Flores de ébano: a educação em trajetórias de escravizadas e libertas
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2019.v4.n10.p299-311Palabras clave:
Mulheres, Escravidão, Educação, Cultura letrada, Emancipação.Resumen
Este trabalho procura analisar a especificidade da condição feminina na escravidão e a inserção da mulher escravizada e liberta no universo da cultura letrada e da educação. A educação foi uma forma de distinção e prestígio? Quais os significados da aquisição dos códigos da cultura letrada para as mulheres escravizadas e libertas? Afinal, o que sabemos sobre a dimensão intelectual na vida das mulheres que vivenciaram o cativeiro? A partir da análise de fontes como autobiografias, relatos de viajantes e periódicos, o trabalho sugere que instruir-se foi uma forma de luta e sobrevivência, em uma sociedade que perseguia, estigmatizava e procurava demarcar, no corpo, no gesto e na fala, a mulher escravizada. Compreendo a educação como uma brecha na conquista da mobilidade e ascensão social, em uma sociedade escravista. A educação pode ter sido também, um caminho para a emancipação de muitas destas mulheres.
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