O “drama em gente” de Fernando Pessoa, das cartas de amor às cartas astrais
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2022.v7.n22.p719-737Palabras clave:
Fernando Pessoa. Carta. Autobiografía. Despersonalización. DramaResumen
En los tratados clásicos, el intercambio epistolar se define como el diálogo entre personas ausentes que, a través de las cartas, se hacen presentes. En este sentido, este artículo se propone revisar la muy explorada noción de heteronimia que se destaca en la obra de Fernando Pessoa, centrándose en un punto muy específico: su efectiva apariencia epistolar y su desarrollo “cartográfico”. Porque es en cartas (a Casais Monteiro) que Pessoa explica la génesis de los heterónimos como un proceso que comenzó precisamente como un intercambio de cartas con caracteres inexistentes. Así, nos interesa mapear en estas entre líneas el propio juego del poeta de construir ahí, como quien escribe y explica, las relaciones a la vez entre autobiografía e “historia directa” de sus despersonalizaciones. Para tanto, nos aproximamos también a algunas consideraciones realizadas sobre sus cartas de amor (intercambiadas con Ofélia Queiroz, en las que interfieren algunos heterónimos) y sus cartas astrales (que implican, además de las epístolas, las cartas que ha hecho para sí mismo y para cada uno de sus heterónimos).
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