologicamente nas narrativas autobiográficas da professora e mãe da criança autista. O suporte teórico da fenomenologia de Maurice Merleau-Ponty, além das contribuições sobre Educação de Sensibilidade de Marcos Ferreira-Santos e Rogério de Almeida permitem abordar as vicissitudes diante dos diagnósticos médicos contraditórios, os desafios da inclusão escolar, os processos terapêuticos e o brincar dessa criança. De forma conclusiva aponta para a necessidade de acreditar no potencial da pessoa autista em sua diferença, pois mesmo tendo outra forma de ser e estar no mundo, é uma pessoa que pode ir além daquilo que se espera.
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Submetido em julho de 2020